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domingo, 5 de maio de 2013

Cotas para quê? Para quem?




Minha filha que é estudant(A) e meu filho estudant(O) do ensino privado, pela lógica desinteligente de Dilma do PT, não devem competir em condições de igualdade com os egressos da escola pública. Ora, meus filhos foram para a escola particular não porque eu os queria segregados em castas de "ricos", ou afastá-los "de pobres". Muito pelo contrário, pois na minha maneira de ser, os mantenho em contato com o desigual para que aprendam que vale a pena lutar por um mundo mais justo. Assim, como princípio básico de vida celebro com eles o valor do amor a Deus e ao próximo, do amor a família, da luta pela justiça, da valorização do trabalho e, principalmente, do estudo árduo para que o conjunto dessas coisas possam lhes fazer cidadãos plenos para a sociedade e para Deus.

Já escrevi isto diretamente para você, que acredito que a maior chaga brasileira é a corrupção, que é a responsável pela escola pública que não ensina, da saúde pública que não cura, da polícia que não detém a violência, da justiça que favorece a impunidade. Portanto, se a escola pública é ruim, e se dentro dela temos o tráfico de drogas, a violência e insegurança entre alunos e professores, e certos juízes e promotores se preocupam de tirar dela a presença de DEUS, alegando que o Estado deve ser laico, porque então sinceramente vou colocar meus filhos em um lugar que tenha este perfil? Um lugar com estas características poderia me dar segurança e tranquilidade para que eu possa trabalhar para pagar os impostos que pago?

Se a escola pública é ruim, tudo poderia começar a melhorar se os recursos que deveriam abastecê-la chegassem ao destino, e é aí que entra a corrupção que o governo do PT tenta fazer crer que combate. Nossa memória política é curta, mas Dilma antes de ser eleita president(A), quando ministra chef(A) da Casa Civil de Lula, tinha como sua secretária de confiança Eurenice Guerra, que teve o seu nome envolvido como suposta responsável pela elaboração de um dossiê que vinha sendo utilizado para intimidar o PSDB, justamente para impedir a criação de uma CPI que investigasse os gastos dos cartões corporativos do governo Lula. Recordando este caso, os cartões corporativos foram usados para pagar despesas pessoais em vários escalões do governo, de forma indiscriminada e sem controle. Quando a oposição propôs em criar uma CPI para investigar esses gastos, veio a tona esse dossiê sobre os gastos pessoais de FHC que teria como maternidade a Casa Civil da ministra Dilma. Se tudo isto foi verdade não saberemos, pois é fato que a CPI não deu em nada, e é certo que não se pode confiar que Dilma seja um poço de probidade, pois fica a dúvida se sabia que Eurenice Guerra, que acabou sendo demitida, estava agindo isoladamente. Até bailarinas foram pagas por um servidor da Casa Civil com cartão corporativo, sem que Dilma soubesse. Nada sabia?

No mês que passou eu fiz a minha declaração do imposto de renda e vou ter que pagar mais imposto (além daquele que me foi descontado na fonte). Fico revoltado em saber que todo esse dinheiro que pagamos em impostos é usado para isto, para sustentar sim essa casta que se forma em governos sucessivos e ir para os bolsos de corruptos. Agora, para manter-se no poder, ao invés de realmente combater a corrupção e fazer o dinheiro chegar para a educação, saúde e segurança, é mais fácil distribuir vagas na universidade pública, deixando a educação capenga, ganhando votos e empurrando a deficiência do ensino para a universidade federal. Sou professor universitário e recebo em cada semestre alunos com essas deficiências causadas pelo ensino público. De nossa parte tentamos fazê-los superar essas deficiências. No que compete a Instituição de Ensino Superior (IES) privado, assegurar também aulas de nivelamento, mas faz isto porque no final os alunos serão avaliados pelo ENADE - Exame Nacional de Avaliação  Desempenho do Estudante, no qual um péssimo resultado traduz-se na própria extinção do curso, inviabilizando a continuidade da IES. Isto acontece porque o vestibular da IES privada não tem a competição e a procura de uma IES pública, portanto não tem o condão de fazer uma seleção de melhores. Melhor dizendo, se fossem tão rigorosas na seleção não haveriam de formar turmas para iniciar o semestre. A IES pública tem sua sobrevivência garantida por mesada do governo, ao passo que a IES privada pela quantidade de alunos que consegue matricular em cada ano.

A universidade pública deve estar fora das políticas assistencialistas do governo, no que se refere a distribuição de vagas. Não posso considerar que os meus filhos sejam classificados como cidadãos de segunda classe porque os quis amparados em uma escola na qual os professores não faltem, que tenham diretores, coordenadores que recebam os pais e que sintam o peso de nossa preocupação com a qualidade do ensino. Escolhemos escolas que possam transmitir valores que sejam preciosos para nós, tanto que fiz a opção em colocá-los em uma escola confessional, para que os valores cristãos transmitidos em casa possam ecoar também na formação acadêmica. Se não for assim, como poderei me sentir tranquilo em colocar meu filho em uma escola que não permite um simples crucifixo na parede, porque o Estado é laico. Quais serão os valores que essa escola vai pregoar se não tem o apoio de valores cristãos? Será que caminhamos para formar uma "juventude" lulista, dilmista, no melhor estilo da "juventude ariana", que olhará para as minhas crianças como se fossem de uma raça inferior? Não será a política de cotas tão racista, quanto o racismo que diz que deve combater?

Combatam a corrupção e devolvam para a educação os investimentos necessários para fazer deste país um lugar melhor para todos os brasileiros.

João Lago.
Administrador, professor e morador do Conjunto Santos Dumont.

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