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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Ação Social: Entrega de Brinquedos na Redenção

Por meio da arrecadação de brinquedos usados, mas em bom estado, somado a doação de brinquedos novos, nos quais todos foram entregues as crianças de uma comunidade no Bairro da Redenção em Manaus.

Agradecemos a todos que colaboraram para o sucesso desta ação social.


segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Espaço Gourmet Conjunto Santos Dumont: Froes Peixaria

Este é o primeiro Espaço Gourmet, que visa divulgar os locais pitorescos do Conjunto Santos Dumont que oferecem culinária específica, ou variada.

Apresentamos a Peixaria Froes, dos empresários Marcelo Froes e Jeyeel Holanda, especializada em pescado típico do Amazonas.

A Froes Peixaria está localizada na Rua Coronel Silvino Cavalcante, 359 - Conjunto Santos Dumont.

O horário de funcionamento é:

Terça a Sexta: 11h às 15h
Sábado, Domingo e Feriados: 11h às 16h


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Faça uma criança feliz no Natal

O Natal é uma época de luz e alegria, mas também pode ser de trevas e tristeza quando nos esquecemos que nem todos terão o Natal de seus sonhos. Acredito que as crianças são as que mais se ressentem da ausência do Natal em suas vidas, seja pela ceia que não existe, ou pelo presente que nunca vem.

Durante os últimos dois anos, intermediei a generosidade de um amigo que desejou mostrar ao seu filho que no Natal existe essas duas realidades. Didaticamente ele quis que o filho participasse de uma ação de caridade e por isso pediu minha ajuda para doar presentes no Natal em comunidades carentes que eu pudesse indicar. No entanto, neste ano esse meu amigo, que sempre quis permanecer no animato, disse-me que não poderia repetir esta ação de doar brinquedos no Natal. Lamentei, mas compreendo que nem sempre é possível, por inúmeros motivos, realizarmos sozinho a felicidade de muitas crianças. Durante dois anos esse amigo custeou sozinho a distribuição de presentes no dia 25 de dezembro. A mim cabia somente indicar onde poderiam ser distribuídos.

Justamente neste ano, que eu havia pensado indicar uma comunidade carente de uma região de invasão consolidada no Tarumã, esse amigo disse que não poderia.

Bem, acho que não vou desistir, por isso acredito que podemos sim doar presentes no Natal, basta olhar quantos brinquedos esquecidos temos guardados em nossa casa. Será que uma resposta ao Natal do consumo, isso que se transformou a celebração do nascimento de Cristo, poderá se transformar no Natal da partilha? Se você que está lendo esta mensagem acreditar nisto, juntos poderemos no dia 25 repetir este gesto de fazer alegria de crianças neste ano também.

Conto contigo fazer com que crianças desfavorecidas possam ter um brinquedo para brincar no Natal.

Abaixo os dois vídeos da distribuição de brinquedos em 2011 e 2012.

Para este ano eu já temos o roteiro e a trilha sonora, agora só falta os protagonistas.




E aqui que com a tua ajuda vamos distribuir presentes no Natal.


Entre em contato conosco e nos iremos buscar o brinquedo doado.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Por que é importante ser chato?

Faz um bom tempo que enalteço o desenho urbano de nosso Conjunto Santos Dumont, quando o comparo com outros lugares degradados, não sendo necessário ir longe, bastando cruzar os limites das ruas que encerram este oásis com ruas largas, com três praças, sendo uma delas de caminhada, um campo de futebol e áreas verdes que nos rodeiam.

No entanto, constantemente somos ameaçados por inimigos da ordem pública que se aproveitam de uma zona de conforto que naturalmente buscamos, mas que pode ser trágica no longo prazo.

É importante que se leia o texto abaixo, pois vem ao encontro da percepção que a degradação do ambiente em que vivemos dependerá do quanto somos vigilantes para repelir pequenas ameaças que se formam e se somam em nosso cotidiano. A partir desta leitura e da exposição das fotos que seguem, veremos o quanto estamos sujeitos a repetir, em nosso Conjunto Santos Dumont, toda a desordem urbana que enfeia e entristece nossa cidade.

Após ler o texto e ver a exposição de fotos, pergunte-se: Como é que estamos deixando isto tudo acontecer?


TEORIA DAS JANELAS PARTIDAS

Há alguns anos, a Universidade de Stanford (EUA), realizou uma experiência de psicologia social. Deixou duas viaturas idênticas, da mesma marca, modelo e até cor, abandonadas na via pública. Uma no Bronx, zona pobre e conflituosa de Nova York e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia. Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada local.
Resultou que a viatura abandonada em Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram.Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta.
Mas a experiência em questão não terminou aí. Quando a viatura abandonada em Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava há uma semana impecável, os pesquisadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto. O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre. Por quê que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso? Evidentemente, não é devido à pobreza, é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais.
Um vidro partido numa viatura abandonada transmite uma idéia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação. Faz quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras. Induz ao “vale-tudo”. Cada novo ataque que a viatura so fre reafirma e multiplica essa idéia, até que a escalada de atos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.
Baseados nessa experiência, foi desenvolvida a ‘Teoria das Janelas Partidas’, que conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores. Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito.
Se se cometem ‘pequenas faltas’ (estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar com o sinal vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as faltas maiores e delitos cada vez mais graves.Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pesso as forem adultas.
Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas, estes mesmos espaços são progressivamente ocupados pelos delinquentes.
A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: lixo jogado no chão das estações, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro.
Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metrô, impulsionou uma política de ‘Tolerância Zero’. A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às norm as de convivência urbana. O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.
A expressão ‘Tolerância Zero’ soa a uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinqüente, pois aos dos abusos de autoridade da polícia deve-se também aplicar-se a tolerância zero.
Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito.Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.
Essa é uma teoria interessante e pode ser comprovada em nossa vida diária, seja em nosso bairro, na rua onde vivemos.
A tolerância zero colocou Nova York na lista das cidades seguras.
Esta teoria pode também explicar o que acontece aqui no Brasil com corrupção, impunidade, amoralidade, criminalidade, vandalismo, etc.
Reflita sobre isso!
  The police and neighborhood safety BROKEN WINDOWS by JAMES Q WILSON AND GEORGE L. KELLING
James Q. Wilson is Shattuck Professor of Government at Harvard and author of Thinking About Crime. George L. Kelling, formerly director of the evaluation field staff of the Police foundation, is currently a research fellow at the John F Kennedy School of Government Harvard

AS JANELAS PARTIDAS DO CONJUNTO SANTOS DUMONT

Um carrinho de cachorro quente está utilizando a lateral da praça diariamente, colocando mesas e cadeiras sobre a grama.

Pergunta: O que impede que outros ocupem a praça?
Ambulante ocupando a praça










Junto com o carrinho de lanche, fica a grama pisada e tampas de refrigerante ocupando o chão que vão destruindo o verde.
Tampas de metal largadas na grama
 Não somente o ocupação noturna, agora permanentemente temos uma barraca instalada na lateral da praça.
Barraca permanente na praça











Tomada ligada diretamente no poste, o popular "gato".


Toda sociedade paga quando não coíbe o furto de energia.

Foram retiradas árvores e grande quantidade de terra e depois o local foi abandonado.

Pergunta: Quem vai reparar o dano?


Terra e grama retirada para quê?











A grade lateral do campo foi derrubada e não sabemos quem é o responsável por isso?

Pergunta: Quem vai consertar o muro?


Grade do campo derrubada por quem?

sábado, 2 de novembro de 2013

Como trabalhar para um mau líder

por Victor Hugo Manzanilla - 02 de janeiro de 2013 - Leadership
(Tradução de João Lago)

Um problema que mais me comentam os leitores do blog é a frustração que eles têm de trabalhar para um líder ineficiente. Porque você está lendo este artigo eu suponho que você é uma pessoa buscando crescer, mudar e se tornar um líder melhor ... mas o que fazemos quando somos forçados a trabalhar para um "chefe" que é um mau líder?

Primeiro de tudo vou definir seis tipos de "maus líderes " que estão no livro "Líder de 360 graus", de John Maxwell, para tentar definir o problema que temos com o nosso líder ou chefe. Aqui está uma lista dos "líderes" que ninguém quer seguir :

1 - O líder inseguro :
O líder inseguro pensa que uma decisão precisa passar por eles e por seu filtro egocêntrico . Uma característica comum deste tipo de líder é que quando uma pessoa em sua equipe tem um desempenho excepcional, buscam freá-lo por medo de ser ofuscado .

2 - O líder sem visão:
Líderes sem visão causam dois problemas profundos em sua organização: não indicam o caminho e, portanto, não desenvolvem a paixão em sua equipe. A visão vem da paixão.

3 - O líder incompetente:
Porque o nível de liderança determina o nível de eficácia de uma organização, os líderes incompetentes se tornam o "top" da organização. Se o líder é incompetente, é só uma questão de tempo para que toda a organização se torne medíocre e ineficiente.

4 - O líder egoísta :
Tom Peter em seu livro " The Circle of Innovation ", o explica perfeitamente: "O líder egoísta tentará conduzir os outros em proveito próprio e em detrimento dos demais. Essas pessoas acreditam que a vida é um jogo com vencedores e perdedores , e incentivar os outros a serem perdedores para que eles possam recolher os louros da vitória". Essas pessoas não acreditam na liderança como uma ferramenta para ajudar os outros, mas para usar os outros para benefício próprio .

5 - O Líder Camaleão ou político:
O líder camaleão não tem um modelo valores e princípios previsíveis. Muda de acordo com a situação que melhor o beneficia. Consequentemente, os seus seguidores nunca desenvolverão confiança , porque eles sabem que o apoio do líder só estará presente nos tempos de fartura.

6 – O Líder Controlador:
As pessoas que controlam minuciosamente os outros muitas vezes são motivadas por uma ou duas coisas : o desejo de perfeição , o qual não pode ser alcançado, ou a crença de que ninguém pode fazer um trabalho tão bom quanto eles.

Então ... O que vamos fazer se estamos trabalhando para estes "líderes" ?

Se tivéssemos o controle total da situação poderíamos mudar o líder , mas geralmente isto não está dentro do nosso círculo de influência . Portanto, temos uma única estratégia para lidar com eles :
Adicionar valor ...
Como John Maxwell disse: " Não importa quais sejam as nossas circunstâncias , nossa maior limitação não é o líder acima de nós, mas o espírito que nos habita "

De antemão digo que não vai ser fácil, mas é possível ... não somente possível , mas a situação pode tornar-se em um grande sucesso. Aqui estão algumas dicas :

1 - Desenvolver uma relação forte com o seu líder : A reação natural ao ter um mau líder é distanciar-se e construir barreiras. Faça o oposto. Construa pontes de relacionamento. Trate de conhecê-lo e busque encontrar interesses comuns e desenvolva um relacionamento profissional robusto.

2 - Identificar e valorizar os pontos fortes do Líder: Todo mundo tem pontos fortes e pontos fracos . A tendência natural quando temos problemas com o nosso líder é concentrarmo-nos em seus pontos fracos . Faça o oposto. Concentre-se nos pontos fortes (embora poucos ) e aprecia-los sinceramente .

3 - Faça um compromisso de agregar valor ao seu líder : A chave para uma carreira de sucesso é concentrar-se em maximizar os pontos fortes. Porque você detectou os pontos fortes do seu líder, comprometa-se a ajudá-lo a melhorar ainda mais os seus pontos fortes .

4 - Complementar as fraquezas de seu líder : Uma das razões pelas quais você tem dificuldade com o seu líder é que aspectos importantes da liderança, que são pontos fortes para você, não estão presentes nele. É por isso que nasce a frustração . O bom é quando você tem essas características como pontos fortes. Use-as ao máximo para complementar na equipe existente entre você e o líder. Verás como criarás uma equipe vencedora.

5 – Mostre-lhe "sabiamente " bons recursos de liderança : Porque você está lendo este blog, eu sei que você é uma pessoa buscando para melhorar sua liderança.
Basta ter cuidado como você se comunica . Não diga : " Você precisa ler esse livro ou ir a esse blog", mas busque uma conexão, por exemplo: "Eu li um artigo que me motivou a sonhar alto neste novo ano , eu vou te enviar o link para você ler" (escolha um artigo que possa fazer o seu chefe a refletir suas atitudes de liderança, mas que não seja este aqui). Provavelmente ler o artigo que você indicar e lentamente ler outros artigos semelhantes, sua liderança poderá melhorar. Você pode fazer o mesmo com os livros, vídeos etc ., basta fazê-lo com sabedoria.

6 – Elogie publicamente o seu líder: Não há nada de errado (mas muito de bom), se você elogiar os pontos fortes de seu líder publicamente. Esse tipo de atitude aprofundará o seu relacionamento com o seu líder e vai ajudar a motivá-lo a crescer e trazer as suas forças para o nível seguinte.
Trabalhar para um mau líder não é fácil, mas se nos concentrarmos na área de influência que temos, podemos transformar essa experiência em algo positivo. Às vezes eu acho que a vida nos envia este tipo de desafios para nos ajudar a crescer como seres humanos e como líderes. Então, aproveite a experiência dentro de tuas possibilidades.

Fonte: http://www.liderazgohoy.com/trabajar-para-un-mal-lider/#!

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O urubu cabeludo


O urubu cabeludo é uma espécie que pode ser vista aqui em nosso Conjunto Santos Dumont, mas não se preocupe, pois a proximidade que temos com o aeroporto Eduardo Gomes e a presença desse animal em nossas cercanias, não é uma ameaça ao tráfego aéreo, haja vista que o urubu cabeludo tem por característica voar raso ao chão, hábito que é totalmente incomum as outras espécies de urubus, que voam alto. Assim, a chance do urubu cabeludo chocar-se com uma aeronave é praticamente nula.

Além de voar baixo, outras são as características singulares do urubu cabeludo que o diferencia de outras aves que se alimentam de carniça. A primeira é justamente um conjunto de penas na cabeça que se assemelham a uma vasta cabeleira. Tenho um amigo, fazendo às vezes de um ornitólogo, diz que já viu de perto essa espécie e afirma categoricamente que na cabeça do urubu cabeludo é possível encontrar piolhos. No entanto não há evidências científicas que isto seja possível.

O urubu cabeludo tem, também, por característica singular gostar de cavucar encostas, removendo a terra e retirando a grama do lugar. É possível encontrar algumas localidades aqui em nosso conjunto em que o urubu cabeludo já deixou seu rastro. Juntamente com a terra e a grama removida, o urubu cabeludo com seu bico poderoso é capaz de derrubar árvores frondosas para um fim específico ainda não catalogado pelos biólogos. Dizem inclusive que ele sozinho é capaz de levar ao chão imensas grades de ferro, mas apesar de haver registros físicos de grades derrubadas ao chão, não se pode culpar o pobre animal por isto.

Na verdade, as observações a essa ave exótica por alguns estudiosos determinam que o mesmo gosta de habitar locais que tenham grande área verde, mas que essas áreas estejam tomadas pelo lixo, pois parece não se importar com os dejetos que se acumulam nas matas do Conjunto Santos Dumont. Alguns moradores incomodados com o frequente lixo em nossas áreas verdes providenciam a limpeza e o animal desaparece, mas logo que a lixo retorna a ave reaparece, o que determina a possibilidade de causa e efeito comportamental.

Apesar de todas essas características já descritas aqui a respeito do urubu cabeludo, talvez a mais estranha é o hábito que essa ave tem em sobrevoar frequentemente os distritos policiais. Observadores já avistaram esse animal em diversas ocasiões e puderam registrar que o mesmo sobrevoa uma delegacia para fazer B.O., que significa: Botar Ovo.

No entanto, quando o urubu cabeludo deixa-se fazer em delegacias  B.O. , somente o faz quando é repelido e enxotado por alguém desavisado. Assim, para cada B.O. deixado em um distrito policial, um ovo nauseabundo e fedorento é deixado na residência de quem o enxotou. Porém, apesar do cheiro de podre incomodar, não se preocupe porque não há registros que o ovo deixado pelo urubu cabeludo tenha maiores consequências.

Meus amigos, apesar do urubu cabeludo ser de uma natureza exótica e eventualmente incomodar, por favor não o maltratem. Eu mesmo já não me importo com os seus voos rasantes e desajeitados e até já recebi alguns ovos podres aqui em minha residência. Digo a todos vocês com toda a pureza da alma, o que essa ave precisa é de compaixão, pois pena ela já tem demais.

João Lago

Atenção: O urubu cabeludo é uma obra de ficção e as fotos aqui deixadas são meramente ilustrativas. Assim esta fábula não tem a pretensão de afirmar que tal ave exista em nosso meio ambiente. Fique tranquilo!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Morremos e renascemos a cada dia

A música “Mourrir demain”, da cantora pop francesa Natasha St-Pier, pergunta o que faríamos hoje se soubéssemos que iríamos morrer amanhã. Não entendo muito de filosofia e não li o suficiente para construir um raciocínio filosófico baseado em grandes pensadores. Não sei o que escreveu sobre a morte Santo Agostinho, que foi um filósofo da fé cat
ólica, ao mesmo tempo que desconheço o que tenha escrito Jean Paul Sartre, que, oposto a Agostinho, era filósofo ateu e materialista. Assim, face a minha completa ignorância, vou descrever aqui o que penso a respeito do que é o fim inevitável de cada um de nós: a morte física.
O poeta argentino Jorge Luis Borges, que era ateu convicto, disse que na “verdade é que morremos a cada dia e nascemos a cada dia”, mas sobre uma visão ainda mais pessimista que esta, em um entrevista que Borges concedeu ao poeta amazonense Thiago de Mello, o mesmo disse que potencialmente nascemos mortos. Não gostaria de passar a impressão que sou completamente pessimista sobre o tema, tanto que para isto o iniciei com a ilustração de uma música alegre e dançante, pois, de maneira geral, não vivemos angustiados com a perspectiva da morte, apesar dela estar potencialmente presente em nossa existência. Porém, quando conheço ou tomo conhecimento de pessoas que em algum momento de suas vidas tiveram que conviver com a aproximação da morte, até mesmo o mais ferrenho ateu torna-se um ser espiritualizado, em busca de respostas. Já aqueles que não descartaram a metafísica em sua perspectiva de vida, mesmo que afastados da religião, quando sabem que a morte ronda, apegam-se a Deus na mesma proporção que se distanciam Dele quando curados. Voltam as suas vidas de rotinas habituais.
O livro “Claro como o dia” é uma obra interessante, escrita pelo então presidente da KPMG, uma das maiores empresas de consultorias do mundo, por descrever os preparativos de quem sabe que em breve vai morrer, ao ser diagnosticado com um câncer inoperável no cérebro. A partir disto, o executivo Eugene O´Kelly, da KPMG, começa a planejar o pouco tempo que resta em sua vida para aproveitá-la ao máximo e deixar algum legado. Escrever um livro sobre os seus preparativos para morte estava dentro deste conceito. Justamente neste ponto é que convirjo ao dizer que nossa angústia não é saber que a morte nos ronda, mas não ter a certeza do dia e hora em que a mesma irá chegar e não estarmos preparados para aceitá-la.
Quem assistiu ao filme “Abril Despedaçado”, de Walter Salles, estrelado por Rodrigo Santoro, deve lembrar que o protagonista, ao ser jurado de morte, recebe como sugestão de seu algoz em contar os seus dias vindouros como “menos um”. É interessante esta metáfora, pois, normalmente, as pessoas quando acordam pela manhã suspiram: “Mais um dia”. Essa é a perspectiva de quem não sabe quanto tempo lhe resta, enquanto que “menos um” seria o suspiro correto de quem sabe que o seu fim está próximo.
Particularmente, acho que encontrei uma resposta que cabe em mim, no que se refere a aceitar o final de minha existência como inevitável, ao tentar refletir sobre o que mais me angustia. Cheguei à conclusão que a maneira mais humana ou, melhor dizendo, dentro do racionalismo humano, seria que tivéssemos cada um de nós a noção exata de quanto tempo nos resta de vida neste mundo. No entanto, isto não é possível, pelo menos para mim, que não tenho qualquer inclinação a pôr fim em minha própria existência e tão pouco fui diagnosticado como possuidor de uma doença terminal.
Não obstante, busco estar em dia com a minha espiritualidade e a pratico, sem exageros, em meu dia a dia, pois acredito que se faz uma leitura errada das falas dos profetas quando dizem que o fim está próximo, pois não se referem ao fim da humanidade, mas ao fim específico do homem, quando a morte faz que o tempo deixe de ter qualquer significado racional.
Se um dia é certo que o Ressuscitado irá voltar, quando morremos nos aproximamos inexoravelmente do dia de encontrá-lo. Então, devemos estar preparados para isto, em paz com nossa consciência e com o mundo. Assim, se vivemos dando significado real a nossa existência na construção de um legado para quem fica com o sentimento do dever cumprido, não temos porque temer a chegada da morte.
Finalizo relembrando o apóstolo Paulo, quando diz: “Lutei o bom combate, completei a corrida, guardei a fé”. Que façamos de nossa existência uma luta necessária que nos aproxime da fé e assim não temeremos absolutamente nada, nem mesmo a morte.
João Lago
Administrador, professor e morador do Conj. Santos Dumont.

domingo, 27 de outubro de 2013

Notícas da Campanha: Presente de Natal para Lucas

Nessa semana que passou, após a visita da Pointer Produtos Hospitalares para medir do tamanho de assento da cadeira e tomar conhecimento das necessidades atuais e futuras do Lucas em relação a sua enfermidade, recebemos um novo orçamento no valor de R$ 8.700,00, assinado pelo diretor comercial da empresa, o senhor Almir Prestes.

Na verdade, o valor da cadeira reclinável é de R$ 9.944,00, mas conseguimos um desconto para pagamento à vista, acompanhado da boa vontade da empresa por tomar conhecimento que se trata de uma ação entre amigos. O Lucas precisará no futuro de uma cadeira que recline, haja vista a progressão da doença que enfraquecerá sua capacidade de manter-se sentado sem apoio.

As condições de pagamento também foram revistas, agora com 50% no pedido e os outros 50% no momento da entrega, cujo prazo estabelecido pelo fornecedor é de 40 a 60 dias.
Assim, tão logo alcancemos o valor necessário para realizar a encomenda, ou seja: R$ 4.350,00 (quatro mil trezentos e cinquenta reais), já contataremos a Pointer para realizar o pedido. A outra metade, acreditamos que a boa vontade de nossos amigos se encarregará de prover o montante necessário para honrar este compromisso.

Nesta data temos confirmado R$ 755,00, que nos coloca na posição de arrecadar ainda mais R$ 3.595,00 (três mil quinhentos e noventa e cinco reais) somente para fazermos o pedido.

Precisamos muito de tua ajuda, seja na divulgação desta campanha com os teus amigos, sendo um multiplicador desta corrente de solidariedade, e (ou) com tua doação financeira. Seja qual for a forma escolhida para nos ajudar, ela será bem-vinda.

Abaixo a relação dos amigos que já doaram.

Total neste momento: R$ 755,00


Nome ____________________Cidade ______________ Valor
Geraldo Draeta (3)............. Rio Claro-SP................. R$ 120,00
Chelsea Archer Pinto (3)... Manaus - AM.................. R$ 20,00
Famíla Lago (3) ................ Manaus - AM ............... R$ 100,00
Edson Lima (1).................. Manaus - AM ................. R$ 50,00
Laura Oliveira (2).............. Manaus - AM ................. R$ 25,00
Hélio Oliveira (3) ..............Carazinho-RS.................R$ 100,00
Anay Miranda(3)................. Manaus...........................R$ 70,00
Emerson Cunha (2).............. Manaus.......................... R$ 20,00
Leny Aquino (2).................. Manaus.......................... R$ 50,00
Antonio Bueno (3).............. Rio de Janeiro ...............R$ 100,00
Ildo Assis (3)........................Manaus...........................R$ 50,00
Anderson Sales Tahan (1).....Manaus..........................R$ 50,00



sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O cão nosso de cada dia

Recentemente li uma resenha do autor de novelas Walcyr Carrasco, intitulada “A mentira vai à mesa”, na qual ele afirma que existe uma certa “hipocrisia tácita” de não querer saber como o alimento chega à nossa mesa ou, melhor dizendo, alimentamo-nos de animais criados com o intuito de serem fontes de proteínas para nós humanos, mas não nos importamos de como são criados e mortos para tal.

Também, ao ler Walcyr Carrasco, logo de imediato lembrei-me do livro “O menino no espelho”, de Fernando Sabino, que talvez tenha servido de inspiração para Carrasco ou apenas tenha sido uma dessas coincidências literárias. Na obra de Sabino, encontra-se a estória de Alzira, a cozinheira que matava as galinhas torcendo-lhes o pescoço. Face ao destino inevitável das galinhas que chegavam à casa do menino, o mesmo toma a decisão de salvá-las, tão logo uma nova vítima aportasse em sua casa. Desta forma, assim que uma outra galinha chegou trazida por sua mãe, o menino afeiçoou-se ao animal, batizando-a como Fernanda, com todo o rito católico da água na cabeça do animal e preservando-a do destino de ser servida em um banquete de galinha ao molho pardo.

Nessa semana que passou, um grupo de “ativistas”, desses que se proliferam em Facebook, instigados para fazer justiça com as próprias mãos, invadiram o Instituto Royal, em São Roque, região de Sorocaba, em São Paulo, para libertar pelo menos dezenas de cães da raça Beagle, usados como cobaias em testes de medicamentos. Além de retirarem os animais do centro de pesquisa, também promoveram destruição de equipamentos e de materiais que estavam sendo estudados pelos pesquisadores, causando prejuízo material e atrasos nas pesquisas. Nos noticiários que foram feitos, antes e depois, vê-se declarações acaloradas de defesa dos animais, seguidos de desmentidos de participação no ato de vandalismo ou, ainda, da constatação de abandono dessas cães em via pública.

Esses ativistas eu poderia chamá-los de Black Dog (parodiando os estúpidos Black Bloc), pois destruíram importantes pesquisas e eventualmente atrapalharam qualquer iniciativa sensata de investigação de maus-tratos aos animais, que já vinha sendo conduzida pelo Ministério Público de São Paulo, haja vista que havia denúncias contra o Instituto Royal, mas que as possíveis provas de maus-tratos foram destruídas com a intempestiva invasão.

Os novos medicamentos inicialmente são testados em animais, para análise dos efeitos colaterais e possível implicações medicamentosas em nosso organismo, na tentativa de oferecer medicamentos seguros. Não há possibilidade de aprimoramento dos medicamentos sem testes em animais vivos, ou seja, ou são feitos em animais ou devem ter o ser humano como cobaia. Assim, seria uma atitude de maior impacto se esses “ativistas” tivessem se oferecido como cobaias no lugar de cada Beagle ali alojado.

Neste momento, talvez eu tenha passado uma impressão de ser totalmente insensível à questão de maus-tratos aos animais, pelo fato do cachorro em nossa sociedade ser considerado (com certo exagero) como membro da família. Que o diga Rogério Magri, ministro de Collor de Mello, que, flagrado usando carro oficial para levar seu animal de estimação ao veterinário disse: “O cachorro é um ser humano como outro qualquer”.

Aqui no Brasil não nos alimentamos de carne de cachorro, mas é possível encontrar essa iguaria em um restaurante vietnamita ou chinês ou em outra cultura asiática. Aqui nos alimentamos de carne de vaca, mas é impensável comer esse animal em regiões da Índia, onde a vaca é sagrada. Assim, em países que as fontes de proteínas um dia foram escassas, é possível que se tenha desenvolvido relativa tolerância do que pode vir a ser alimento ou não. Do mesmo modo, fatores culturais, como a religião, podem limitar o que podemos considerar como fonte de proteína. Judeus, muçulmanos e adventistas do sétimo dia não comem carne de porco. Neste ponto vale salientar que pesquisas em medicamentos também são testadas em suínos, mas os porcos não têm a mesma face carinhosa de um cão da raça Beagle.

A pergunta que me faço é: quantos desses Black Dog, ou ativistas de última hora, desprezam em uma refeição um suculento bife, uma apetitosa coxinha de frango ou um tambaqui assado ao molho de tucupi? Não sei, mas a hipocrisia tácita, ou não tácita, reside no fato de não querermos enxergar além do que os nossos próprios olhos nos permitem ver.

João Lago
Administrador, professor e morador do Conjunto Santos Dumont

sábado, 12 de outubro de 2013

Um presente de Natal para Lucas

Lucas até os 4 anos de idade tinha um desenvolvimento normal como de qualquer outra criança de sua idade. Porém, logo começou apresentar dificuldade para andar, pois começou a cair com frequência, apresentando fraqueza nas pernas. Durante os anos seguintes, o quadro de saúde de Lucas começou a tornar-se mais severo, quando em busca de um diagnóstico para o que Lucas tinha, sua família o levou para São Paulo para consulta com o Dr. Beny Schimidt, que é professor da USP e especialista em distrofias musculares, com doutorado em neuropatologia na França e Pós-doutorado na mesma área em Universidade de Columbia - EUA. Assim, após realizada um biópsia muscular pelo Dr. Schmidt, Lucas foi diagnosticado com possuidor de uma doença rara e incurável chamada Síndrome de Duchenne.

A doença de Lucas é progressiva e aos poucos ele perderá os movimentos do corpo. Hoje Lucas já não anda e também perdeu a capacidade de locomover-se sozinho movimentando com as mãos sua própria cadeira de rodas. No entanto, Lucas desde muito cedo teve que conviver e aceitar as limitações que paulatinamente a doença lhe atribuía. Porém, perder a capacidade de movimentar a própria cadeira de rodas cria mais uma barreira em uma vida cotidiana, somada a tantas outras que Lucas teve que aceitar. Lucas não se veste sozinho e não faz a higiene pessoal sem ajuda e está entrando na adolescência, esse período mágico que uma revolução de transformações acontece na vida de qualquer pessoa.

Lucas adora jogar vídeo-game, de preferência os que retratam jogos de futebol. Ainda assim, é certo que a possibilidade de jogar vídeo-game sozinho também está ameaçada, mas Lucas segue a vida aproveitando o que pode desfrutar hoje com os recursos que tem, inclusive com aqueles que o seu corpo permite.

Nesse Natal que se aproxima, Lucas gostaria de receber de presente uma cadeira de rodas motorizada, que não é um brinquedo, não na concepção que qualquer criança poderia atribuir a esse objeto. Na verdade, a cadeira de rodas serviria para proporcionar um pouco mais de liberdade a essa criança que aos poucos aprendeu que liberdade se resume a capacidade de realizar pequenas coisas. Movimentar-se sozinha é uma delas. A cadeira de rodas motorizada também é um projeto de futuro, pois a doença progredirá e cada vez mais Lucas ficará dependente de uma cadeira de rodas.

Conheci Lucas nesse último sábado (12/10), justamente no dia das crianças. Um amigo indicou-me para o Tadeu, tio de Lucas como sendo alguém que poderia ajudar a realizar o sonho de Natal de Lucas, já que o custo de uma cadeira de rodas motorizada é por demais para essa família, que já possui toda uma vida financeira alterada para garantir conforto a Lucas, considerando ainda que não são uma família de muitas posses.

Pessoalmente fiquei sensibilizado e grato por conhecer Lucas, que possui uma alegria no sorriso e no olhar que me cativou. Sei que sozinho não sou a pessoa que poderá realizar o sonho de Natal de Lucas, mas acredito que tenho amigos suficiente para juntos entregarmos a Lucas esse presente de Natal. Portanto, resolvi contar a história de Lucas e pedir ajuda para que possamos juntos ser o Papai Noel que Lucas espera receber na noite de Natal.

Se você quiser ser também um dos Papais Noéis de Lucas, entre em contato conosco da Amipaz, pelo e-mail: amipaz.manaus@gmail.com que informaremos como isto poderá ser feito.

Estamos providenciando o orçamento da cadeira de rodas motorizada e assim que o tenhamos colocaremos aqui para que todos fiquem sabendo. Também relacionaremos nominalmente todas as doações que eventualmente recebermos até que tenhamos chegado ao objetivo final.

João Lago
Professor e morador do Conjunto Santos Dumont.



 Contas disponíveis para receber doações:


Nome: João Soares do Lago Júnior (coordenador da campanha)
Banco Santander
Agencia: 3273
Conta corrente: 01001951-8

Nome: Samana Monteiro Teixeira (mãe de Lucas)
Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 1549
Conta poupança: 013 3540-8

Nome: José Edson Lima da Silva (coordenador da campanha)
Banco: Bradesco
Agência: 03726-5
Conta poupança: 0643069-4

Após depositar, por favor indique o valor e a data do depósito para que possamos identificar e publicar sua contribuição aqui no blog.
 
Distrofia muscular de Duchenne

Distrofia de Duchenne é uma doença genética de caráter recessivo, ligada ao cromossomo X, degenerativa e incapacitante. O gene defeituoso é transmitido simultaneamente pelo pai e pela mãe, que é assintomática. No entanto, cerca de 1/3 dos casos ocorre por mutação genética nova.
Só os meninos desenvolvem essa enfermidade, que se caracteriza pela ausência de uma proteína essencial para a integridade do músculo, que vai degenerando progressivamente.
Sintomas
A criança nasce normal, mas demora um pouco para andar. Entre dois e quatro anos, cai muito; por volta dos sete anos deixa de correr, de subir escadas. Aos doze anos aproximadamente, perde a capacidade de andar. Ao longo de todo esse período, ocorrem contraturas nas articulações.
O quadro vai se agravando até o comprometimento atingir toda a musculatura esquelética e surgirem problemas cardíacos e respiratórios, estes últimos em virtude das alterações ocorridas no músculo diafragma e não porque os pulmões estejam afetados.
Diagnóstico
Níveis elevados de CPK (creatinofosfoquinase) podem ser detectados prematuramente nos primeiros meses de vida. O exame de sangue para análise do DNA permite o diagnóstico definitivo em 60%, 70% dos casos. Nos 30% restantes, é necessário fazer biópsia do músculo para identificar a proteína ausente.
Fonte: Site do Dr. Dráuzio Varela, disponível em http://drauziovarella.com.br/crianca-2/distrofia-de-duchenne/.


ORÇAMENTO DA CADEIRA

Valor orçado: R$ 8.690,00 (oito mil seiscentos noventa)



terça-feira, 1 de outubro de 2013

Ficamos com nossas lágrimas e nossa revolta

Estava pensando como poderia descrever o sentimento que inicio essas apressadas linhas. O único que me ocorre é que me sinto como se fosse um sobrevivente.

Somos sobreviventes dessa guerra urbana estúpida que se instala no meio de nós, na qual somos alvos em nosso próprio refúgio. Como poderia imaginar que o lugar mais seguro para qualquer um de nós, que é o nosso lar, pode a qualquer momento transformar-se no local de nosso patíbulo?

Como é tamanho o nosso sentimento de impotência, quando tal tragédia acontece a poucas quadras de nossas famílias e não fomos capaz impedi-la. Bem a propósito, nessa semana que passou estava assistindo um documentário no National Geographic no qual um leão tentava atacar uma manada de búfalos. Apesar de forte, o leão ficava impotente, pois quando tentava dar o bote os búfalos avançavam sobre o mesmo, demonstrando que juntos são invencíveis para um simples leão. No entanto, logo chega a matilha dos felinos que, agora em maior número, atacam e tiram a vida de um enorme e forte animal.

O que desejo dizer é que não basta sermos fortes individualmente, ou mesmo que fortalecidos, ainda assim podemos sermos alvos do inimigo quando este se torna numeroso. Portanto, o que vemos em nossa cidade é o crescimento assustador de gente ruim que não tem nada a perder. Pessoas entorpecidas pela droga e que não possuem qualquer sentimento de compaixão e parecem ser agora em maior número e não há força que possa resistir a tamanha avalanche de estupidez e crueldade.

Acredito que todos nós moradores do Conjunto Santos Dumont de alguma forma estamos tocados com esta tragédia que se abateu sobre a família de Xavier, que neste momento chora a perda de seu filho Diego e tem olhos de preocupação para o pai que se encontra em estado grave no hospital.

Neste momento o Diego está sendo velado na Alameda Santos Dumont, na Igreja de São Marcos, onde frequentava com sua família e era querido em nossa comunidade.

Que Deus console a família e que Nossa Senhora, com o seu olhar de mãe possa acalmar os corações enlutados.

João Lago.
Morador do Conjunto Santos Dumont.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Setembro Negro

Há muito tempo que percebo um fenômeno silencioso que se entranha em todos os movimentos sociais e políticos no Brasil, ou dando o nome aos bois, o completo esvaziamento de pessoas de bem em todas as causas que deveriam ser presididas por gente por conduta moral ilibada. Cada vez mais os finórios corruptos se entranham e ganham corpo na sociedade e nada temem, porque acabam por ter respaldo de seus pares distribuídos nas esferas de poder.

O caso do deputado presidiário é um exemplo, pois aqui se quebra um paradigma. Pensava-se que o STF – Superior Tribunal Federal fosse a estância limite para a condenação penal e moral na lenta justiça brasileira, na qual o advogado bom não é aquele que absolve o seu cliente, mas aquele que consegue postergar ao máximo a condenação, levando-a até o limite de prescrição da pena. Esses advogados que são os considerados bons, os mais prestigiados, os mais caros e concorridos. No entanto, não quero dizer que a culpa seja dos advogados, pois bem ou mal usam do que o sistema judiciário permite e que está na legislação brasileira. Portanto, se utilizam desses meandros protelatórios o fazem cumprindo o compromisso de garantir ampla defesa de seus clientes. Assim, a mudança deveria ser obtida pelo legislativo, pela mudança da lei no Código de Processo Penal, mas considerando um plenário que livra um bandido da perda de mandato (aqui não cabe mais o eufemismo de “suposto bandido”, pois a última estância da justiça o condenou), como esperar que se mude uma legislação que colocaria a Espada de Dâmocles(1) sobre a cabeça de cada membro do Congresso Nacional? Tenho a completa convicção que a maioria do Congresso Nacional deseja que nada se mude na lei de processo penal.

As altas instâncias de poder já abrigam gente que acredita estar acima de qualquer censura, acumulando desatinos que ferem qualquer bom senso pueril. Por exemplo, o ministro Joaquim Barbosa, último bastião de justiça consagrado pela imprensa brasileira, em um arroubo de novo rico, resolve comprar um apartamento em Miami. Até aqui tudo bem, pois não desejo discutir o ideal de cidade que Barbosa escolheu para ter um imóvel, mas a forma como o fez. No Brasil qualquer funcionário público é proibido de ter empresa, pois a lei brasileira não permite. No entanto, para comprar imóvel nos EUA Joaquim Barbosa abre uma empresa de fachada e compra o apartamento em nome dessa para obter benefícios fiscais. Assim, Barbosa inaugurou o seu jeitinho brasileiro em terras do Tio Sam. Há quem pense que isto tudo é só uma esperteza, mas diminui Barbosa a altura de Lewandowski, ou pior ainda, ao nível de Dias Toffoli, que não se acha impedido de relatar o processo do Banco Mercantil do Brasil(2), instituição a qual esse ministro obteve 1,4 milhão em operações de crédito, a juros muito abaixo do padrão de mercado, para serem quitadas em 17 anos. Como tudo está orquestrado entre os amigos, a Advocacia Geral da União – AGU, que deveria zelar pelos interesses do erário, acha normal um juiz receber empréstimos de quem deva julgar interesses milionários. Cumpre lembrar que Dias Toffoli foi advogado do PT e ocupou diversos cargos no governo Lula, sendo este é o único atributo em sua biografia pífia, comparada com a de seus pares, que poderiam lhe conferir comenda de ser indicado para a mais alta corte do país.

O escárnio pela ética já não mais escandaliza, pois se “os idiotas perderam a modéstia”, muito antes os ladinos da república perderam o medo de estabelecer seus balcões de negócio a luz do dia, ou a distribuir seus pares em todas as esferas de poder debaixo de nossas narinas. A última foi a indicação por Dilma Rousseff de Zé Carlinhos para embaixador em Angola, um sujeito condenado em primeira instância por sua participação na Máfia dos Sanguessugas(3). Não obstante, o mesmo ainda deverá ser aprovado pelos senadores, mas o que esperar de uma turma que está sem moral frente a opinião pública e que é presidida por Renan Calheiros? Certamente Zé Carlinhos será aprovado com louvor pelos nobres senadores. O governo angolano que se cuide e coloque suas barbas de molho.

Tudo isto que escrevi acima revela como nas altas esferas se destaca o comportamento ignóbil como um padrão a ser seguido, afastando aqueles que eventualmente possam ter algum ideal de justiça e amor ao bem comum. Quem em sã consciência estaria predisposto a chafundar-se na lama e ser confundido com os porcos? Se desejas ser rotulado de bandido, expresse vontade de filiar-se a um partido político e a concorrer a um cargo eletivo. No entanto, em Junho deste ano brotou em nossos corações a esperança que a nação havia despertado e, contrariando os apelos sensatos da mãe de meus filhos, temerosa com a violência de um grupo de alienados e de marginais, incentivei nossas crianças a saírem comigo às ruas pedindo um Brasil ético e socialmente justo. Bem a propósito, quando já estávamos voltando para casa, recebo a ligação de um sobrinho, que seguiu mais adiante na caminhada, preocupado em saber onde estávamos, pois havia iniciado um quebra-quebra e a polícia estava reprimindo duramente todos os que estavam ao redor: os inocentes e os culpados.

Neste mês setembro acompanhei, na imprensa e nos portais da internet, as convocações que estavam sendo feitas para que se repetisse no dia da pátria uma nova onda de protestos por todo o Brasil como aquelas ocorridas no mês de Junho. Sinceramente duvidei que tal fato voltasse a se repetir, como ainda duvido que se reproduza a permanecer a ocupação das ruas por esses bandidos oportunistas que estão roubando do cidadão indignado o legítimo direito de manifestar-se nas ruas com os seus filhos e família de maneira pacífica. Assim, se nas altas esferas os ladinos se encastelaram, nas ruas quem manda é o néscio mascarado, esses beócios travestidos de manifestantes que cumprem o papel de ajudar os bandidos que estão no poder, pois ao reduzirem tudo a depredações e a roubos, afasta a população ordeira e honesta das ruas, reduzindo a pressão pública sobre a roubalheira nas altas esferas da república.

Infelizmente iniciamos um Setembro Negro, pois se esvai, em meio as nuvens de gás lacrimogênio, chuvas de spray de pimenta, saraivada de balas de borracha e estrondo de bombas de efeito moral, toda a esperança em uma primavera cívica brasileira.

João Lago.
Administrador, professor e morador do Conjunto Santos Dumont.

Notas:
  1. Conta a mitologia que Dâmocles quis saber como seria ser rei, vivendo de ser bajulado e desfrutando da boa vida que um governante possui em seu palácio. Um rei tirano chamado Dionísio propôs que Dâmocles experimentasse ser governante e o convidou a sentar-se no trono de rei por um dia. Porém, ao chegar ao palácio e sentar-se no trono, viu um espada pontiaguda pendurada por uma tênue linha apontada para sua cabeça. A espada simboliza que o governante deve temer o ônus pesado que o poder traz consigo.
  2. O Banco Mercantil do Brasil entrou com recursos contra o INSS pedindo compensações por contribuições previdenciárias que teriam impacto favorável em toda sua folha de pagamento e contra a Receita Federal para redução da alíquota do Confins de 4% para 3%, cabendo a Dias Toffoli avaliar e relatar o mérito do pedido.
  3. Máfia dos Sanguessugas, ou máfia das ambulâncias, foi um escândalo de corrupção acontecido em 2006 com a descoberta de uma quadrilha que desviava dinheiro público destinado à compra de ambulâncias, na qual o ex-deputado federal José Carlos Fonseca Júnior (Zé Carlinhos) foi condenado em primeira instância por peculato e por ferir a lei das licitações.

domingo, 11 de agosto de 2013

As faces de um pai

Quando amamos não conseguimos nos ver apartado do ser amado, assim como não nos preparamos para perder a quem se ama. Nesta perspectiva, da possibilidade de viver um luto precoce, vou contar uma história de minha infância, de uma criança que sofreu imensamente com a possibilidade de perder a quem mais amava na vida.

Meu avô João Pinheiro passava a impressão de ser um homem sisudo, talvez pela compleição de sua face passasse esta ideia, ou mesmo para com suas duas filhas fosse um pai severo, mas para comigo jamais tive esta percepção. Como achar que esse homem era bruto quando me chamava de “Junico do Vovô”, ou mesmo quando, nos finais de tarde, na varanda de sua casa me colocava sobre suas pernas e me fazia cavalgar em campos imaginários?

Eu era o seu astronauta, que corria de seus braços para alçar voos planetários entre a sala e a cozinha. Ele observava e ria, ao mesmo tempo que me chamava de “meu cientista”. Um homem profundamente apegado as letras, mas que, formalmente, não havia concluído o primário. Porém, para mim, era o mais astuto avô que uma criança poderia ter, quando me incentivava a gostar de estudar dizia: “Cuidado, quem não estuda puxa carroça”. E para dar o exemplo, sempre se acompanhava de um volume de uma enciclopédia para passar o tempo.

Certa vez, quando minha mãe entrou para reclamar das malcriações de meu irmão mais velho, meu avô bradou: “Se tu estivesse, assim como eu, cercada de livros, não me vinhas aqui falar dessas coisas”. Ele era assim, a pura concepção que os avôs amorosos verdadeiramente atrapalham a educação dos netos.

Eu o amava profundamente e logo percebi que ele não me acompanharia por muito tempo, passando a angustiar-me com o fato de que nascemos em tempos opostos. Nos finais de tarde, quando ele demorava para voltar para casa, eu ficava impaciente, perguntava para minha avó se ele havia dito que iria demorar e não sossegava até vê-lo chegar na soleira da porta. Assim, dia após dia, aos poucos eu o imaginei não chegando em casa, o via morto, longe de mim, inexorável apartado de minha vida.
Quando finalmente ele se foi, eu não consegui chorar, pois tantas vezes eu o havia pranteado em minha mente ao ponto de não conseguir verter, em suas exéquias, uma lágrima de despedida. Isto não significava dureza de meu coração, mas apenas que eu pensava já estar conformado de véspera. Porém, foi aí que conheci o que é a saudade, pois no dia seguinte, quando o entardecer avançava, aproximando-se a hora de sua chegada habitual em casa, enfim bateu-me o desespero de não poder tê-lo mais em meus braços e chorei, chorei, chorei copiosa e inconsolavelmente.

Não cresci ao lado de meu pai, que se separou de minha mãe eu ainda muito pequeno. Então foi por meio de meu avô que conheci o exemplo de figura paterna que até hoje me acompanha como referência em minha vida. No entanto, meu também falecido pai João Lago, apesar de distante de mim, ele foi para minhas irmãs no Rio Grande do Sul o que João Pinheiro havia sido para mim em Manaus.

Aproximando-se o dia dos pais, a lembrança de meu avô sempre retorna com bastante intensidade, que demonstra para mim que a saudade de quem se ama nunca termina, apenas esmorece com o passar do tempo, na certeza do que é irremediável, remediado está. Contudo, o que importa é que conheci o amor de pai e levo comigo uma lembrança paterna, pois um pai pode ter as mais variadas faces e o meu avô foi apenas uma delas.

João Lago
Administrador, professor e morador do Conjunto Santos Dumont.

domingo, 28 de julho de 2013

A fé revolucionária de Francisco

Na mesma semana em que acontecia no Rio de Janeiro a  Jornada Mundial da Juventude – JMJ, aqui em Manaus, em nosso bairro, em alusão a semana missionária, saímos para visitar nossos irmãos paroquianos para juntos rezar em suas casas. Não somente ler o evangelho, não somente rezar, mas partilhar o que nos toca particularmente quando temos um encontro singular com Deus. Foi justamente em uma dessas experiências que escutei uma jovem dizer que alguns colegas de faculdade rotulavam de alienados todos aqueles que seguiam uma religião. Disse-lhe: o termo alienado significa alguém que age sem saber o porquê do que faz, por estar alheio a realidade. Alienado é sinônimo de louco, pois esses agem sem o uso da razão.

Com o final da JMJ e do retorno do Papa Francisco ao Vaticano, fiquei
a pensar qual seria o resultado prático desta visita como mensagem
política para os jovens, haja vista que em seus discursos o vigário de
Cristo reforçou que os mesmos devem ter coragem para lutar com fé
contra as injustiças de nosso tempo:  A corrupção, a fome, a
intolerância, o preconceito. Assim, recordando o discurso que o papa
fez ao final da Via Sacra, o santo padre lembrou de uma antiga
tradição da igreja católica que conta o encontro de Jesus com São
Pedro, quando o santo deixava Roma para fugir da perseguição de Nero
(1). Ao ver Jesus Pedro diz: “Mestre, para onde vais?”. Jesus
respondeu: “Estou indo a Roma para ser crucificado de novo”.
Sutilmente Francisco plantou o ato de resistência e perseverança que o
jovem deve ter para lutar contra as injustiças.

Respondendo se seria então a fé um fator de alienação do indivíduo,
sinceramente não foi esta a mensagem que o líder da Igreja Católica
deixou para os jovens. Pelo contrário, o papa Francisco convoca todos
a se unirem contra as injustiças e a não se conformarem com elas.
Portanto, a mensagem é clara e objetiva: A fé em Deus é o que nos
alimenta para seguir em frente e o que nos diferencia de um ativista
cheio de boas intenções, mas sem fé. Neste sentido, várias vezes o
santo padre repetiu que não deve ser a Igreja Católica uma ONG (2),
mas ao mesmo tempo não poderá ser somente a religião um local de fuga
para as nossas frustrações e temores. Três foram as palavras
repetidas: Fé, esperança e misericórdia. No que se refere a fé, em sua
encíclica Lumen Fidei (A Luz da Fé) Francisco cita o profeta Isaías:
“Se não acreditardes, não compreendereis” (cf. Is 7, 9) e explica que
a fé é a luz que nos faz conhecer a verdade, não somente a verdade
metafísica, mas aquela verdade que nos coloca em contato com o mundo
quando praticamos o amor de Cristo.

O papa Francisco em sua encíclica escreveu: “Sendo a verdade de um
amor, não é verdade que se impõe pela violência, não é verdade que
esmaga o indivíduo; nascendo do amor pode chegar ao coração, ao centro
pessoal de cada homem; daqui resulta claramente que a fé não é
intransigente, mas cresce na convivência que respeita o outro. O
crente não é arrogante; pelo contrário, a verdade torna-o humilde,
sabendo que, mais do que possuirmo-la nós, é ela que nos abraça e
possui”. Desta forma, o papa Francisco tem sido coerente em seus atos
e com aquilo que diz, no que se refere a buscar o diálogo ao invés do
confronto, pois a sede de justiça alimentada pela fé não pode jamais
ser insensível e violenta.

Assim, o cristão ao lutar pelas injustiças se o fizer usando a
inteligência e a razão jamais se utilizará da violência para vencer o
inimigo. O pastor protestante Martin Lutter King e o hindu Mahatma
Gandhi venceram em seus países, respectivamente, a discriminação
racial e o colonialismo inglês sem o uso da força física, sem a
brutalidade das armas. Embora ambos tenha sido assassinados,  deixaram
o exemplo que é possível fazer uma revolução de forma pacífica.

Nós brasileiros no mês de junho experimentamos a força que temos
quando saímos as ruas para lutar contra as nossas injustiças. Ao mesmo
tempo, no meio das manifestações, um grupo, que talvez me identifique
como um alienado, partiram para o quebra-quebra. Logo em seguida, um
outro grupo, aproveitando o clima de guerra, saíram para saquear. A
cada ato de violência o movimento foi enfraquecendo e agora se teme
que as pífias conquistas que conseguimos com o movimento das ruas
caiam no esquecimento. Será que o único resultado dessas manifestações
que tomaram conta do Brasil será a lembrança dos desdobramentos
violento das manifestações? Será que no futuro quando lembrarmos de
junho 2013, recordaremos a intolerância praticada por uma minoria
contra a presença do papa no Brasil? Será que lembrar-se-á disto tudo
como uma atitude amadurecimento político da juventude brasileira? Não
tenho o dom da vidência, mas posso enxergar que faltou nos atores
desses atos de violência o desejo da escuta pregado por Francisco. Os
que se revoltaram contra a presença do papa não tiveram a paciência em
ouvir primeiro que esse homem, religioso católico, argentino de
nascimento, veio nos dizer.

Finalmente, respondendo a inquietação dessa jovem que citei no início
desta reflexão, digo que o cristão somente é alienado quando perde o
contato com a realidade que o cerca e usa a sua crença como uma
cortina para esconder-se do mundo. Na verdade a fé é revolucionária,
alimenta nossas esperanças, nos dá a misericórdia necessária para
entender o outro com amor, quando nos enche de forças para lutar
contra as injustiças.

João Lago
Administrador e professor