EVANGELHO - Mt 16,13-19
Pedro e Paulo são
considerados “colunas da Igreja”: Pedro recorda mais a
instituição e Paulo, o carisma e a pastoral. Viveram inúmeras
divergências. Porém, o amor a Cristo os uniu, bem como o desejo de
testemunhar. Fortes no anúncio, foram corajosos até o fim.
Pedro vê em Jesus não
um fruto de especulações, e nem de confusão na identidade do
Mestre. Pedro passou por um processo de conversão, tendo como grande
desafio: deixar de querer um Messias feito à nossa imagem e
semelhança, para nos tornarmos discípulos à imagem e semelhança
de Jesus: O Messias-servo.
Pedro é apresentado
como a rocha da Igreja e Jesus confia a Pedro o serviço de governar
a Igreja (as chaves e o poder de ligar e desligar, poder de decisão
com ratificação divina). Jesus dá a Simão o nome de Pedro (rocha)
que dará solidez à comunidade de Jesus.. Na bíblia, ser rocha é,
antes de tudo, um atributo de Deus, o Rochedo de Israel (Dt 32,4).
Ele recebe uma nomeação acompanhada de uma promessa: as portas do
inferno não poderão nada contra a Igreja de Deus.
Jesus e os discípulos
encontram-se em uma cidade pagã. Cesaréia de Filipe era uma espécie
de periferia, longe do centro do poder politico, econômico e
ideológico. Longe de tudo isso é que os discípulos poderão da uma
resposta plena de quem e Jesus.
O episódio tem dois
momentos: Jesus pergunta aos discípulos o que as pessoas dizem a
respeito dele. A resposta revela a diversidade de opiniões (imagem
distorcida de Jesus, Jesus triunfante, glorioso, guerreiro). O
segundo momento, Jesus interpela aos discípulos, aqueles que tinham
visto sua luta para implantar a novidade do Reino. A resposta de
Pedro mostra quem é Jesus: o Messias(Cristo), o Filho do Deus vivo.
Mateus tem a preocupação de apresentar Jesus como Emanuel (Deus
conosco).
Reconhecer Jesus nessa
dinâmica messiânica é se tornar um bem-aventurado, ou seja,
assumir mediante o compromisso sua proposta. Reconhecer Jesus não é
fruto de especulação ou de teorias, mas sim de vivenciar seu
projeto. Pedro nos ensina a confessar que Jesus é o Messias,
testemunhar que a salvação e a vida provêm de Deus.
LEITURA - Atos 12,1-11
Atos - Comunidade
cristã que dá testemunho em meio aos conflitos e Deus torna-se
solidário a ela.
A comunidade é
perseguida pelo poder opressor de Herodes Agripa I, que fere de morte
os lideres cristãos. Mata pelo jogo de interesse político. Assim,
Pedro é colocado na cadeia pela terceira vez. Herodes com a intenção
de apresentá-lo após a festa da Páscoa, e claro que o povo pediria
a morte de Pedro. A Páscoa de Pedro corresponde a Páscoa de Jesus.
O anjo libera Pedro da prisão, apesar de Herodes ter preparado um
grande aparato repressivo (dezesseis soldados vigiando, Pedro
amarrado com duas correntes, dois soldados amarrados às cordas de
Pedro). Deus se manifesta solidário para com seus fiéis.
A libertação de Pedro
expressa também uma missão especial na Igreja confiada a ele. Qual
era a única forma de existência da comunidade perseguida? A oração
fervorosa que subia constantemente a Deus e a confiança de que ele
não abandona aos que lhe são fiel.
2 LEITURA - 2 Tm
4,6-8.17-18
O texto nos fala do
“testamento de Paulo”. Ele está acorrentado prestes a morrer.
Aproveita então para fazer uma revisão da sua vida, olhando para o
passado e para o futuro. Para ele, tudo é graça de Deus. Seu sangue
derramado, é interpretado como sacrifício expiatório? “já fui
oferecido em libação”. A partida de Paulo é descrita como soltar
as velas, permitindo o barco partir. A morte não como o fim, mas o
inicio de uma nova viagem. Paulo tem consciência que o Senhor o
levará para o Reino eterno. Pedro é como referência da unidade da
Igreja. Já Paulo como o incansável missionário. Olhando para o
Passado, tem consciência de ter cumprido sua missão: “combati um
bom combate, completei
a corrida, conservei a fé”. Olhando para o futuro, tem a esperança
de receber a coroa da justiça, que é símbolo da imortalidade, da
vitoria, da alegria e recompensa confere aqueles que permanecem
fieis. Abandonado por todos, Paulo tem sua única esperança em
Jesus.
Nós, que nos
declaramos cristãos, como vivemos o testemunho de Jesus em meio aos
conflitos da nossa família, da nossa sociedade, e conflitos
pessoais?
Pe. Gilson
Paróquia de Santo Afonso Maria de Ligório
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