Pois é, depois de semanas com as pétalas de luz e as luminárias acessas diuturnamente, agora quem desejar caminhar no final da tarde, início da noite, na praça de caminhada do Conjunto Santos Dumont tem que trazer sua lanterna, candeeiro, vela ou qualquer assemelhado.
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Praça de caminhada às escuras |
Engraçado que as providências que deveriam ser tomadas para solução urgente amargam dias e dias e o que vemos é o completo abandono das áreas públicas de nosso conjunto. No entanto, não realize nenhum evento que celebre a paz, pois OUVIDOS VIGILANTES e diligentemente ligam para a SEMMAS e a fiscalização vem a toque de caixa. Parece que os OUVIDOS SENSÍVEIS devem ser CEGOS, ou enxergam somente o que é conveniente. Vou aproveitar e contar uma experiência de vida que muito me ensinou em meus vinte e poucos anos.
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Luminárias acessas diuturnamente. |
Em 1992 fui transferido de Manaus para Brasília e embarquei toda minha pouca mobília em um caminhão de mudanças. Eram tão poucos os móveis que no caminhão coube também o carro que tinha na época, um Gol geração três. Depois de mais de dez dias de viagem, a mudança finalmente chegou para ser desembarcada na Asa Sul, Quadra 205. Quem conhece as superquadras do Plano Piloto da capital federal sabe o cuidado que se tem com as áreas verdes, não somente pelo governo do DF, mas pelos moradores do blocos habitacionais.
Pois bem, na frente do bloco que iria morar tinha uma elevação com um gramado, então nada de mais usar essa elevação para desembarcar o carro, mesmo que a grama possa sofrer um ou outro desgaste. Quando o motorista e os ajudantes iniciaram a colocar a rampa para descer o carro, eis que vem ao nosso encontro uma senhora muito nervosa pedindo para abortamos a operação. Como é que não estávamos percebendo que o gramado iria ficar danificado, perguntava com veemência. Explique-se que aquela senhora era a síndica do bloco e estava cumprindo o seu papel e assim, pedimos desculpas e tivemos que buscar outro local para descer o carro.
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Entulho sobre a calçada da área verde |
Recuso-me a acreditar que em nosso conjunto residam pessoas de baixa cultura, ou que não tenham discernimento do que é certo, ou errado. Por exemplo, quando despejam lixo ou entulhos de construção na área verde, ou colocam carros sobre o gramado e calçada, sabem que fazem o mal feito, mas falta uma senhorinha diligente para fazer prevalecer o bom senso. Não precisa denunciar o vizinho a SEMMAS, como alguns fazem na surdina, basta conversar. É justamente isto que falta em nosso conjunto.
Na verdade estamos sem rumo e cada dia que passa um pouco mais nosso espaço é destruído e degradado.
Até quando?
João Lago
Administrador, professor e morador do Conjunto Santos Dumont.
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