sexta-feira, 6 de maio de 2011
Curso de Leitores e comentaristas de Liturgia (grátis)
O que é ser um leitor e(ou) comentarista na comunidade e por que é necessário fazer uma preparação para tal?
O(A) leitor(a) é um membro da comunidade a quem foi confiado o serviço de aprofundar e detectar o dinamismo, o mistério e a força da Palavra de Deus, para poder proclamá-la na assembléia litúrgica. O(A) leitor(a) cristão(ã) deve sentir-se responsável pela Palavra que proclama na assembléia, para a edificação da comunicação.O serviço comunitário de leitor(a) na celebração tem uma importância particular, em virtude da própria realidade da Palavra. Para transformar-se em acontecimento salvífico, esta última precisa ser anunciada por alguém. O(A) leitor(a), como “homem(mulher) da palavra”, como profeta, imprime vida à palavra escrita na Bíblia, a fim de que possa ser escutada e acolhida pela assembléia como Palavra de Deus. O(A) leitor(a), por assim dizer, é uma pessoa simbólica-sacramental. Ele anuncia a Palavra em nome de que um dia a pronunciou, suscitando a vida nova: “sua missão é tornar presente Jesus Cristo, ser profeta e pregador(a) deste e anunciar a Boa Nova aos irmãos e irmãs que escutam sua Palavra e louvam o Pai”. A proclamação da palavra na assembléia litúrgica é sempre uma realidade densa da presença atual do Ressuscitado. É Cristo vivo que, pela voz do(a) leitor(a), convida os ouvintes a viver o memorial de sua vida, morte e ressurreição, com vistas à conversão e à salvação.Para que a assembléia tenha um vivido amor pela Sagrada Escritura, mediante a escuta das leituras, torna-se necessário um bom desempenho do ministério de leitor(a), fruto de uma esmerada preparação espiritual, bíblica e litúrgica. A instrução bíblica deve ter como objetivo capacitar os leitores a perceber o sentimento das leituras em seu próprio contexto e a entender à luz da fé o núcleo central da mensagem revelada. A instrução litúrgica deve facilitar aos leitores certa percepção do sentido e da estrutura da liturgia da palavra e as razões da conexão entre liturgia da palavra e liturgia eucarística.Além disso, há preparação técnica, que tem como objetivo: “fazer que os leitores fiquem cada dia mais aptos para a arte de ler diante do povo, seja de viva voz, seja com a ajuda dos modernos instrumentos de amplificação de voz”.É inconcebível uma proclamação da Palavra de Deus sem entusiasmo, autoconsciência ou uma convicção que proceda do coração. O(A) pregador(a) da Boa Nova na liturgia não pode ter a postura de um(a) leitor(a) de jornal ou de um(a) funcionário(a) público(a) que lê um decreto. Pode ocorrer até de uma pessoa fazer uma perfeita leitura do texto bíblico, sem estar convencida do que está lendo. Espera-se do ministro da Palavra de Deus uma atuação espiritual, isto é, animada pela força que vem de dentro, do coração, própria de quem se sente tocado pela palavra que pronuncia. O(A) leitor(a) litúrgico que não transmite vibração nem convicção à assembléia dá mostras de um desempenho deficiente de seu ministério.Por outro lado, quem proclama a Palavra de Deus deve ter consciência de anunciar sempre uma Boa Nova. Dessa forma, seu rosto, sua voz, sua postura e tudo nele deve expressar essa feliz novidade. Quando a Palavra é proclamada com os sentimentos que correspondem à sua mensagem (alegria, esperança, tristeza, ameaça), abre-se o caminho para compreensão e a vivência do mistério anunciado.
Fonte: www.liturgiacatolica-liturgia.blogspot.com
Obs: mensagem encaminhada pela equipe de liturgia da Comunidade de São Marcos para divulgação.
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