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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Carta a Arthur Virgílio Neto


Caro Arthur Virgílio Neto

Primeiramente gostaríamos de parabenizá-lo por tua decisão de enfrentar o grupo político de Eduardo Braga, sendo tua vitória o entendimento do manauara em escolher, dentre todos aqueles que se identificam como oposição, o mais capaz para conduzir uma forma de governar diferente para a nossa cidade. Desejamos uma administração que seja transparente em seus gastos públicos, em suas licitações, em suas obras, todas voltadas ao interesse público e não para favorecer interesses de grupos financeiros, ou mesmo dirigida ao populismo do voto fácil.

Aguardamos que as primeiras declarações de teu governo sejam dirigidas a reafirmação de valores como: Honestidade, honradez, equidade, impessoalidade e, principalmente, intolerância a qualquer tipo de desvio a esses princípios fundamentais. Além disto tudo, o manauara possui majoritariamente uma ideologia cristã, que por si só traz consigo outros valores fundamentais como solidariedade, fraternidade e a defesa da vida em toda a sua complexidade. Não só por isso, ou por causa disto, que o amor a Deus e a rejeição ao aborto tenham sido utilizados como critério de peso na escolha de um político que se identifique com a fé manauara. Muitas vezes, o político eleito esquece de todos esses princípios e se deixa seduzir pelas vozes que aliciam e pregam justamento o contrário.

Recentemente o prefeito Amazonino Mendes deu declaração que Manaus é uma cidade difícil de governar, porque são muitos os desejos de grupos que conflitam com o interesse público, sendo estes que tornam Manaus ingovernável. Realmente Amazonino tem razão dentro de sua ótica de governar, porque muitos dos desmandos e das tragédias urbanas que vemos em nossa cidade são justamente derivadas da leniência do poder público à pressão de determinados grupos nesses trinta anos de governos desastrosos. Neste aspecto ele tem muita experiência nisto, além de outras defecções que o fizeram um homem rico.

Agora, como organizar o transporte público, se os donos (ou o dono) dos ônibus têm interesses contrários e trabalham contra qualquer tentativa de melhoria?

Como organizar o trânsito, se mesmo o manauara médio que diz desejar mudanças não abdica de sair de casa sem o carro? Estaria esse manauara disposto a migrar para o transporte público de massa?

Como organizar o centro da cidade, se os “informais”, que não pagam impostos e vendem produtos piratas ou contrabandeados, acham-se no direito a continuar na ilegalidade, concorrendo de maneira desleal com aqueles que montam o seu negócio de formar regular e dentro da lei?

Como cuidar da saúde em uma cidade que não há coleta de esgoto, quando sabemos que uma das maiores causas de mortalidade infantil é a diarreia pelas péssimas condições sanitárias de comunidades periféricas?

Como agir com vereadores viciados pelos governos anteriores, afeitos a jogar para a plateia, mesmo que seja em detrimento do interesse público, como por exemplo: aprovar serviço de mototáxi colocando risco a vida de pessoas que buscam solução de locomoção em um trânsito caótico e com péssima alternativa no transporte público, sendo o que mais vemos todos os dias nas ruas são motos e gente estatelada no chão?

Como prover educação de qualidade na periferia, quando a carreira de professor não é valorizada, nem respeitada como essencial no fator mudança da sociedade, com tantas escolas sem infraestrutura adequada, ou com falta da merenda escolar, ou mesmo de materiais para a condução de uma trabalho de docência de qualidade?

São muitas as perguntas que merecem uma resposta, mas neste pleito não foram discutidas em profundidade propostas que possam dar solução a todas essas inquietações, que são urgentes e legítimas do povo manauara. Portanto, não esperamos um prefeito que não venha a agradar a todos, tão pouco um que seja campeão de popularidade, principalmente quando iniciar chocando-se com interesses particulares. Todavia, paradoxalmente o apoio popular virá quando for entregue uma parte do que foi prometido em campanha: Um transporte descente e de qualidade, as creches para nossos filhos, a água nas torneiras de quem não tem e um centro limpo, organizado, não só para o turista, mas para os manauaras. Os demais compromissos assumidos queremos que sejam cumpridos, também como forma de resgatar a credibilidade das promessas de campanha, para que não pareça que novamente fomos enganados em mais um estelionato eleitoral, no qual o atual prefeito poderia ser considerado filho de Gepeto, com um enorme nariz e cara de pau.

Por último prefeito, não elegemos o político do PSDB paulista, alinhado com o pensamento hegemônico do sudeste, mas elegemos um político manauara que esteja atento aos interesses desta terra, que lhe presentou com 603.483 votos de confiança.

Desejamos-lhe Arthur Neto todo sucesso como prefeito de nossa cidade, ao mesmo tempo que nós manauaras ficaremos atentos para cobrar que esses próximos quatro anos sejam o início de uma verdadeira mudança, na forma tratar a coisa pública, na maneira de pensar o bem comum.

João Lago
Administrador e professor.

domingo, 21 de outubro de 2012

As vésperas da correção de um grande erro


Estamos a sete dias de corrigir um grande equívoco, que foi deixar momentaneamente Manaus, ou melhor dizendo o Amazonas, sem uma forte oposição ao grupo liderado pelo senador Eduardo Braga.

Tenho amigos paulistas, dentre eles meus queridos Luiz Gibello e Elias Mangerona (que receberão esta reflexão), que acompanharam-me e foram testemunhas de debates políticos acalorados, nos quais sempre posicionei-me contrário a política elitista do PSDB paulista, a qual não desejava vê-la novamente como hegemônica no plano nacional, pois bastaram para mim os anos de FHC. Não mudei muito minha opinião sobre Fernando Cardoso, José Serra, Geraldo Alckmin, principalmente quando ouvia declarações de gente que a eles seguiam em demonstração de ódio ao imigrante nordestino, ao pobre iletrado como se esses fossem causadores de todas as mazelas brasileiras, quando na verdade esses sempre foram vítimas de maus políticos. Certamente odiar pobre e nordestino não é o posicionamento político-ideológico do PSDB paulista, mas alguma coisa estava errada quando eles conseguiam inspirar gente que pensava desta maneira, como Jorge Bornhausen do PFL (hoje DEM) quando declarou: "Vamos nos livrar dessa raça por uns 30 anos" (leia mais sobre Bornhausen e seus laços com o PSDB em: http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=433 ). Assim, durante os sete anos que morei em São Paulo, politicamente eu era uma voz dissonante entre vários que apoiavam os políticos do PSDB paulista.

Quando morei em Minas Gerais, o PSDB mineiro de Aécio Neves não conseguia grande espaço nacional, mesmo porque o lugar majoritário parece ser destinado aos paulistas, mais precisamente entre Serra e Alckmin, que fazem um revezamento quando o assunto é eleições presidenciais. Lembro-me que dizia que a única chance de Aécio Neves concorrer a presidência da república seria ele cambiar para o PMDB do avô Tancredo Neves, pois enquanto permanecer atrelado ao PSDB será visto pelos paulistas como um mero político regional. A propósito disto, no jornal A Crítica de Manaus traz a notícia que Aécio Neves virá à Manaus para o comício de Arthur Neto do dia 24 deste mês, no qual emprestará o apoio ao ex-colega senador e, principalmente, declarando que: “Você terá aqui nos seus companheiros do Senado da República, parceiros de todas as horas que compreendem a importância da Zona Franca de Manaus como um dos mais importantes instrumentos de desenvolvimento econômico deste país”. Seria impensável esta frase ser proferida da boca de Serra e Alckmin, pelo fato do tanto que a Zona Franca de Manaus incomoda o empresariado paulista, grande financiador do PSDB.

Visão parcial da ponte sobre o Rio Negro em seu vão central 
Voltando para o meu quintal, no qual finquei meus pés ao retornar para Amazonas em 2007, tive a infelicidade de presenciar no meu estado o crescimento de uma política ao estilo do Malufismo paulista, do “rouba, mas faz”. Hoje mesmo, a notícia estampada nos jornais é que a Polícia Federal visitou novamente condomínios de luxo na Ponta Negra (bairro nobre de Manaus), fazendo busca e apreensão de documentos que supostamente podem comprovar o pagamento de mais de R$ 10 milhões em contratos publicitários fraudulentos em nome de “laranjas” no governo de Eduardo Braga. Uma das casas visitadas pela Polícia Federal foi a de Hiel Levy, que foi secretário de comunicação na gestão de Braga, hoje senador e autor de grandes obras, como a ponte sobre o Rio Negro, que foi orçada inicialmente em R$ 574,8 milhões, mas que ao final da obra custou R$1,091 bilhão. Erro de previsão igual a este somente aquele das pesquisas que diziam que Vanessa Grazziotin estava tecnicamente empatada com Arthur Neto no primeiro turno. É tão absurdo este valor pago na ponte que uma outra de 42 km construída sobre o mar da China, na mesma época custou US$ 35 mil por quilômetro construído, enquanto que a ponte Baré foi paga em US$ 154 mil o quilômetro (*), em pouco mais de 3 km de extensão. Será que o “custo Brasil” é capaz de encarecer tanto assim uma obra? Em todo caso existiu uma clara afrontação a Lei 8.666/93, na qual obras não podem ter uma variação de valor acima de 25% do orçado, que é plausível.

Vanessa Grazziotin, que venceu Arthur Neto para o senado com apertada margem votos, sendo notório que a diferença que a fez vencedora foram os votos do interior do Amazonas, no qual ainda se encontra a figura do “coronel de barranco”, dono político da consciência de um povo desinformado e subserviente. O cacique mor desta vitória de Vanessa para o senado foi Eduardo Braga, que contou com a ajuda de Lula que deseja metaforicamente “varrer” Arthur Neto da política, da mesma forma que Bornhausen disse querer varrer o PT e os “incultos pobres e nordestinos que o apoiam” do cenário político-nacional. As duas formas de fazer política são abomináveis!

A beleza da democracia está na possibilidade da existência de uma oposição e os povos democraticamente evoluídos, que tem consciência deste mecanismo, o sabem utilizar muito bem. Ainda não chegamos neste estágio, pois sequer conseguimos evitar os fichas-sujas, quanto mais usar a democracia a nosso favor. Ou seja, precisamos novamente de equilíbrio das forças políticas no Amazonas, para demonstrar que não somos um grande curral de Eduardo Braga e que estamos acompanhando as visitas VIPs da Polícia Federal e atentos a todas as notícias de jornais, que certamente ainda irão surgir para demonstrar o quanto o poder pode corromper quando entregue em mãos erradas.

Resumindo, Manaus não é Coari(**).

João Lago
Administrador e professor

Notas: 
(*) pela cotação do dólar no dia da inauguração: 24.10.2011

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Moradores do Conjunto Santos Dumont vão bater na porta do Ministério Público Estadual pedir recomposição de área verde degradada

Na quarta-feira da semana passada (dia 10/10), moradores do Conjunto Santos Dumont protocolaram junto ao Ministério Público Estadual um pedido de embargo da obra que resultou na derrubada de árvores e a abertura de uma imensa cratera que ameaça (a continuar as chuvas de verão) desbarrancar o meio-fio da Alameda Santos Dumont, colocando em risco o passeio público.

Quem assina como representante dos moradores é o Sr. Djalma Monteiro Carvalho, morador da Rua Comandante Waldir Bastos, no qual faz a denúncia que supostamente o responsável pela obra seria o Sr. Dennis Taumaturgo, que se diz membro de uma associação de moradores que parece existir somente na internet, haja vista que até o mês de Julho/2012 não havia no Cartório de Registro de Títulos e Documentos - RTD, o registro de quem seja a atual diretoria dessa associação que parece existir somente no mundo virtual. Não sabemos se aquele que concorreu para presidente efetivamente é o que representa esse grupo, ou se mesmo abdicou em função de outro, haja vista que durante quase dois anos nenhuma reunião ordinária foi convocada para dar voz aos moradores do Conjunto Santos Dumont para que se debatesse assuntos de interesse da comunidade, como por exemplo, os motivos e interesses para se abrir uma vala em área verde, derrubando árvores, ou a regularização fiscal e estatutária da Associação dos Moradores do Conjunto Santos Dumont, que na verdade ainda no Cartório RTD leva o nome de Parque das Seringueiras.

É preciso que se diga que o próprio estatuto da Associação dos Moradores do Parque das Seringueiras (ou seria Santos Dumont?) ainda é datado de 23 de Junho de 1980, não havendo sido atualizado até Julho/2012, inclusive por força de Lei, considerando que a promulgação do Novo Código Civil de 2002 deu prazo até 2007 para que todos os estatutos de associações fossem atualizados dentro do novo marco legal.

A atual situação de irregularidade da Associação dos Moradores do Conjunto Parque das Seringueiras parece ser conveniente para quem não deseja assumir responsabilidades, haja vista que se hoje formos procurar pelo representante legal desta associação virtual, parece que não o encontraremos em nenhum documento no mundo físico e real.

Desta forma, buscar reparação de danos causados ao patrimônio público de interesse dos moradores do Conjunto Santos Dumont, via Ministério Público Estadual, foi a via encontrada para defender os interesses comunitários. Além disto, foi aberta um abaixo assinado na internet contra o buraco aberto e a derrubada das árvores, que pode ser assinado virtualmente por qualquer interessado na recuperação dessa área degradada. Não obstante, tudo o que for feito no mundo virtual será devidamente encaminhado aos órgão competentes em nosso mundo real.

Link do abaixo assinado na internet.
http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N30562

Abaixo cópia da carta citada e entregue ao Ministério Público em 10 de Outubro.




domingo, 14 de outubro de 2012

Homenagem a Maria de Nazaré

Dom Luiz

A semana foi marcada pelo Dia da Criança e pela festa de Nossa Senhora de Aparecida, que ocorreram no dia 12 de outubro, sexta-feira. A cidade de Aparecida recebeu em sua Basílica mais de trezentos mil peregrinos que demonstraram seu amor à Padroeira do Brasil. Aqui em Manaus, a festa em honra da Mãe de Jesus e nossa, pôs na ruas do Bairro da Aparecida impressionante número de devotos. Hoje, segundo domingo de outubro, Belém atrai maus de um milhão de fiéis em um demonstração de religiosidade em honra de Nossa Senhora de Nazaré.

Em nossa cidade, ontem à noite e hoje pela manhã, amazonenses, paraenses e gente oriunda de outras partes do Brasil demonstram o mesmo amor pela Padroeira da Amazônia. Por que tanta festa?
Cortejo realizado ontem à noite (13/12) na Praça 14

Cortejo realizado ontem à noite (13/12) na Praça 14

A devoção a Maria, mãe de Jesus, encanta porque chama a atenção para a belíssima presença de seu filho. Por ser Deus e homem, isto é, Deus feito homem para libertar-nos do mal e salvar-nos, Jesus se apresenta como um mistério de fé. Ele é totalmente Deus e totalmente homem. Aí está a causa de não o podermos compreender.

Na história da igreja sempre houve pessoas ou grupos que insistiram no lado divino do Senhor, enquanto outros o faziam em seu lado humano. Apareceram discussões curiosas, quais cito algumas.

  • Quem morreu na cruz não teria sido um sósia de Jesus?

  • Jesus fazia suas necessidades fisiológicas como nós, ou teria um fogo nos intestinos que queimaria os restos de alimentos?

  • Ele seria um homem perfeitíssimo e, por isso mesmo, chamado filho de Deus, ou seria Deus mesmo?

Foram brigas enormes que envolveram política e perseguições, João (1 Jo 4, 2-3) alerta contra os que reduzem a humanidade de Jesus a mera aparência: “Nisto reconheceis o espírito de Deus: todo o espírito que confessa que Jesus veio na carne é de Deus; todo o espírito que não confessa Jesus não é de Deus; é este o espírito do anticristo”. Se Jesus é o filho de Deus, é também filho de Maria, a jovem de Nazaré que teve a coragem de aceitar a missão a ela proposta pelo anjo Gabriel.

Tem razão o povo de amá-la e proclamá-la a mais abençoada entre todas as mulheres da terra!

Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Santa do pau-oco


Em uma sabatina promovida pelo jornal Folha de São Paulo em 2007, Dilma afirmou: "Olha, eu acho que tem que haver a descrimilização do aborto" (eufemismo para liberar geral o aborto). Em 2009, em entrevista a revista Marie Claire, Dilma afirmou: "Abortar não é fácil pra mulher alguma. Duvido alguém se sinta confortável em fazer um aborto. Agora, isso não pode ser justificativa para que não haja legalização. O aborto é uma questão de saúde pública". O PT de Dilma, mesmo havendo ela prometido que não faria nada para legalizar o aborto no Brasil, colocou uma abortista convicta que se vangloria dos abortos que fez, Eleonora Menicucci como ministra de políticas públicas para as mulheres. Isto se equivale a chamar Diogo Mainardi para cuidar da Congregação para a Doutrina da Fé no Vaticano.

Dilma com um passado deste e com essas declarações podemos dizer que seja a favor da vida? No entanto, Dilma para ficar simpática com a igreja Católica e com os cristão de modo geral, declarou que nada faria a favor do aborto. MENTIU, pois tanto o projeto de reforma do código penal, quanto suas políticas afirmativas no ministério da saúde para facilitar informações de como uma mulher abortar, inclusive facilitando acesso a medicamentos abortivos, são políticas do governo do PT e não podem ser consideradas atitudes de quem defende a vida e os valores cristãos.

Até pouco tempo a petista Marta Suplicy era vice-presidente do Senado e é uma das responsáveis em introduzir a descrimilização do aborto no projeto de reforma do código penal. Isto tudo faz parte da ideologia do PT de se opor a igreja (principalmente católica) que sempre se colocou passiva a defecção do PT dos valores cristãos. Não há, a meu ver, decepção maior do que ver o PT envolvido em causas que destroem a família e mais ainda, ver envolvidos todos em escândalos de corrupção.

Não há ditado mais certo do que aquele que diz: "dizes com quem andas e te direi quem és".

A propósito, quem é mesmo que Dilma e o PT estão apoiando para prefeitura de Manaus?


João Lago
Administrador e professor

domingo, 7 de outubro de 2012

Pobreza, castidade e obediência


Um amigo que é sacerdote retornou de Assis (Itália) com uma cruz de madeira em um cordão com três nós, cada um representando: castidade, pobreza e obediência, cuja missão franciscana seria praticar e pregar simplicidade, amor a Deus e a caridade cristã. Imediatamente coloquei o cordão em meu pescoço.

Faz um bom tempo que não uso qualquer adorno no pescoço, pois o último que tinha foi-me levado em um assalto à mão armada em Belo Horizonte em 2005, juntamente com um carro que eu tinha e que jamais foi recuperado. Materialmente o veículo tinha maior valor, mas sentimentalmente o cordão tinha grande significado, pois carregava a metade de uma medalha que compartilhava com Nazaré, assim simbolizando um amor único divido em dois. Não somente isto, mas durante o tempo que morei na capital mineira tive minha casa assaltada algumas vezes, perdendo bens materiais usados no conforto do dia a dia. Isto causou muito desânimo momentâneo, mas reforçou minha convicção que o bem maior é a vida e a esperança, pois ambas é que nos permite sempre recomeçar.

Esta minha experiência em perdas materiais há algum tempo levou-me a valorizar aquilo que é desprezado pela maioria dos homens, principalmente buscando não unir valor material com valor sentimental. Talvez, aquela medalha arrancada de meu pescoço levou consigo todo o apego material que possa ter por qualquer objeto que tenha um valor intrínseco. Isto permite que se tenha um outro olhar para a vida, favorecendo muito mais as relações pessoais e a amizade que reciprocamente são equilibradas e divididas.

Assim, este cordão que tenho comigo sintetiza tudo que hoje considero importante:

  • Pobreza, simbolizada pelo desapego a qualquer coisa que se possa atribuir valor monetário;
  • Castidade, simbolizada pela fidelidade que tenho a quem amo, levando-me a cultivar um coração solidário e fraterno;
  • Obediência, que pode ser descrita pelo profundo amor que tenho a Deus.
O mais prazeroso é saber que ninguém se sentirá motivado a arrancá-lo de meu pescoço.

João Lago
Administrador, professor e morador do Conjunto Santos Dumont


(*) A foto é do autor do texto quando criança, em homenagem a esta semana da criança que se inicia.

As porcarias da época de eleição


Hoje nosso conjunto Santos Dumont amanheceu “emporcalhado” por panfletos de políticos “porcalhões” que teimam em cada eleição utilizar de métodos eticamente condenados demonstrando, desde logo seu desprezo pela lei eleitoral, pelos eleitores e por nossa cidade.

O que é difícil aceitar é que políticos que se dizem “o novo”, demonstrem a velha prática que transforma nossas ruas em depósito de lixo eleitoral, justamente com nossa cidade que precisa de tanta ordem e um prefeito e vereadores que estejam dispostos a fazer cumprir as leis.

O que podemos esperar de um prefeito e vereadores que já demonstram não ter respeito por nossa cidade? O mais triste nisto é que o nosso conjunto não é servido por varrição pública, o que significa que esse lixo ficará acumulado por alguns dias, até ser recolhido, ou varrido pelas chuvas para os bueiros e colaborando com o entupimento dos esgotos, visto a ausência de coleta de esgoto público.















O que podemos fazer? Não votar em políticos porcalhões!

sábado, 6 de outubro de 2012

Manipulação das pesquisas e o voto utilitário

Meus amigos, estamos a um dia para decidir, ou postegar por mais um mês, a escolha de quem irá governar nossa cidade pelos próximos 4 anos.

Não dando muito importância para essas pesquisas, acredito que o melhor dos mundos em nossa cidade seria um segundo turno entre o 40 e o 45, ou melhor dizendo, entre Serafim Correa e Arthur Neto. Digo isto, porque retirando os oportunistas, os francos-atirado
res e a marionete (ou seria boneca vudu), teríamos mais tempo para ouvir as propostas de ambos e ter uma maior qualidade em nosso voto.

Assim, pensando desta maneira, se é que posso dar um conselho, não se deixe levar para um "voto utilitário", ou seja, "vou votar neste porque tem mais chance de ir para o segundo turno e não quero correr risco". Não é uma boa atitude, porque você simplesmente estaria fazendo o que desejam os donos das pesquisas: conduzir você em seu voto!

E quando for votar para vereador, lembre-se que temos que dar condições ao próximo prefeito para governar, portanto é importante que sejam eleitos pessoas alinhadas com o pensamento de mudança, senão ao colocar gente que serviu, ou que servem aqueles que fizeram de Manaus a vaca leiteira de seus bolsos, não conseguiremos ver nada de novo. Barganhas e mensalões iniciam quando gente sem qualquer escrúpulo faz de sua representatividade uma moeda de troca, vendendo seu voto parlamentar para quem dele possa pagar mais, com dinheiro ou com favores.

Desejo a vocês um bom final de semana, e lembrando a frase de Winston Churchill: "Ninguém pretende que a democracia seja perfeita ou sem defeito. Tem-se dito que a democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais formas que têm sido experimentadas de tempos em tempos". Resumindo: A democracia pode ser ruim, mas ainda não se apresentou nada, desde os gregos antigos que a inventaram, que possa substituí-la.

Que Deus ilumine e abençoe a todos nós.


João Lago
Administrador, professor e morador apaixonado pelo Conjunto Santos Dumont

PS: Ah, falando em Deus, lembro que Nosso Senhor não tem título de eleitor e veio para colocar um divisor naquilo que é do homem e naquilo que é de Deus. Lembre-se que Caifás era um líder religioso respeitado em sua época, mas na hora de escolher, ele escolheu Barrabás. O restante da história, nós sabemos.