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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O urubu cabeludo


O urubu cabeludo é uma espécie que pode ser vista aqui em nosso Conjunto Santos Dumont, mas não se preocupe, pois a proximidade que temos com o aeroporto Eduardo Gomes e a presença desse animal em nossas cercanias, não é uma ameaça ao tráfego aéreo, haja vista que o urubu cabeludo tem por característica voar raso ao chão, hábito que é totalmente incomum as outras espécies de urubus, que voam alto. Assim, a chance do urubu cabeludo chocar-se com uma aeronave é praticamente nula.

Além de voar baixo, outras são as características singulares do urubu cabeludo que o diferencia de outras aves que se alimentam de carniça. A primeira é justamente um conjunto de penas na cabeça que se assemelham a uma vasta cabeleira. Tenho um amigo, fazendo às vezes de um ornitólogo, diz que já viu de perto essa espécie e afirma categoricamente que na cabeça do urubu cabeludo é possível encontrar piolhos. No entanto não há evidências científicas que isto seja possível.

O urubu cabeludo tem, também, por característica singular gostar de cavucar encostas, removendo a terra e retirando a grama do lugar. É possível encontrar algumas localidades aqui em nosso conjunto em que o urubu cabeludo já deixou seu rastro. Juntamente com a terra e a grama removida, o urubu cabeludo com seu bico poderoso é capaz de derrubar árvores frondosas para um fim específico ainda não catalogado pelos biólogos. Dizem inclusive que ele sozinho é capaz de levar ao chão imensas grades de ferro, mas apesar de haver registros físicos de grades derrubadas ao chão, não se pode culpar o pobre animal por isto.

Na verdade, as observações a essa ave exótica por alguns estudiosos determinam que o mesmo gosta de habitar locais que tenham grande área verde, mas que essas áreas estejam tomadas pelo lixo, pois parece não se importar com os dejetos que se acumulam nas matas do Conjunto Santos Dumont. Alguns moradores incomodados com o frequente lixo em nossas áreas verdes providenciam a limpeza e o animal desaparece, mas logo que a lixo retorna a ave reaparece, o que determina a possibilidade de causa e efeito comportamental.

Apesar de todas essas características já descritas aqui a respeito do urubu cabeludo, talvez a mais estranha é o hábito que essa ave tem em sobrevoar frequentemente os distritos policiais. Observadores já avistaram esse animal em diversas ocasiões e puderam registrar que o mesmo sobrevoa uma delegacia para fazer B.O., que significa: Botar Ovo.

No entanto, quando o urubu cabeludo deixa-se fazer em delegacias  B.O. , somente o faz quando é repelido e enxotado por alguém desavisado. Assim, para cada B.O. deixado em um distrito policial, um ovo nauseabundo e fedorento é deixado na residência de quem o enxotou. Porém, apesar do cheiro de podre incomodar, não se preocupe porque não há registros que o ovo deixado pelo urubu cabeludo tenha maiores consequências.

Meus amigos, apesar do urubu cabeludo ser de uma natureza exótica e eventualmente incomodar, por favor não o maltratem. Eu mesmo já não me importo com os seus voos rasantes e desajeitados e até já recebi alguns ovos podres aqui em minha residência. Digo a todos vocês com toda a pureza da alma, o que essa ave precisa é de compaixão, pois pena ela já tem demais.

João Lago

Atenção: O urubu cabeludo é uma obra de ficção e as fotos aqui deixadas são meramente ilustrativas. Assim esta fábula não tem a pretensão de afirmar que tal ave exista em nosso meio ambiente. Fique tranquilo!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Morremos e renascemos a cada dia

A música “Mourrir demain”, da cantora pop francesa Natasha St-Pier, pergunta o que faríamos hoje se soubéssemos que iríamos morrer amanhã. Não entendo muito de filosofia e não li o suficiente para construir um raciocínio filosófico baseado em grandes pensadores. Não sei o que escreveu sobre a morte Santo Agostinho, que foi um filósofo da fé cat
ólica, ao mesmo tempo que desconheço o que tenha escrito Jean Paul Sartre, que, oposto a Agostinho, era filósofo ateu e materialista. Assim, face a minha completa ignorância, vou descrever aqui o que penso a respeito do que é o fim inevitável de cada um de nós: a morte física.
O poeta argentino Jorge Luis Borges, que era ateu convicto, disse que na “verdade é que morremos a cada dia e nascemos a cada dia”, mas sobre uma visão ainda mais pessimista que esta, em um entrevista que Borges concedeu ao poeta amazonense Thiago de Mello, o mesmo disse que potencialmente nascemos mortos. Não gostaria de passar a impressão que sou completamente pessimista sobre o tema, tanto que para isto o iniciei com a ilustração de uma música alegre e dançante, pois, de maneira geral, não vivemos angustiados com a perspectiva da morte, apesar dela estar potencialmente presente em nossa existência. Porém, quando conheço ou tomo conhecimento de pessoas que em algum momento de suas vidas tiveram que conviver com a aproximação da morte, até mesmo o mais ferrenho ateu torna-se um ser espiritualizado, em busca de respostas. Já aqueles que não descartaram a metafísica em sua perspectiva de vida, mesmo que afastados da religião, quando sabem que a morte ronda, apegam-se a Deus na mesma proporção que se distanciam Dele quando curados. Voltam as suas vidas de rotinas habituais.
O livro “Claro como o dia” é uma obra interessante, escrita pelo então presidente da KPMG, uma das maiores empresas de consultorias do mundo, por descrever os preparativos de quem sabe que em breve vai morrer, ao ser diagnosticado com um câncer inoperável no cérebro. A partir disto, o executivo Eugene O´Kelly, da KPMG, começa a planejar o pouco tempo que resta em sua vida para aproveitá-la ao máximo e deixar algum legado. Escrever um livro sobre os seus preparativos para morte estava dentro deste conceito. Justamente neste ponto é que convirjo ao dizer que nossa angústia não é saber que a morte nos ronda, mas não ter a certeza do dia e hora em que a mesma irá chegar e não estarmos preparados para aceitá-la.
Quem assistiu ao filme “Abril Despedaçado”, de Walter Salles, estrelado por Rodrigo Santoro, deve lembrar que o protagonista, ao ser jurado de morte, recebe como sugestão de seu algoz em contar os seus dias vindouros como “menos um”. É interessante esta metáfora, pois, normalmente, as pessoas quando acordam pela manhã suspiram: “Mais um dia”. Essa é a perspectiva de quem não sabe quanto tempo lhe resta, enquanto que “menos um” seria o suspiro correto de quem sabe que o seu fim está próximo.
Particularmente, acho que encontrei uma resposta que cabe em mim, no que se refere a aceitar o final de minha existência como inevitável, ao tentar refletir sobre o que mais me angustia. Cheguei à conclusão que a maneira mais humana ou, melhor dizendo, dentro do racionalismo humano, seria que tivéssemos cada um de nós a noção exata de quanto tempo nos resta de vida neste mundo. No entanto, isto não é possível, pelo menos para mim, que não tenho qualquer inclinação a pôr fim em minha própria existência e tão pouco fui diagnosticado como possuidor de uma doença terminal.
Não obstante, busco estar em dia com a minha espiritualidade e a pratico, sem exageros, em meu dia a dia, pois acredito que se faz uma leitura errada das falas dos profetas quando dizem que o fim está próximo, pois não se referem ao fim da humanidade, mas ao fim específico do homem, quando a morte faz que o tempo deixe de ter qualquer significado racional.
Se um dia é certo que o Ressuscitado irá voltar, quando morremos nos aproximamos inexoravelmente do dia de encontrá-lo. Então, devemos estar preparados para isto, em paz com nossa consciência e com o mundo. Assim, se vivemos dando significado real a nossa existência na construção de um legado para quem fica com o sentimento do dever cumprido, não temos porque temer a chegada da morte.
Finalizo relembrando o apóstolo Paulo, quando diz: “Lutei o bom combate, completei a corrida, guardei a fé”. Que façamos de nossa existência uma luta necessária que nos aproxime da fé e assim não temeremos absolutamente nada, nem mesmo a morte.
João Lago
Administrador, professor e morador do Conj. Santos Dumont.

domingo, 27 de outubro de 2013

Notícas da Campanha: Presente de Natal para Lucas

Nessa semana que passou, após a visita da Pointer Produtos Hospitalares para medir do tamanho de assento da cadeira e tomar conhecimento das necessidades atuais e futuras do Lucas em relação a sua enfermidade, recebemos um novo orçamento no valor de R$ 8.700,00, assinado pelo diretor comercial da empresa, o senhor Almir Prestes.

Na verdade, o valor da cadeira reclinável é de R$ 9.944,00, mas conseguimos um desconto para pagamento à vista, acompanhado da boa vontade da empresa por tomar conhecimento que se trata de uma ação entre amigos. O Lucas precisará no futuro de uma cadeira que recline, haja vista a progressão da doença que enfraquecerá sua capacidade de manter-se sentado sem apoio.

As condições de pagamento também foram revistas, agora com 50% no pedido e os outros 50% no momento da entrega, cujo prazo estabelecido pelo fornecedor é de 40 a 60 dias.
Assim, tão logo alcancemos o valor necessário para realizar a encomenda, ou seja: R$ 4.350,00 (quatro mil trezentos e cinquenta reais), já contataremos a Pointer para realizar o pedido. A outra metade, acreditamos que a boa vontade de nossos amigos se encarregará de prover o montante necessário para honrar este compromisso.

Nesta data temos confirmado R$ 755,00, que nos coloca na posição de arrecadar ainda mais R$ 3.595,00 (três mil quinhentos e noventa e cinco reais) somente para fazermos o pedido.

Precisamos muito de tua ajuda, seja na divulgação desta campanha com os teus amigos, sendo um multiplicador desta corrente de solidariedade, e (ou) com tua doação financeira. Seja qual for a forma escolhida para nos ajudar, ela será bem-vinda.

Abaixo a relação dos amigos que já doaram.

Total neste momento: R$ 755,00


Nome ____________________Cidade ______________ Valor
Geraldo Draeta (3)............. Rio Claro-SP................. R$ 120,00
Chelsea Archer Pinto (3)... Manaus - AM.................. R$ 20,00
Famíla Lago (3) ................ Manaus - AM ............... R$ 100,00
Edson Lima (1).................. Manaus - AM ................. R$ 50,00
Laura Oliveira (2).............. Manaus - AM ................. R$ 25,00
Hélio Oliveira (3) ..............Carazinho-RS.................R$ 100,00
Anay Miranda(3)................. Manaus...........................R$ 70,00
Emerson Cunha (2).............. Manaus.......................... R$ 20,00
Leny Aquino (2).................. Manaus.......................... R$ 50,00
Antonio Bueno (3).............. Rio de Janeiro ...............R$ 100,00
Ildo Assis (3)........................Manaus...........................R$ 50,00
Anderson Sales Tahan (1).....Manaus..........................R$ 50,00



sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O cão nosso de cada dia

Recentemente li uma resenha do autor de novelas Walcyr Carrasco, intitulada “A mentira vai à mesa”, na qual ele afirma que existe uma certa “hipocrisia tácita” de não querer saber como o alimento chega à nossa mesa ou, melhor dizendo, alimentamo-nos de animais criados com o intuito de serem fontes de proteínas para nós humanos, mas não nos importamos de como são criados e mortos para tal.

Também, ao ler Walcyr Carrasco, logo de imediato lembrei-me do livro “O menino no espelho”, de Fernando Sabino, que talvez tenha servido de inspiração para Carrasco ou apenas tenha sido uma dessas coincidências literárias. Na obra de Sabino, encontra-se a estória de Alzira, a cozinheira que matava as galinhas torcendo-lhes o pescoço. Face ao destino inevitável das galinhas que chegavam à casa do menino, o mesmo toma a decisão de salvá-las, tão logo uma nova vítima aportasse em sua casa. Desta forma, assim que uma outra galinha chegou trazida por sua mãe, o menino afeiçoou-se ao animal, batizando-a como Fernanda, com todo o rito católico da água na cabeça do animal e preservando-a do destino de ser servida em um banquete de galinha ao molho pardo.

Nessa semana que passou, um grupo de “ativistas”, desses que se proliferam em Facebook, instigados para fazer justiça com as próprias mãos, invadiram o Instituto Royal, em São Roque, região de Sorocaba, em São Paulo, para libertar pelo menos dezenas de cães da raça Beagle, usados como cobaias em testes de medicamentos. Além de retirarem os animais do centro de pesquisa, também promoveram destruição de equipamentos e de materiais que estavam sendo estudados pelos pesquisadores, causando prejuízo material e atrasos nas pesquisas. Nos noticiários que foram feitos, antes e depois, vê-se declarações acaloradas de defesa dos animais, seguidos de desmentidos de participação no ato de vandalismo ou, ainda, da constatação de abandono dessas cães em via pública.

Esses ativistas eu poderia chamá-los de Black Dog (parodiando os estúpidos Black Bloc), pois destruíram importantes pesquisas e eventualmente atrapalharam qualquer iniciativa sensata de investigação de maus-tratos aos animais, que já vinha sendo conduzida pelo Ministério Público de São Paulo, haja vista que havia denúncias contra o Instituto Royal, mas que as possíveis provas de maus-tratos foram destruídas com a intempestiva invasão.

Os novos medicamentos inicialmente são testados em animais, para análise dos efeitos colaterais e possível implicações medicamentosas em nosso organismo, na tentativa de oferecer medicamentos seguros. Não há possibilidade de aprimoramento dos medicamentos sem testes em animais vivos, ou seja, ou são feitos em animais ou devem ter o ser humano como cobaia. Assim, seria uma atitude de maior impacto se esses “ativistas” tivessem se oferecido como cobaias no lugar de cada Beagle ali alojado.

Neste momento, talvez eu tenha passado uma impressão de ser totalmente insensível à questão de maus-tratos aos animais, pelo fato do cachorro em nossa sociedade ser considerado (com certo exagero) como membro da família. Que o diga Rogério Magri, ministro de Collor de Mello, que, flagrado usando carro oficial para levar seu animal de estimação ao veterinário disse: “O cachorro é um ser humano como outro qualquer”.

Aqui no Brasil não nos alimentamos de carne de cachorro, mas é possível encontrar essa iguaria em um restaurante vietnamita ou chinês ou em outra cultura asiática. Aqui nos alimentamos de carne de vaca, mas é impensável comer esse animal em regiões da Índia, onde a vaca é sagrada. Assim, em países que as fontes de proteínas um dia foram escassas, é possível que se tenha desenvolvido relativa tolerância do que pode vir a ser alimento ou não. Do mesmo modo, fatores culturais, como a religião, podem limitar o que podemos considerar como fonte de proteína. Judeus, muçulmanos e adventistas do sétimo dia não comem carne de porco. Neste ponto vale salientar que pesquisas em medicamentos também são testadas em suínos, mas os porcos não têm a mesma face carinhosa de um cão da raça Beagle.

A pergunta que me faço é: quantos desses Black Dog, ou ativistas de última hora, desprezam em uma refeição um suculento bife, uma apetitosa coxinha de frango ou um tambaqui assado ao molho de tucupi? Não sei, mas a hipocrisia tácita, ou não tácita, reside no fato de não querermos enxergar além do que os nossos próprios olhos nos permitem ver.

João Lago
Administrador, professor e morador do Conjunto Santos Dumont

sábado, 12 de outubro de 2013

Um presente de Natal para Lucas

Lucas até os 4 anos de idade tinha um desenvolvimento normal como de qualquer outra criança de sua idade. Porém, logo começou apresentar dificuldade para andar, pois começou a cair com frequência, apresentando fraqueza nas pernas. Durante os anos seguintes, o quadro de saúde de Lucas começou a tornar-se mais severo, quando em busca de um diagnóstico para o que Lucas tinha, sua família o levou para São Paulo para consulta com o Dr. Beny Schimidt, que é professor da USP e especialista em distrofias musculares, com doutorado em neuropatologia na França e Pós-doutorado na mesma área em Universidade de Columbia - EUA. Assim, após realizada um biópsia muscular pelo Dr. Schmidt, Lucas foi diagnosticado com possuidor de uma doença rara e incurável chamada Síndrome de Duchenne.

A doença de Lucas é progressiva e aos poucos ele perderá os movimentos do corpo. Hoje Lucas já não anda e também perdeu a capacidade de locomover-se sozinho movimentando com as mãos sua própria cadeira de rodas. No entanto, Lucas desde muito cedo teve que conviver e aceitar as limitações que paulatinamente a doença lhe atribuía. Porém, perder a capacidade de movimentar a própria cadeira de rodas cria mais uma barreira em uma vida cotidiana, somada a tantas outras que Lucas teve que aceitar. Lucas não se veste sozinho e não faz a higiene pessoal sem ajuda e está entrando na adolescência, esse período mágico que uma revolução de transformações acontece na vida de qualquer pessoa.

Lucas adora jogar vídeo-game, de preferência os que retratam jogos de futebol. Ainda assim, é certo que a possibilidade de jogar vídeo-game sozinho também está ameaçada, mas Lucas segue a vida aproveitando o que pode desfrutar hoje com os recursos que tem, inclusive com aqueles que o seu corpo permite.

Nesse Natal que se aproxima, Lucas gostaria de receber de presente uma cadeira de rodas motorizada, que não é um brinquedo, não na concepção que qualquer criança poderia atribuir a esse objeto. Na verdade, a cadeira de rodas serviria para proporcionar um pouco mais de liberdade a essa criança que aos poucos aprendeu que liberdade se resume a capacidade de realizar pequenas coisas. Movimentar-se sozinha é uma delas. A cadeira de rodas motorizada também é um projeto de futuro, pois a doença progredirá e cada vez mais Lucas ficará dependente de uma cadeira de rodas.

Conheci Lucas nesse último sábado (12/10), justamente no dia das crianças. Um amigo indicou-me para o Tadeu, tio de Lucas como sendo alguém que poderia ajudar a realizar o sonho de Natal de Lucas, já que o custo de uma cadeira de rodas motorizada é por demais para essa família, que já possui toda uma vida financeira alterada para garantir conforto a Lucas, considerando ainda que não são uma família de muitas posses.

Pessoalmente fiquei sensibilizado e grato por conhecer Lucas, que possui uma alegria no sorriso e no olhar que me cativou. Sei que sozinho não sou a pessoa que poderá realizar o sonho de Natal de Lucas, mas acredito que tenho amigos suficiente para juntos entregarmos a Lucas esse presente de Natal. Portanto, resolvi contar a história de Lucas e pedir ajuda para que possamos juntos ser o Papai Noel que Lucas espera receber na noite de Natal.

Se você quiser ser também um dos Papais Noéis de Lucas, entre em contato conosco da Amipaz, pelo e-mail: amipaz.manaus@gmail.com que informaremos como isto poderá ser feito.

Estamos providenciando o orçamento da cadeira de rodas motorizada e assim que o tenhamos colocaremos aqui para que todos fiquem sabendo. Também relacionaremos nominalmente todas as doações que eventualmente recebermos até que tenhamos chegado ao objetivo final.

João Lago
Professor e morador do Conjunto Santos Dumont.



 Contas disponíveis para receber doações:


Nome: João Soares do Lago Júnior (coordenador da campanha)
Banco Santander
Agencia: 3273
Conta corrente: 01001951-8

Nome: Samana Monteiro Teixeira (mãe de Lucas)
Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 1549
Conta poupança: 013 3540-8

Nome: José Edson Lima da Silva (coordenador da campanha)
Banco: Bradesco
Agência: 03726-5
Conta poupança: 0643069-4

Após depositar, por favor indique o valor e a data do depósito para que possamos identificar e publicar sua contribuição aqui no blog.
 
Distrofia muscular de Duchenne

Distrofia de Duchenne é uma doença genética de caráter recessivo, ligada ao cromossomo X, degenerativa e incapacitante. O gene defeituoso é transmitido simultaneamente pelo pai e pela mãe, que é assintomática. No entanto, cerca de 1/3 dos casos ocorre por mutação genética nova.
Só os meninos desenvolvem essa enfermidade, que se caracteriza pela ausência de uma proteína essencial para a integridade do músculo, que vai degenerando progressivamente.
Sintomas
A criança nasce normal, mas demora um pouco para andar. Entre dois e quatro anos, cai muito; por volta dos sete anos deixa de correr, de subir escadas. Aos doze anos aproximadamente, perde a capacidade de andar. Ao longo de todo esse período, ocorrem contraturas nas articulações.
O quadro vai se agravando até o comprometimento atingir toda a musculatura esquelética e surgirem problemas cardíacos e respiratórios, estes últimos em virtude das alterações ocorridas no músculo diafragma e não porque os pulmões estejam afetados.
Diagnóstico
Níveis elevados de CPK (creatinofosfoquinase) podem ser detectados prematuramente nos primeiros meses de vida. O exame de sangue para análise do DNA permite o diagnóstico definitivo em 60%, 70% dos casos. Nos 30% restantes, é necessário fazer biópsia do músculo para identificar a proteína ausente.
Fonte: Site do Dr. Dráuzio Varela, disponível em http://drauziovarella.com.br/crianca-2/distrofia-de-duchenne/.


ORÇAMENTO DA CADEIRA

Valor orçado: R$ 8.690,00 (oito mil seiscentos noventa)



terça-feira, 1 de outubro de 2013

Ficamos com nossas lágrimas e nossa revolta

Estava pensando como poderia descrever o sentimento que inicio essas apressadas linhas. O único que me ocorre é que me sinto como se fosse um sobrevivente.

Somos sobreviventes dessa guerra urbana estúpida que se instala no meio de nós, na qual somos alvos em nosso próprio refúgio. Como poderia imaginar que o lugar mais seguro para qualquer um de nós, que é o nosso lar, pode a qualquer momento transformar-se no local de nosso patíbulo?

Como é tamanho o nosso sentimento de impotência, quando tal tragédia acontece a poucas quadras de nossas famílias e não fomos capaz impedi-la. Bem a propósito, nessa semana que passou estava assistindo um documentário no National Geographic no qual um leão tentava atacar uma manada de búfalos. Apesar de forte, o leão ficava impotente, pois quando tentava dar o bote os búfalos avançavam sobre o mesmo, demonstrando que juntos são invencíveis para um simples leão. No entanto, logo chega a matilha dos felinos que, agora em maior número, atacam e tiram a vida de um enorme e forte animal.

O que desejo dizer é que não basta sermos fortes individualmente, ou mesmo que fortalecidos, ainda assim podemos sermos alvos do inimigo quando este se torna numeroso. Portanto, o que vemos em nossa cidade é o crescimento assustador de gente ruim que não tem nada a perder. Pessoas entorpecidas pela droga e que não possuem qualquer sentimento de compaixão e parecem ser agora em maior número e não há força que possa resistir a tamanha avalanche de estupidez e crueldade.

Acredito que todos nós moradores do Conjunto Santos Dumont de alguma forma estamos tocados com esta tragédia que se abateu sobre a família de Xavier, que neste momento chora a perda de seu filho Diego e tem olhos de preocupação para o pai que se encontra em estado grave no hospital.

Neste momento o Diego está sendo velado na Alameda Santos Dumont, na Igreja de São Marcos, onde frequentava com sua família e era querido em nossa comunidade.

Que Deus console a família e que Nossa Senhora, com o seu olhar de mãe possa acalmar os corações enlutados.

João Lago.
Morador do Conjunto Santos Dumont.