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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Entrevista com Osnir Gusmão, coordenador de reuniões comunitárias no Bairro Dom Pedro

Nessa última segunda-feira (3/10), fizemos uma entrevista com Osnir Gusmão, morador do Bairro Dom Pedro há 32 anos, que é o coordenador das reuniões que abordam a segurança do Bairro, além de tratarem de outros assuntos comunitários.

As reuniões iniciaram depois do acirramento dos roubos a residências, comércios e diversos assaltos registrados nas ruas do Dom Pedro, com muita semelhança do que ocorre aqui em nosso conjunto e demais bairros de Manaus. No entanto, não se pode deixar de traçar algumas semelhanças entre o Dom Pedro e o Conjunto Santos Dumont, dentre elas:

- Ambos tem mais de 30 anos de existência e são tradicionais na cidade de Manaus.

- O Dom Pedro abriga o Quartel da Cavalaria da PM, assim como o Cj. Santos Dumont tem como vizinho a Sede da Secretaria de Segurança do Amazonas, mas mesmo assim não torna nosso conjunto mais seguro, assim como o Quartel da Cavalaria também não o torna o Dom Pedro.

- As reuniões de segurança no Dom Pedro foram iniciadas por iniciativa dos moradores, face a atuação "inapta" da Associação dos Moradores do Dom Pedro, conforme disse em entrevista o Sr. Gusmão.

O Sr. Gusmão em entrevista relatou que o apoio instucional que desejam da Associação dos Moradores do Dom Pedro está sendo perseguido pelo interesse dos moradores na sucessão da diretoria, mas que não há boa vontade do atual presidente em abrir as regras da transição. Em face disto, o modelo de reuniões do Dom Pedro iniciou com o apadrinhamento de um político, que se explica pela ausência do envolvimento da Associação dos Moradores do Dom Pedro na questão da violência, haja vista que os moradores desejando serem ouvidos pelo poder público, sentem a necessidade de um respaldo institucional que não é oferecido pela Associação dos Moradores. Neste ponto, a experiência dos moradores do Dom Pedro não é semelhante a nossa, pelo menos a que se refere as reuniões da Amipaz, pois o processo que resultou na união de moradores em nosso conjunto iniciou com o respaldo institucional da Igreja, que ainda hoje é o fator que nos identifica na comunidade, apesar de não sermos um grupo exclusivamente católico. É preciso lembrar que os comunitários procuraram a Associação dos Moradores do Conj. Santos Dumont em um segundo momento, a partir do instante que houve a decisão de expandir nossas reuniões não somente para os membros da Igreja, mas desejosos que todos os moradores, independente do credo ou religião, pudessem participar também de nossas decisões. Vale ressaltar que o apadriamento político foi sugerido em reunião da Amipaz também como alternativa, mas o grupo rejeitou a ideia, justamente porque se tinha o respaldo da Igreja, assim como em segundo momento da Associação dos Moradores do Conj. Santos Dumont, que em 2010 na gestão do Sr. Djalma Cavalcante, apoiou e colaborou em ações conjuntas com a Amipaz. Desta forma, a Amipaz como movimento social (leia-se grupo de moradores) tinha todo o apoio institucional que necessitava prescindindo ao apoio, ou ao apadrinhamento político. A experiência do Dom Pedro neste ponto é diferente do que foi realizado aqui.

No entanto, conforme diz o Sr. Gusmão em entrevista abaixo, o apadriamento político como solução de representatividade institucional não substitui a necessária participação comunitária em reuniões de planejamento da segurança e demais problemas do bairro, haja vista que o papel do político é simplesmente fazer ecoar as reivindicações, pois não é crível que o mesmo possa dizer que vai resolver todos os problemas, ou mesmo dizer que esteja a par do que acontece em cada rua de nosso conjunto. Somente saberá verdadeiramente dizer o que se passa por aqui é quem mora e quem tem interesse em tornar nosso espaço urbano um local com melhor qualidade de vida.


Confira a entrevista do Sr. Gusmão clicando na imagem abaixo.

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