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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Ficamos com nossas lágrimas e nossa revolta

Estava pensando como poderia descrever o sentimento que inicio essas apressadas linhas. O único que me ocorre é que me sinto como se fosse um sobrevivente.

Somos sobreviventes dessa guerra urbana estúpida que se instala no meio de nós, na qual somos alvos em nosso próprio refúgio. Como poderia imaginar que o lugar mais seguro para qualquer um de nós, que é o nosso lar, pode a qualquer momento transformar-se no local de nosso patíbulo?

Como é tamanho o nosso sentimento de impotência, quando tal tragédia acontece a poucas quadras de nossas famílias e não fomos capaz impedi-la. Bem a propósito, nessa semana que passou estava assistindo um documentário no National Geographic no qual um leão tentava atacar uma manada de búfalos. Apesar de forte, o leão ficava impotente, pois quando tentava dar o bote os búfalos avançavam sobre o mesmo, demonstrando que juntos são invencíveis para um simples leão. No entanto, logo chega a matilha dos felinos que, agora em maior número, atacam e tiram a vida de um enorme e forte animal.

O que desejo dizer é que não basta sermos fortes individualmente, ou mesmo que fortalecidos, ainda assim podemos sermos alvos do inimigo quando este se torna numeroso. Portanto, o que vemos em nossa cidade é o crescimento assustador de gente ruim que não tem nada a perder. Pessoas entorpecidas pela droga e que não possuem qualquer sentimento de compaixão e parecem ser agora em maior número e não há força que possa resistir a tamanha avalanche de estupidez e crueldade.

Acredito que todos nós moradores do Conjunto Santos Dumont de alguma forma estamos tocados com esta tragédia que se abateu sobre a família de Xavier, que neste momento chora a perda de seu filho Diego e tem olhos de preocupação para o pai que se encontra em estado grave no hospital.

Neste momento o Diego está sendo velado na Alameda Santos Dumont, na Igreja de São Marcos, onde frequentava com sua família e era querido em nossa comunidade.

Que Deus console a família e que Nossa Senhora, com o seu olhar de mãe possa acalmar os corações enlutados.

João Lago.
Morador do Conjunto Santos Dumont.

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