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sábado, 25 de maio de 2013

GOL e os assentos fantasmas

Em abril do ano passado, aqui mesmo eu publiquei uma resenha sobre sobre o desconforto que é viajar nas companhias aéreas, em especial a GOL. No entanto, depois da "inovação" de venda de lanches nas aeronaves, eu havia pensado que nada mais me surpreenderia. Ledo engano.

Vim passar com minha família essa semana que tem o feriado de Corpus Christi em Salvador. Ao todo somos seis viajantes: Eu, minha esposa, nossos três filhos e a namorada de meu primogênito. Bem, viajar em grupo já é uma dificuldade, principalmente no que se refere a marcação de assentos no avião, no que possa acomodar todos juntos, ou próximos, considerando que dois são menores de idade e um não prescinde da companhia da namorada.

Embarcamos em Manaus, mas os assentos marcados eram na fileira que tem as portas de emergência que ficam no meio da aeronave. Por causa disto, pelo regulamento, os dois menores não poderiam ser acomodados naqueles lugares, resultando que no percurso de Manaus à Brasília o jovem casal de namorados foram separados (tristeza!).

Quando chegamos em Brasília, pelo cartão de embarque emitido em Manaus, deveríamos embarcar pelo portão 5, mas como há muito tempo deixei de confiar neste tipo de marcação, ao desembarcar no aeroporto de Brasília, logo busquei auxílio nos painéis de informação portuária e o nosso voo estava confirmado no portão F, que fica no piso inferior e que não tem acesso pelas pontes de embarque (aquelas que ligam o saguão do aeroporto diretamente à porta da aeronave). Até aqui perdoa-se a GOL, pois não é problema somente das companhias aéreas a remarcação do local de embarque, haja vista que também se trata da disposição logística da Infraero. Essas minhas experiências já faço questão de passar aos meus filhos menores, de como se portar em aeroportos, para que eventualmente sozinhos não sejam surpreendidos com essa bagunça que são nossos terminais aeroportuários.

Chegamos ao portão F, cujo saguão estava superlotado, passando por obras e com fila no banheiro feminino. Nos posicionamos para aguardar a chamada do voo, mas, minha filha, que estava muito atenta, me chama atenção para uma mensagem que passava como legenda indicando que o embarque havia sido novamente remanejado, agora para o portão 4. Isto tudo acontecendo em silêncio, pois nenhum aviso sonoro foi dado pela GOL, isto tudo com menos de dez minutos para a chamada de embarque. Parece até que fazem de propósito, ou seja, deixam somente para avisar na última hora para se divertirem com a correria e os acotovelamentos nas escadas. Um desrespeito com quem viaja com crianças, ou mesmo com os idosos e portadores de necessidades especiais. Ninguém é obrigado a ficar olhando subtítulos que passam em uma tela de televisão.
Fila no banheiro feminino

Obras no local

Enfim embarcamos para o último trecho da viagem, com os nossos seis assentos marcado na fileira 13 (treze), porém, para nossa surpresa, simplesmente a fileira não existia. No corredor a indicação numérica pulava do 12 para o 14 (veja a foto abaixo).

Onde foi parar a fileira 13?

Cartão de embarque marcado na fileira 13
Ficamos em pé aguardando se aproximar o comissário, que disse que para aquele equipamento, um Boieng 737-800, isto era muito comum e que esse tipo de inconveniente acontecia sempre. Logicamente, eu sugeri que bastaria alterar o painel de reserva conforme a configuração daquele avião e tudo estaria resolvido, mesmo que algum supersticioso tenha resolvido não colocar uma fileira 13 na aeronave. A resposta do comissário foi desalentadora. Disse-me que já havia proposto isto também, mas que não adiantava mais reclamar e que ficaria calado, pois se falasse mais poderia ser prejudicado porque é funcionário.

Não consigo compreender como a ANAC segue à margem de todos esses acontecimentos, não tomando nenhuma providência efetiva que possa melhorar a prestação dos serviços aéreos.

Nesses momentos, quando tenho que embarcar na GOL e relembro de como eram bons os serviços de bordo de empresas aéreas no passado, digo aquele velho bordão: Eu era feliz e não sabia.

João Lago
Professor, administrador e morador do Conjunto Santos Dumont.

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