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sábado, 20 de maio de 2017

Corrupção: A Besta do Apocalipse



Quem já não ouviu falar de uma empresa nascida em uma garagem, no quarto de uma faculdade, ou no fundo de um quintal transformar-se em uma corporação transnacional com faturamento na casa de bilhões de dólares? Logo alguns nomes vêm a nossa mente: Microsoft, Amazon, Dell, Apple, Google, todas essas relacionadas ao que se convencionou chamar de empresas da nova economia que cresceram ofertando inovação tecnológica tendo (ou não necessariamente) como plataforma de negócios a internet. Melhor dizendo, empresas que exploram novas tecnologias buscando ofertar produtos e serviços fora do ambiente de comércio tradicional (empresas da velha economia).

Não por acaso todas as multinacionais citadas são estadunidenses e o crescimento dessas empresas está relacionado com o mercado de capitais de alto nível existente na economia dos EUA. Se não houvesse a possibilidade dessas empresas ainda raquíticas abrirem capital para financiar o seu crescimento, muito provavelmente não teriam se agigantado em tão pouco tempo, ou mesmo no berço teriam sido absorvidas por outras corporações mais poderosas e capitalizadas. Isto significa que uma boa ideia pode valer milhões quando investidores veem uma oportunidade de aumentar capital comprando ações dessas empresas. Logicamente, o potencial de apostar em uma boa ideia é justamente comprar ações dessas empresas ainda pequenas e ver o valor investido crescer exponencialmente acompanhando o sucesso que os produtos, ou serviços que as empresas obtém no mercado consumidor. Trata-se de um investimento de alto risco, pois não há como ser clarividente e prever que aquela firma de fundo de quintal um dia se tornará uma grande empresa. No entanto, foi para privilegiar empresas desse porte que o mercado estadunidense criou a Nasdaq, uma bolsa de valores destinada a pequenas e médias empresas abrirem capital de uma maneira simples, rápida e mais barata se comparada à famosa NYSE (bolsa de valores de Nova Iorque). A diferença básica entre uma e outra é que a Nasdaq reúne empresas da nova economia, enquanto que a NYSE da velha economia.

O Brasil possui um mercado de capitais pouco desenvolvido e para isto basta comparar a quantidade de empresas listadas no Ibovespa (bolsa de valores de São Paulo) que é de aproximadamente 390, enquanto que na NYSE está por volta de 2.800 empresas, sendo importante ressaltar que não estão aqui  consideradas as empresas listadas na Nasdaq que é de aproximadamente 3.100. Essa diferença apenas reforça a ideia que uma pequena e média empresa no Brasil não teria como atrair investidores e assim conseguir levantar o capital necessário para o crescimento de suas operações sem depender de subsídios ou linhas de crédito governamental. Ao lançar ações no mercado uma empresa capitaliza-se e o risco do negócio, assim como os lucros, é dividido entre todos os interessados. Assim, estritamente analisando como a JBS financiou sua expansão, iniciada por Zé Mineiro, patriarca da família Batista a partir de um pequeno açougue em Anápolis em 1953 até transformar-se na maior empresa do mundo em processamento de proteína animal, verifica-se que até o final da década de 90 a JBS (ainda chamada Friboi) cresceu com capital próprio a partir de uma estratégia de diversificação de suas atividades, aquisições de frigoríficos e com a exportação de carnes. Em 2007 com um faturamento de R$ 4 bilhões e já sob as bênçãos do governo Lula, a JBS abre capital e quem compra as ações é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES para que a JBS possa partir para os seus planos de internacionalização por meio da compra de vários frigoríficos ao redor do mundo. Porém, por meio da operação Bullish, que foi às ruas em 12 de maio, a Polícia Federal (PF) investiga os aportes de R$ 8,1 bilhões concedidos pelo BNDES que teriam gerado prejuízos de R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos. É verdade que havia suspeitas, a partir do escândalo de corrupção da Lava Jato, da existência de uma caixa preta no BNDES (mais semelhante a uma caixa de pandora) que quando fosse aberta traria desgraça e dor para corruptos encastelados no poder, ou que dele participaram. Não somente para a JBS, mas o BNDES irrigou de recursos públicos as empresas de Eike Batista e também construtoras envolvidas na Lava Jato para obras fora do Brasil, entre elas o porto de Mariel em Cuba financiada a fundo perdido, ou seja, sem a contrapartida de pagamento pelo governo cubano. Está investigando-se ainda a ponta do iceberg, pois dessa caixa ainda deve sair muita bandalheira.

Uma frase que já foi repetida à exaustão é que está claro que não foi o PT que inventou a corrupção, mas se pode dizer que nunca na história desse país o cinismo parece uma virtude estampada na cara dessa gente e basta ouvir o discurso dos denunciados jurando inocência e que irá prová-la na justiça, com desculpas esdrúxulas de atos que de alguma forma foram construídos com o contado direto com os governos Lula e Dilma. A JBS, as empresas de Eike Batista, OAS, Odebrecht e tantas outras que caíram corrompendo, ou foram corrompidas de forma sistematizada e indiscriminada durante os treze anos de governo petista. Pode-se perguntar: mas quem se ofereceu primeiro? Será que isso realmente é relevante, ou será apenas uma forma dos corruptos, ao melhor estilo do cinismo do jardim do Éden, nada assumirem e colocarem a culpa de seus pecados no outrem.

Suspeitava-se que os irmãos Joesley e Wesley não fossem esses gênios dos negócios, mas até pouco tempo eram festejados como empreendedores de sucesso, com direito a possuírem apartamento na 5ª Avenida em Nova Iorque, cujo metro quadrado gira em torno de USD 28 mil, ou seja, um apartamento de 100 metros quadrados não sai por menos de R$ 9 milhões. Eike Batista também passeou nessa seara e chegou a ser considerado o homem mais rico do Brasil e viu sua fortuna evaporar na mesma velocidade que foi construída, também por meio de ações vendidas na bolsa de valores. Por ironia Eike, Joesley e Wesley possuem o mesmo sobrenome: Batista, mas não pertencem a mesma família, ou carregando na ironia pertencem sim a uma “famiglia” ao melhor estilo dos mafiosos sicilianos cujo “capo di tutti capi” considera-se o homem mais honesto do Brasil e ainda mais honesto que o papa.

Espera-se que o processo de limpeza na política promovida pelo judiciário não tenha retorno, pois o custo Brasil que tanto onera empresas e o cidadão comum passa pelo imenso pedágio da corrupção.

João Lago.

domingo, 7 de maio de 2017

O pai de todas as mentiras.



Uma frase bem batida quando se fala de mentirosos é aquela que diz: “uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”. Atribui-se a Joseph Goebbels, ministro de propaganda de Adolf Hitler, que durante o nazismo construía a imagem de um mito que a história demonstrou ser um tirano com necessidades imperiais de poder. Nos estados totalitários, nos quais a democracia é considerada uma perversão social, existe a necessidade imediata de construir mitos, elevando ao estado de semideus o líder carismático, pois a partir dele alicerça-se a convicção que todos os demais contrários as suas ideias são os inimigos do povo.

Lula da Silva é sem dúvida um líder carismático para aqueles que o seguem e devido ao seu destaque na cena política e criminal contemporânea tem os holofotes e microfones voltados para si. Embora eu acredite que muitas das atuais declarações de Lula são motivadas para manter vivo o mito de pés de barro que a lava jato ameaça derrubar e levar para o esgoto da história. Lula apoia-se no fato de que não há como ter certeza plena que ele foi o comandante do esquema criminoso de corrupção na Petrobras, assim como também não há a convicção absoluta que não tenha sido. Assim, apesar de avolumarem-se os indícios de sua participação como patrocinador e beneficiário do esquema bilionário de corrupção, a estratégia é negar sempre e desacreditar aqueles que o acusam atribuindo-lhes o desespero de condenados em busca de um acordo com a justiça que faça diminuir-lhes os anos de prisão.

É bem verdade que os acordos de colaboração com a justiça devem vir acompanhados de provas que sustentem uma acusação e devem ser homologadas pela justiça. Assim, não basta somente a denúncia vazia. Portanto, quando se tem notícia que uma colaboração tenha sido homologada tem-se a presunção que provas foram apresentadas e aceitas como pertinentes para levar a condenação do ilícito, mas dando ao acusado todo o direito ao contraditório, ou na linguagem fora do jurudiquês: que possa apresentar sua versão para os fatos e defender-se. Entretanto, mesmo quando homologadas pela justiça e o acusado vem a público desacreditar o acordo firmado, não somente desmerece o seu acusador, mas também os promotores e o juiz que o ratificou. Cria-se uma teoria da conspiração na qual os aparelhos democráticos (incluindo a imprensa livre) estão mancomunados em uma perfídia política que visa suprimir o salvador da pátria. O mais obsceno é a versão, encampada por todos os que os seguem cegamente, que existe somente uma solução viável para o Brasil: Eles. É justamente neste aspecto que o maior mal que o Lula e o PT fizeram ao Brasil foi destruírem a esperança e a credibilidade que a esquerda possuía como porta-voz dos avanços sociais, principalmente quando veio à tona a lava jato e os partidos ditos de esquerda continuaram alinhados com o PT e afundaram sua credibilidade junto com o lulismo.

Neste vácuo de credibilidade é que uma greve geral nasceu fracassada, pois muitos daqueles que poderiam ir às ruas para criticar as reformas trabalhistas e previdenciárias preferiam não se imiscuírem com as bandeiras vermelhas para gritarem “volta Lula”, porque existe um medo latente da impunidade para o líder maior da bandalheira e que sua volta ao poder signifique um retrocesso na democracia, porque está claro para os lulistas que a solução para sua manutenção no poder passa pela supressão da imprensa e por meio do aparelhamento do judiciário, tal como hoje ocorre na Venezuela. No entanto, a lava jato continua e escancara a corrupção no congresso nacional e em governadores que tiveram intimidade com o poder e deixa claro que a renovação é necessária para que seja fundada uma nova república. O povo brasileiro não merece mais ser governado e representado por todos esses que estão no olho do furacão.

Independentemente dos acontecimentos presentes na crônica policial, faz-se necessário que aqueles que foram as ruas pedir fora Dilma e cadeia para o Lula, possam inteirar-se e refletir acerca das mudanças propostas nas aposentadorias e nas relações de trabalho que afetam o agora e o futuro de todos os trabalhadores. Essa estória que a mudança será para melhor deve merecer nossa desconfiança, pois assim como houve a imposição da CPMF para solução do custeio da saúde no Brasil e no final nada mudou, assim podemos ter uma repetição de uma política inócua, mas bem mais perniciosa na medida em que seus efeitos perpetuar-se-ão por décadas a fio.

Infelizmente a decisão sobre importantes matérias que afetam os trabalhadores hoje está na mão de um congresso nacional corrompido, desacreditado e sem uma agremiação política que os represente. Uma esquerda vazia, desacreditada e corrompida, essa é a verdadeira herança maldita deixada por Lula, Dilma e o PT.

João Lago.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Meu querido amigo, até breve!



Hoje o meu amigo Lucas se foi.
Uma vida breve, mas com a intensidade de uma história gravada para sempre em nossos corações.
Não se esquece um amigo especial que tanto nos fez crer que vale a pena viver, mesmo com todas as limitações que as condições adversas de uma existência possam exigir.
Saber olhar para frente e desejar seguir, não importando o quanto se vai caminhar, mas observando cada detalhe da caminhada e apropriando-se do melhor que viagem possa proporcionar. Viver com felicidade. Assim, Lucas deixou para nós sua alegria de viver demonstrada em um sorriso aberto, franco e incomparável.
Até breve meu amigo, pois na minha fé acredito que um dia possamos nos encontrar em plano divino em que todos os sofrimentos deste mundo não mais nos alcançarão.
Deus te abençoe e que Cristo, em seu infinito amor, receba-te de braços abertos.
João Lago.