Absolvo todas as mães!
A elas dou o meu
irrestrito perdão
Mas não faço isto por
ofício diletante de filho
Que age em causa
própria pela mãe que tenho
Tão pouco de todas
suas falhas me abstenho
Mãe quando erra, se o
faz em prol de um filho
Qual seria a pena que a
ela atribuiria?
Não agiria certo com
atitudes tortas?
O que enfim realmente
importa?
O amor de mãe nasce
abnegado
O amor de mãe é puro
instinto
Um animal acuado em um
labirinto
Decidido a encontrar
uma saída
O amor de mãe não é
racional
Nem segue as convenções
sociais
Age em êxtase
irascível
Acertando no que seja
possível
Não há o que dizer do
amor de mãe
Rio-me de seus extremos
Do mesmo jeito que
riste para mim
[quando criança] de
minhas bobagens
Por que haveria então
de condenar-te?
Por isso te perdoo
Por isso absolvo todas
as mães.
João Lago
Maio/2013
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