O jornal A Crítica
deste domingo publicou uma entrevista com Vanessa Grazziotin,
candidata a prefeitura de Manaus, que diz contar com o apoio de Dilma
Roussef. A presidente já demonstrou por meio de suas ações que é
plenamente favorável ao aborto, mesmo havendo declarado em campanha
presidencial que era contrária a permissão que crianças sejam
assassinadas no ventre de suas mães, talvez para ganhar simpatia da
grande maioria do povo brasileiro que é contrária ao aborto.
São duas as frentes
que visam permitir o aborto no Brasil. A primeira delas, como já
denunciei, tem o apoio de José Sarney, que preparou um
grupo de “juristas” escolhidos a dedo de modo a permitir alguns
absurdos, como por exemplo: a descriminalização da maconha, com
permissão até para o plantio domiciliar, bem como o aborto, que
passaria a ser executado de forma indiscriminada. O projeto deles
(pasmem), uma mulher pode pedir o aborto com um laudo de um
psicólogo, ou médico, desde que este ateste que a mulher não tenha
condições psicológicas e físicas para ser mãe. Ou seja, a vida
de uma criança passa agora a ser decidida por uma canetada de
qualquer um que não tenha escrúpulos para decretar a morte de uma
criança em desenvolvimento.
Outra frente, via Ministério da Saúde, é criar centros de orientação para ajudar mulheres a abortar por suas próprias mãos, inclusive
usando a rede do SUS para distribuição de medicamentos abortivos.
Logicamente, está ação tem o grande interesse da indústria
farmacêutica que ganhará em muito com esta atitude do governo. Na
verdade, algumas mulheres por modismo acham que ser “feminista” é
ir contra o interesse das mulheres, no que diz respeito a identidade
fisiológica que as diferenciam do homem.
Homens e mulheres
notoriamente são diferentes em seus corpos, principalmente no que
diz respeito a maternidade, que é uma dádiva exclusiva do sexo
feminino. No entanto, a vida moderna imposta a mulher cria a
concepção que ser mãe é um estorvo, já que muitas são
empurradas para o mercado de trabalho para competir com os homens em
condições desiguais, já que as pesquisas salariais atestam que
homens ganham até 30% mais que as mulheres, mesmo havendo igualdade
no perfil acadêmico e de experiência profissional. Neste contexto
de desigualdade, não é raro a mulher ser abandonada para cuidar
sozinha da criação dos filhos, restando isto como comum nas camadas
populares da sociedade, onde se encontra a família matriarcal, no
qual o homem está ausente moral e materialmente.
Algumas mulheres bem
sucedidas adotam o rótulo de feminista porque prescindem
economicamente do homem, mas não possuem a exata noção do problema
social criado a partir da degradação da família e, acreditando ser
possível resolver tudo pela judicialização, passam a reivindicar a
mesma postura irresponsável que alguns homens adotam em relação a
prole que geram: o desprezo e o abandono. Alegam essas mulheres o
“direito sobre o seu corpo”, ou mesmo “direitos reprodutivos”,
que na verdade são eufemismos para o aborto. Isto acontece
porque fracassou toda a judicialização que busca atenuar o abandono
da família pelo pai, principalmente nas camadas mais empobrecidas.
Muitas vezes o homem não é localizado pela justiça, ou ainda,
mesmo quando encontrado, não possui condições materiais
suficientes para ajudar a mãe no sustento do filho. Assim, não é
raro ouvir dizer que a mulher pobre deveria ser esterilizada, ou
mesmo que se arranque o filho das entranhas, porque estaria gestando
mais “um trombadinha” para a sociedade. Fracassamos porque não
conseguimos que as relações afetivas que pudessem unir um homem a
uma mulher fossem por meio de uma união responsável. Desta forma,
como última instância, busca-se legalizar o aborto.
Na reportagem de jornal de Vanessa Grazziotin, esta catarinense que foi muito bem acolhida pelo
povo manauara, ela diz ser contrária ao aborto, mas logo em seguida,
como naquela fábula que o jacaré permite que o escorpião lhe suba
o dorso para atravessar o rio, o bicho peçonhento não resiste e,
mesmo dizendo que não o picará o jacaré, no meio do caminho
aplica-lhe o seu veneno. Diria o escorpião ao jacaré: “Desculpe-me,
mas esta é a minha natureza!”. Neste contexto, logo após Vanessa
dizer que é contrária ao aborto, aplica o veneno: “Acho que nós
precisamos dar condições para que as pessoas mais humildes que
fazem o aborto de maneira mais insegura, agressiva à saúde e muitas
morrem por conta disto” (sic). Analisando o discurso da candidata,
logo se percebe o ato falho, quando assume a tese que se tem que dar
condições a mulher pobre realizar o aborto “de maneira segura”.
Ora, é justamente esta a bandeira de todos aqueles que buscam
justificar o aborto como um problema de saúde pública, ou melhor
dizendo: “Um problema de saúde da mulher”.
Aborto não é medida
profilática para uma gravidez indesejada. Aborto é assassinato de
um indefeso, e toda esta facilidade que esses grupos buscam impor
como necessária a saúde feminina, na verdade é um atentado direto
a dignidade da mulher, inclusive sua saúde física e psicológica,
pois não há aborto totalmente seguro. A ciência médica diz que o
processo de uma mulher gestar uma criança até o final é muito
menos perigoso que submetê-la a um aborto, mesmo que assistido por
uma equipe médica. Há sempre o risco de infecções, principalmente
quando o método abortivo é aquele que dilacera à criança e a
retira em pedaços. Qualquer fração do corpo da criança que não
seja retirado do útero, é capaz de causar infecção na mulher, o
que pode ser fatal. Nos EUA já foram realizados mais de 54 milhões
de abortos desde sua legalização em 1973, mas menos de 1% foi
creditado como provenientes de uma gravidez de risco, ou como
necessário para manter a integridade física da mulher. Ou seja, o
genocídio de crianças só nos EUA matou mais que a segunda guerra
mundial e qual a justificativa disto?: “planejamento familiar”.
Uma colega americana pró-vida diz que nos EUA uma adolescente pode
ir até uma clínica de aborto e submeter-se ao procedimento sem o
consentimento dos pais, mas não pode tomar uma aspirina nas
dependências da escola sem que tenha autorização de um responsável
legal. Usa-se o aborto como medida contraceptiva em uma sociedade que
não tem pudor em matar um inocente, considerando ainda que o mercado
do aborto (clínicas médicas e laboratórios farmacêuticos) nos EUA
movimenta 1 bilhão de dólares/ano. Assim, é notório que haja
grande interesse financeiro para que a indústria da morte venha para
o Brasil e, por isso, que grupos pró-aborto acabam por receber
generosas doações e financiamentos para o seu ativismo político.
Sinceramente,
conhecendo como eu conheço esse ativismo da cultura da morte, não
consigo acreditar que Vanessa Grazziotin estando na Prefeitura de
Manaus venha a rejeitar as determinações nitidamente abortistas do
governo Dilma Roussef, de quem tem apoio. Não estou convencido
que uma vez eleita, Vanessa Grazziotin não venha agir para facilitar
a distribuição de medicamentos abortivos, ou mesmo não venha a
colocar o sistema de saúde municipal praticando as ações
necessárias para um “aborto sem risco”. Sua declaração no
jornal A Crítica de Manaus revela uma tendência nitidamente a favor
de políticas abortivas para a mulher, principalmente para a mulher pobre.
O tempo dirá se estou
errado, mas seguindo a tendência Dilma Roussef acho que a chance de
vir a morder minha língua é mínima.
João Lago
Administrador,
professor e ativista social pró-vida.
Absolutamente correto!
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