A professora Dra. Elisabete Brocki, moradora da Rua Comandante Eyner Encarnação, por volta das 14h da última quinta-feira (25/10/2011), teve o seu carro levado por dois marginais quando saia de casa na companhia de seu filho.
O bandido que a abordou, enquanto um segundo dava cobertura ao mesmo em uma moto, aparentava ter idade entre 25 e 30 anos e teve sua ação filmada por uma câmera de circuito fechado da vizinhança, que agora será periciada pela polícia na tentativa de identificar os marginais.
A Dra. Elisabete Brocki, que é moradora de nosso Conjunto Santos Dumont há mais de vinte anos, disse-nos que apesar de ser uma pessoa precavida quanto aos cuidados que se deve ter na chegada e saída de sua residência, em decorrência do horário que ocorreu a abordagem, ou seja, em plena luz do dia, parecia improvável que pudesse ser vítima de um assalto naquela hora da tarde.
A nossa atuação no mapeamento da violência nas ruas do Conjunto Santos Dumont tem demonstrado a audácia dos bandidos que não mais buscam o manto da noite para esconderem-se, tão pouco se intimidam com o pleno horário de expediente da Secretaria de Segurança que fica na entrada de nosso conjunto. Sinceramente, a ação de marginais a luz do dia e no horário de trabalho desse nosso vizinho tão ilustre, chega a ser um escárnio, ou mesmo um deboche, uma afronta ao estado de direito e um aviso claro a população que não há lugar seguro nesta cidade, como bem salientou a Dra. Elisabete em entrevista concedida a Amipaz.
Nesta entrevista que fizemos com esta mais recente vítima da violência em nosso conjunto, tratamos o ocorrido chamando-o de "episódio", cujo termo se refere a um acontecimento solto, isolado, mas pertencente a uma série de outros fatos correlacionados, dando um sentido de continuidade. Desta forma, a pergunta que devemos nos fazer é: Quem serão os atores do próximo episódio?
Estamos articulando com nossos amigos influentes com as autoridades públicas uma nova reunião de moradores com a cúpula da segurança do Estado, juntamente com os agentes de segurança de nosso conjunto (Polícia Militar e Polícia Civil) e também com representantes do governo municipal (infraestrutura), na qual pretendemos mostrar este nosso trabalho e apresentar as seguintes propostas para amenizar a ação dos marginais em nosso conjunto e bairro.
- Câmeras do CIOPS nas ruas principais de acesso e saída (Governo do Estado);
- Placas de sinalização das ruas que há mais de um ano vem sendo solicitado (Governo Municipal);
- Cronograma de limpeza das ruas do conjunto e praças que seja de conhecimento público, não ficando o Santos Dumont com aspecto de abandono (Governo Municipal);
- PROERD na escola Olga Falcone, prometido na ultima reunião no conjunto que não pode ficar no esquecimento (Governo do Estado);
- O que pode fazer de imediato a Polícia Militar e Civil em relação aos assaltos que ocorrem no conjunto, sem que fiquemos na promessa vazia que um dia se tenha aqui a tal de “Ronda dos Bairros” (Governo do Estado).
A reunião está sendo articulada para ocorrer no próximo dia 10 de novembro (quinta-feira) tendo inicio às 19h30min., no Restaurante Bom Sabor, mas ainda esperamos confirmação das autoridades convidadas. Esperamos em breve ter essa confirmação para que possamos divulgar de maneira mais efetiva, por meio de nosso e-mail de contato, envio de SMS para celulares, convite na caixa de correio de moradores e carro de som nas ruas do conjunto. Isto tudo se as forças do mal não conspirarem contra a realização de nossa reunião.
Confira abaixo a entrevista que fizemos com a Dra. Elisabete Brocki na qual, além de um relato do ocorrido, faz uma reflexão analítica e muito pertinente do problema da segurança em nosso Conjunto Santos Dumont e na cidade de Manaus.
domingo, 30 de outubro de 2011
sábado, 22 de outubro de 2011
Limpeza e capinação da Praça Lateral a Rua Comandante Paulo Lasmar
A Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp), realizou neste sábado (22/10) limpeza na praça lateral a Rua Comandante Paulo Lasmar.
De acordo com um dos encarregados, Senhor Jean, a limpeza foi solicitada pela Secretaria Municipal de Saúde - SEMSA (antigo IMPAS), portanto se trata somente de uma limpeza da entrada da Secretaria, não tendo continuidade para a praça de caminhada, nem para as demais adjacências de nosso conjunto.
O Senhor Jean informou que para saber quando ocorrerá o multirão de limpeza é necessário ligar para o telefone 3214-8115 para obter maiores informações. O multirão de limpeza, no que se refere a retirada de entulhos das residências como é feito nos bairros, não foi realizado no Conjunto Santos Dumont nem quando estávamos no auge da epidemia de dengue, portanto, em um próximo cronograma de limpeza o Santos Dumont deveria constar como o primeiro da lista.
Convidamos todos os moradores do Conjunto Santos Dumont a ligar para o telefone de serviços da Semulsp, solicitando a limpeza de nosso conjunto, pois somente assim que será possível haver a limpeza, ou pelo menos acelerá-la.
Abaixo segue entrevista com o Senhor Jean, encarregado da limpeza no local e fotos alegres e descontraídas de nossos amigos Servidores da Limpeza Pública.
De acordo com um dos encarregados, Senhor Jean, a limpeza foi solicitada pela Secretaria Municipal de Saúde - SEMSA (antigo IMPAS), portanto se trata somente de uma limpeza da entrada da Secretaria, não tendo continuidade para a praça de caminhada, nem para as demais adjacências de nosso conjunto.
O Senhor Jean informou que para saber quando ocorrerá o multirão de limpeza é necessário ligar para o telefone 3214-8115 para obter maiores informações. O multirão de limpeza, no que se refere a retirada de entulhos das residências como é feito nos bairros, não foi realizado no Conjunto Santos Dumont nem quando estávamos no auge da epidemia de dengue, portanto, em um próximo cronograma de limpeza o Santos Dumont deveria constar como o primeiro da lista.
Convidamos todos os moradores do Conjunto Santos Dumont a ligar para o telefone de serviços da Semulsp, solicitando a limpeza de nosso conjunto, pois somente assim que será possível haver a limpeza, ou pelo menos acelerá-la.
Abaixo segue entrevista com o Senhor Jean, encarregado da limpeza no local e fotos alegres e descontraídas de nossos amigos Servidores da Limpeza Pública.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Morador da Rua Cmte. Eyner Encarnação sofre tentativa de assalto
Nessa última terça-feira (11/10), já no final da tarde, o Sr. Luiz, morador a 28 anos na rua Eyner Encarnação sofre tentativa de assalto quando fechava a garagem de sua casa.
Dois marginais armados subiam a rua quando viram o Sr. Luiz saindo de carro de sua casa. No entanto, como o Sr. Luiz já sofreu 17 assaltos, portanto já calejado com este tipo de situação, ao sair de casa observa os movimentos suspeitos na rua antes de abrir sua garagem. Naquele dia não foi diferente, ou seja, como estava alerta, conseguiu com muito sangue frio fechar o portão a tempo e refugiar-se dentro de sua casa.
O Sr. Luiz relatou que o último assalto sofrido foi no dia 20 de Julho do ano passado, no mesmo dia que acontecia a reunião de segurança no Chapéu de Palha, quando boa parte da cúpula da segurança pública estava reunida aqui em nosso conjunto. É bem verdade que pouco evoluimos na questão da segurança em nosso conjunto e nos últimos meses temos vivido um estado de acirramento de assaltos e roubos em nossas ruas. Faltam propostas concretas que possam atingir todos os moradores e garantir um mínimo de paz e sossego.
O Sr. Luiz, que no momento que nos atendeu preparava para colocar um holofote para melhor iluminar a frente de sua casa, finalizou a entrevista falando de sua experiência comprovada da falta de infraestrutura da Polícia Militar e as promessas não cumpridas de políticas públicas de segurança pelo Governo do Estado.
Abaixo assista a entrevista na íntegra com o Senhor Luiz.
domingo, 16 de outubro de 2011
Família é assaltada na Rua Comandante Paulo Varela
No dia 19 de setembro, por volta das 21h, a residência de Maria Laranhaga, localizada na Rua Comandante Paulo Varela, foi invadida por três marginais, sendo dois deles armados, rendendo a moradora, suas duas filhas (16 e 23 anos) e o irmão (43 anos), que estava de visita e hospedado na casa das vítimas. Os facínoras aproveitaram que a casa está passando por reformas e sem o portão, permitindo a ação dos bandidos.
Os marginais, todos aparentando idade entre 19 a 23 anos, levaram vários eletrodomésticos e eletroeletrônicos da residência, fugindo em seguida no automóvel de Maria, isto após confinarem a família em um dos quartos da casa.
Maria relatou que há vigias contratados na rua, mas que eles não ofereceram qualquer ajuda para impedir o assalto, alegando que a família não paga pelo seus serviços, portanto estavam isentos de socorrê-las. O que vemos é justamente o aumento de uma indústria da segurança, fato que temos alertado e que nos leva a refletir se isto na verdade não se tornará em curto prazo mais um fator de insegurança, haja vista que muitos desses seguranças são informais, portanto pouco sabemos de seus antecedentes e que muitos se aproveitem dessas situações para vender seus serviços. Pergunto: Se um morador não quiser pagar pelo serviço, poderá ter sua residência como alvo potencial da bandidagem? Fazendo uma analogia, será que o nosso sossego será invadido também por esses "agentes particulares" da mesma forma que os flanelinhas das ruas da cidade, que se você não paga para "vigiar" tem o seu veículo arranhado e depredado? Será que a segurança, que é um dever do Estado e um direito de todos nós, também será entregue ao comércio informal que invade as nossas ruas?
Não temos todas as respostas a essas perguntas, mas sabemos que a segurança comunitária não se faz somente por meio de uma ação individual de proteção. Não basta aumentar os muros, colocar arame farpado, cerca elétrica, câmeras etc., pois a partir do momento que os marginais vencem essas barreiras nada impedirá que a violência seja consumada.
Conhecer o seu vizinho, ter boa relação com os mesmos e estabelecer meios de contato direto, como troca de celular e de informações de movimentações suspeitas na rua, são mais eficientes que um monte de parafernálias eletrônicas.
Temos propostas de monitoramento eletrônico compartilhado entre moradores pela internet, bem como a instalação de um botão de pânico em residências e isto pode ser um inibidor mais efetivo, porque funciona 24 horas do dia. Além disto, devemos nos reunir para exigir melhoria do policiamento no Conjunto Santos Dumont, até mesmo com uma viatura estacionada nas vias de acesso principal do conjunto. No entanto, sabemos que isto esbarra no próprio investimento do Estado no policiamento, que hoje sabemos é insuficiente para atender toda a cidade de Manaus.
Este programa Ronda nos Bairros, prometido pelo governo do Estado, não irá nos atender de imediato e não temos confiança que realmente será implantado em curto prazo em nossas ruas. Tudo está muito no mundo das idéias, na ficção das promessas de governo, enquanto que na crua realidade de nossas ruas existe a tristeza e o desespero de famílias agredidas e humilhadas. Hoje temos mais de um assalto por semana nas ruas do Conjunto Santos Dumont e isto é mais do que suficiente para que o governo, pelo menos, buscasse implantar mais câmeras do CIOPS nas principais vias de acesso e saída do Conjunto Santos Dumont. É isto que temos que exigir de imediato!
Abaixo assista a entrevista que fizemos com esta família assaltada na Rua Comandante Paulo Varela.
Os marginais, todos aparentando idade entre 19 a 23 anos, levaram vários eletrodomésticos e eletroeletrônicos da residência, fugindo em seguida no automóvel de Maria, isto após confinarem a família em um dos quartos da casa.
Maria relatou que há vigias contratados na rua, mas que eles não ofereceram qualquer ajuda para impedir o assalto, alegando que a família não paga pelo seus serviços, portanto estavam isentos de socorrê-las. O que vemos é justamente o aumento de uma indústria da segurança, fato que temos alertado e que nos leva a refletir se isto na verdade não se tornará em curto prazo mais um fator de insegurança, haja vista que muitos desses seguranças são informais, portanto pouco sabemos de seus antecedentes e que muitos se aproveitem dessas situações para vender seus serviços. Pergunto: Se um morador não quiser pagar pelo serviço, poderá ter sua residência como alvo potencial da bandidagem? Fazendo uma analogia, será que o nosso sossego será invadido também por esses "agentes particulares" da mesma forma que os flanelinhas das ruas da cidade, que se você não paga para "vigiar" tem o seu veículo arranhado e depredado? Será que a segurança, que é um dever do Estado e um direito de todos nós, também será entregue ao comércio informal que invade as nossas ruas?
Não temos todas as respostas a essas perguntas, mas sabemos que a segurança comunitária não se faz somente por meio de uma ação individual de proteção. Não basta aumentar os muros, colocar arame farpado, cerca elétrica, câmeras etc., pois a partir do momento que os marginais vencem essas barreiras nada impedirá que a violência seja consumada.
Conhecer o seu vizinho, ter boa relação com os mesmos e estabelecer meios de contato direto, como troca de celular e de informações de movimentações suspeitas na rua, são mais eficientes que um monte de parafernálias eletrônicas.
Temos propostas de monitoramento eletrônico compartilhado entre moradores pela internet, bem como a instalação de um botão de pânico em residências e isto pode ser um inibidor mais efetivo, porque funciona 24 horas do dia. Além disto, devemos nos reunir para exigir melhoria do policiamento no Conjunto Santos Dumont, até mesmo com uma viatura estacionada nas vias de acesso principal do conjunto. No entanto, sabemos que isto esbarra no próprio investimento do Estado no policiamento, que hoje sabemos é insuficiente para atender toda a cidade de Manaus.
Este programa Ronda nos Bairros, prometido pelo governo do Estado, não irá nos atender de imediato e não temos confiança que realmente será implantado em curto prazo em nossas ruas. Tudo está muito no mundo das idéias, na ficção das promessas de governo, enquanto que na crua realidade de nossas ruas existe a tristeza e o desespero de famílias agredidas e humilhadas. Hoje temos mais de um assalto por semana nas ruas do Conjunto Santos Dumont e isto é mais do que suficiente para que o governo, pelo menos, buscasse implantar mais câmeras do CIOPS nas principais vias de acesso e saída do Conjunto Santos Dumont. É isto que temos que exigir de imediato!
Abaixo assista a entrevista que fizemos com esta família assaltada na Rua Comandante Paulo Varela.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Morador grava depoimento sobre assalto ocorrido em sua residência
Nesta sexta-feira (14/10), conversamos com o Sr. Benedito* no momento exato que ele preparava sua mudança do Conjunto Santos Dumont.
Sua família é a mais recente vítima de assalto a residências aqui no Conjunto Santos Dumont. Não suportando mais a insegurança faz a opção de vender a sua casa e mudar para um outro local.
Veja abaixo depoimento gravado que explica os motivos de não mais acreditar na ação da polícia e do Estado.
(*) Nome trocado a pedido da vítima.
Sua família é a mais recente vítima de assalto a residências aqui no Conjunto Santos Dumont. Não suportando mais a insegurança faz a opção de vender a sua casa e mudar para um outro local.
Veja abaixo depoimento gravado que explica os motivos de não mais acreditar na ação da polícia e do Estado.
(*) Nome trocado a pedido da vítima.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Casa é assaltada na Rua Comandante Eyner Encarnação
Na quinta-feira da semana passada (6.10), mais uma família foi vitima de assalto a sua residência no Conjunto Santos Dumont. O assalto ocorreu na Rua Comandante Eyner Encarnação por volta das 21h, quando Gustavo*, que chegava da faculdade, desceu para abrir o portão da garagem e foi surpreendido por três bandidos, sendo dois deles armados com revolver.
Após forçarem Gustavo* a entrar em sua residência, renderam em seguida Celeste* e Benedito*, pais de Gustavo*, levando-os para um dos cômodos da casa e os amarrando nos pés e mãos, sob ameaça constante de uma arma apontada para a cabeça de Gustavo*. Com o domínio da situação, os bandidos tiveram toda paciência para levarem vários eletro-eletrônicos da família, levando na fuga o automóvel de Gustavo*.
Na manhã desta quinta-feira (13/10), conversamos com Celeste* que ainda muito abalada emocionalmente não quis gravar depoimento, nem mesmo sem mostrar o rosto, pois ainda está muito traumatizada com a violência sofrida e teme represália dos marginais. No entanto, permitiu que relatássemos os fatos com o pedido que não divulgássemos seus nomes verdadeiros. Celeste* lamentou que a proximidade com a Secretaria de Segurança, que fica poucos metros da Rua Cmte. Eyner Encarnação, não intimida os marginais que agem na certeza da impunidade e finalizou dizendo que está de mudança do Conjunto Santos Dumont, pois, após o ocorrido, vê grande possibilidade do fato voltar a repetir-se.
Quando estivemos na casa desta família vítima desta brutal violência, não estava presente o Sr. Benedito*, mas segundo a Sra. Celeste* é pouco provável que o mesmo queira gravar um depoimento. No entanto, ainda assim vamos tentar uma nova aproximação, levando nossa solidariedade e colocando-nos a disposição para ajudar no que estiver ao nosso alcance e respeitando sempre a vontade dessa família.
Esta nossa caminhada conversando com as diversas vítimas de assaltos violentos ocorridos aqui em nosso conjunto, além de revoltar-nos com o descaso com o cidadão comum, que não recebe a devida atenção das autoridades policiais, fica o sentimento da mais completa impunidade, pois sabemos que quando a polícia realmente deseja, ela encontra e prende os marginais, assim como foi o caso dos assassinos do policial civil, bem como solucionando com extrema rapidez os assaltos ocorridos em residência de personalidades de nossa sociedade.
Aos nossos amigos e vizinhos do Conjunto Santos Dumont, gostaríamos de dizer que ainda temos uns aos outros, portanto, ainda não desistimos de tentar vencer esta luta tão desigual. Sabemos que o único caminho para iniciarmos uma resposta é por meio da informação, da prontidão e da união de todos.
(*) Os nomes foram trocados a pedido da família.
Após forçarem Gustavo* a entrar em sua residência, renderam em seguida Celeste* e Benedito*, pais de Gustavo*, levando-os para um dos cômodos da casa e os amarrando nos pés e mãos, sob ameaça constante de uma arma apontada para a cabeça de Gustavo*. Com o domínio da situação, os bandidos tiveram toda paciência para levarem vários eletro-eletrônicos da família, levando na fuga o automóvel de Gustavo*.
Na manhã desta quinta-feira (13/10), conversamos com Celeste* que ainda muito abalada emocionalmente não quis gravar depoimento, nem mesmo sem mostrar o rosto, pois ainda está muito traumatizada com a violência sofrida e teme represália dos marginais. No entanto, permitiu que relatássemos os fatos com o pedido que não divulgássemos seus nomes verdadeiros. Celeste* lamentou que a proximidade com a Secretaria de Segurança, que fica poucos metros da Rua Cmte. Eyner Encarnação, não intimida os marginais que agem na certeza da impunidade e finalizou dizendo que está de mudança do Conjunto Santos Dumont, pois, após o ocorrido, vê grande possibilidade do fato voltar a repetir-se.
Quando estivemos na casa desta família vítima desta brutal violência, não estava presente o Sr. Benedito*, mas segundo a Sra. Celeste* é pouco provável que o mesmo queira gravar um depoimento. No entanto, ainda assim vamos tentar uma nova aproximação, levando nossa solidariedade e colocando-nos a disposição para ajudar no que estiver ao nosso alcance e respeitando sempre a vontade dessa família.
Esta nossa caminhada conversando com as diversas vítimas de assaltos violentos ocorridos aqui em nosso conjunto, além de revoltar-nos com o descaso com o cidadão comum, que não recebe a devida atenção das autoridades policiais, fica o sentimento da mais completa impunidade, pois sabemos que quando a polícia realmente deseja, ela encontra e prende os marginais, assim como foi o caso dos assassinos do policial civil, bem como solucionando com extrema rapidez os assaltos ocorridos em residência de personalidades de nossa sociedade.
Aos nossos amigos e vizinhos do Conjunto Santos Dumont, gostaríamos de dizer que ainda temos uns aos outros, portanto, ainda não desistimos de tentar vencer esta luta tão desigual. Sabemos que o único caminho para iniciarmos uma resposta é por meio da informação, da prontidão e da união de todos.
(*) Os nomes foram trocados a pedido da família.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Manifestação de Estudantes contra o Aumento da Tarifa de Ônibus em Manaus
Nessa última terça-feira (11/10), por volta das 18h, grupo de estudantes fizeram manifestação contra o aumento da passagem de ônibus em Manaus. Mesmo debaixo de chuva os estudantes pararam a Av. Joaquim Nabuco, em frente a Unidade VI da Uninorte, por meia-hora, na qual debaixo de buzinas expressavam sua indignação pelo aumento da tarifa de ônibus, cujo serviço que serve Manaus é um dos piores entre as capitais do país.
A aumento da passagem passa a vigorar a partir desta quarta-feira (12/10), ainda que o Tribunal de Justiça do Amazonas tenha acatado liminar revogando a majoração da tarifa. As empresas de ônibus e a Prefeitura de Manaus alegam que não foram notificadas, portanto o aumento ainda está em vigor.
Veja abaixo imagens da manifestação.
A aumento da passagem passa a vigorar a partir desta quarta-feira (12/10), ainda que o Tribunal de Justiça do Amazonas tenha acatado liminar revogando a majoração da tarifa. As empresas de ônibus e a Prefeitura de Manaus alegam que não foram notificadas, portanto o aumento ainda está em vigor.
Veja abaixo imagens da manifestação.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Entrevista com Osnir Gusmão, coordenador de reuniões comunitárias no Bairro Dom Pedro
Nessa última segunda-feira (3/10), fizemos uma entrevista com Osnir Gusmão, morador do Bairro Dom Pedro há 32 anos, que é o coordenador das reuniões que abordam a segurança do Bairro, além de tratarem de outros assuntos comunitários.
As reuniões iniciaram depois do acirramento dos roubos a residências, comércios e diversos assaltos registrados nas ruas do Dom Pedro, com muita semelhança do que ocorre aqui em nosso conjunto e demais bairros de Manaus. No entanto, não se pode deixar de traçar algumas semelhanças entre o Dom Pedro e o Conjunto Santos Dumont, dentre elas:
- Ambos tem mais de 30 anos de existência e são tradicionais na cidade de Manaus.
- O Dom Pedro abriga o Quartel da Cavalaria da PM, assim como o Cj. Santos Dumont tem como vizinho a Sede da Secretaria de Segurança do Amazonas, mas mesmo assim não torna nosso conjunto mais seguro, assim como o Quartel da Cavalaria também não o torna o Dom Pedro.
- As reuniões de segurança no Dom Pedro foram iniciadas por iniciativa dos moradores, face a atuação "inapta" da Associação dos Moradores do Dom Pedro, conforme disse em entrevista o Sr. Gusmão.
O Sr. Gusmão em entrevista relatou que o apoio instucional que desejam da Associação dos Moradores do Dom Pedro está sendo perseguido pelo interesse dos moradores na sucessão da diretoria, mas que não há boa vontade do atual presidente em abrir as regras da transição. Em face disto, o modelo de reuniões do Dom Pedro iniciou com o apadrinhamento de um político, que se explica pela ausência do envolvimento da Associação dos Moradores do Dom Pedro na questão da violência, haja vista que os moradores desejando serem ouvidos pelo poder público, sentem a necessidade de um respaldo institucional que não é oferecido pela Associação dos Moradores. Neste ponto, a experiência dos moradores do Dom Pedro não é semelhante a nossa, pelo menos a que se refere as reuniões da Amipaz, pois o processo que resultou na união de moradores em nosso conjunto iniciou com o respaldo institucional da Igreja, que ainda hoje é o fator que nos identifica na comunidade, apesar de não sermos um grupo exclusivamente católico. É preciso lembrar que os comunitários procuraram a Associação dos Moradores do Conj. Santos Dumont em um segundo momento, a partir do instante que houve a decisão de expandir nossas reuniões não somente para os membros da Igreja, mas desejosos que todos os moradores, independente do credo ou religião, pudessem participar também de nossas decisões. Vale ressaltar que o apadriamento político foi sugerido em reunião da Amipaz também como alternativa, mas o grupo rejeitou a ideia, justamente porque se tinha o respaldo da Igreja, assim como em segundo momento da Associação dos Moradores do Conj. Santos Dumont, que em 2010 na gestão do Sr. Djalma Cavalcante, apoiou e colaborou em ações conjuntas com a Amipaz. Desta forma, a Amipaz como movimento social (leia-se grupo de moradores) tinha todo o apoio institucional que necessitava prescindindo ao apoio, ou ao apadrinhamento político. A experiência do Dom Pedro neste ponto é diferente do que foi realizado aqui.
No entanto, conforme diz o Sr. Gusmão em entrevista abaixo, o apadriamento político como solução de representatividade institucional não substitui a necessária participação comunitária em reuniões de planejamento da segurança e demais problemas do bairro, haja vista que o papel do político é simplesmente fazer ecoar as reivindicações, pois não é crível que o mesmo possa dizer que vai resolver todos os problemas, ou mesmo dizer que esteja a par do que acontece em cada rua de nosso conjunto. Somente saberá verdadeiramente dizer o que se passa por aqui é quem mora e quem tem interesse em tornar nosso espaço urbano um local com melhor qualidade de vida.
Confira a entrevista do Sr. Gusmão clicando na imagem abaixo.
As reuniões iniciaram depois do acirramento dos roubos a residências, comércios e diversos assaltos registrados nas ruas do Dom Pedro, com muita semelhança do que ocorre aqui em nosso conjunto e demais bairros de Manaus. No entanto, não se pode deixar de traçar algumas semelhanças entre o Dom Pedro e o Conjunto Santos Dumont, dentre elas:
- Ambos tem mais de 30 anos de existência e são tradicionais na cidade de Manaus.
- O Dom Pedro abriga o Quartel da Cavalaria da PM, assim como o Cj. Santos Dumont tem como vizinho a Sede da Secretaria de Segurança do Amazonas, mas mesmo assim não torna nosso conjunto mais seguro, assim como o Quartel da Cavalaria também não o torna o Dom Pedro.
- As reuniões de segurança no Dom Pedro foram iniciadas por iniciativa dos moradores, face a atuação "inapta" da Associação dos Moradores do Dom Pedro, conforme disse em entrevista o Sr. Gusmão.
O Sr. Gusmão em entrevista relatou que o apoio instucional que desejam da Associação dos Moradores do Dom Pedro está sendo perseguido pelo interesse dos moradores na sucessão da diretoria, mas que não há boa vontade do atual presidente em abrir as regras da transição. Em face disto, o modelo de reuniões do Dom Pedro iniciou com o apadrinhamento de um político, que se explica pela ausência do envolvimento da Associação dos Moradores do Dom Pedro na questão da violência, haja vista que os moradores desejando serem ouvidos pelo poder público, sentem a necessidade de um respaldo institucional que não é oferecido pela Associação dos Moradores. Neste ponto, a experiência dos moradores do Dom Pedro não é semelhante a nossa, pelo menos a que se refere as reuniões da Amipaz, pois o processo que resultou na união de moradores em nosso conjunto iniciou com o respaldo institucional da Igreja, que ainda hoje é o fator que nos identifica na comunidade, apesar de não sermos um grupo exclusivamente católico. É preciso lembrar que os comunitários procuraram a Associação dos Moradores do Conj. Santos Dumont em um segundo momento, a partir do instante que houve a decisão de expandir nossas reuniões não somente para os membros da Igreja, mas desejosos que todos os moradores, independente do credo ou religião, pudessem participar também de nossas decisões. Vale ressaltar que o apadriamento político foi sugerido em reunião da Amipaz também como alternativa, mas o grupo rejeitou a ideia, justamente porque se tinha o respaldo da Igreja, assim como em segundo momento da Associação dos Moradores do Conj. Santos Dumont, que em 2010 na gestão do Sr. Djalma Cavalcante, apoiou e colaborou em ações conjuntas com a Amipaz. Desta forma, a Amipaz como movimento social (leia-se grupo de moradores) tinha todo o apoio institucional que necessitava prescindindo ao apoio, ou ao apadrinhamento político. A experiência do Dom Pedro neste ponto é diferente do que foi realizado aqui.
No entanto, conforme diz o Sr. Gusmão em entrevista abaixo, o apadriamento político como solução de representatividade institucional não substitui a necessária participação comunitária em reuniões de planejamento da segurança e demais problemas do bairro, haja vista que o papel do político é simplesmente fazer ecoar as reivindicações, pois não é crível que o mesmo possa dizer que vai resolver todos os problemas, ou mesmo dizer que esteja a par do que acontece em cada rua de nosso conjunto. Somente saberá verdadeiramente dizer o que se passa por aqui é quem mora e quem tem interesse em tornar nosso espaço urbano um local com melhor qualidade de vida.
Confira a entrevista do Sr. Gusmão clicando na imagem abaixo.
domingo, 2 de outubro de 2011
Opinião: É só uma questão de oferta e procura?
Na semana que passou entrevistamos a Sra. Fátima Paiva, moradora da Rua Cel. Silvino Cavalcante, que declarou que desejava colocar sua casa a venda, além de indicar que outras residências estavam na mesma situação.
A partir dessa entrevista, resolvemos percorrer as doze ruas que compõem o Conjunto Santos Dumont a fim de registrar quantas casas possuíam anúncios de venda em sua fachada. O resultado desta pesquisa apontou sete casas a venda, ou seja, a oferta de imóveis a venda é generosa, mas resta saber se há procura e se há pessoas interessadas em adquirir um imóvel em nosso conjunto. No entanto, não basta somente haver compradores interessados, mas saber se a proposta de valor de venda agrada o comprador e se não há, não somente no Conjunto Santos Dumont, outras opções de igual valor em imóveis similares e em locais também aprazíveis.
Faz dois anos eu encontrava-me na posição de comprador e desejava comprar uma casa depois de anos morando em apartamento e, após uma longa procura, já estava decepcionado com o valor de imóveis em Manaus, pois quando o local era bom a casa era péssima, ou quando a residência era bonitinha a localização era horrível. Isto considerando a faixa de preço que tinha como meta, haja vista que é possível encontrar boa localização e uma bela casa, mas com um preço incompatível com o meu bolso.
Acabei encontrando aqui no Santos Dumont um imóvel com ótima localização, precisando de reformas, mas habitável e com um valor que cabia nas minha possibilidades. Na perspectiva do comprador a oferta estava mais que boa, mas levando em consideração a perspectiva do vendedor, fiquei sabendo que a casa foi-me vendida com deságio de 40%, ou seja, a casa ficou muito tempo a venda e sem um comprador em potencial o preço foi caindo, caindo até ser adquirido por minha família.
Não pensamos em vender nossa casa, mas nos preocupamos com a quantidade de imóveis a venda e o que isto pode representar em desvalorização dos imóveis em nosso conjunto e, mais ainda, se tudo isto não está relacionado com a violência, com o abandono de nossas áreas públicas e tudo mais que pode ser visto como depreciativo e ruim para a imagem do Conjunto Santos Dumont.
Quando me motivo a ser mais um a lutar pela segurança em nosso conjunto, buscando apoio em outros moradores que igualmente preocupam-se com este tema, não é uma luta baseada somente na valorização dos imóveis, apesar de ser um fator que deve ser sempre levado em consideração em nossa análise. Acreditamos na valorização da vida, na justiça, na relação harmônica de interesses que realmente sejam comunitários, isentos da sobreposição de interesses pessoais acima do interesse comum. Aliás, abdicar de interesses particulares em prol dos interesses coletivos não é um exercício usual, pois sempre será muito mais confortável tentar encaixar as necessidades comunitárias ao próprio interesse particular. No entanto, quem pensa desta forma está fadado a ficar isolado, pois o relacionar-se em comunidade é buscar o consenso como ferramenta de bem-viver. Ninguém pode pretender ter a solução de tudo, ou achar que é totalmente suficiente em qualquer assunto, pois é justamente nesta armadilha que se fecham os ditadores, que se colocam ao lado de bajuladores e de costas para as necessidades reais de quem deveriam servir.
Nesta luta contra a violência ajuda muito nossa união, ou em último caso, vender nossas casas a preço de banana e buscar um outro local para viver sem a garantia que o problema tenha sido resolvido, afinal não é somente aqui que a violência existe, mas pode ser aqui que saia o exemplo de como uma comunidade unida pode vencer o aumento da bandidagem.
João Lago
Administrador, professor e morador do Cj. Santos Dumont
sábado, 1 de outubro de 2011
Manaustrans atendendo pedido da Amipaz pinta faixa de pedestres
Nessa última sexta-feira (30/9), a Manaustrans atendendo a um pedido da Amipaz, por volta das 22h, pintou faixas de segurança e de sinalização de solo "PARE", na Rua Comandante Carlos Nattrodt, nas proximidades da Escola Olga Falcone.
A Amipaz entregou Ofício ao Presidente da Manaustrans, Cel. Walter Cruz, no dia 11 de agosto, solicitando uma lombada para o local, haja vista o grande fluxo de veículos que colocam em risco a vida de crianças e adolescentes que frequentam a Escola Olga Falcone.
Na impossibilidade de sermos atendidos de imediato com a construção de duas lombadas, a Manaustrans instala faixas e sinalizações de solo como forma de chamar atenção dos motoristas para que reduzam a velocidade no local, considerando ainda a campanha "Tô na Faixa" promovida pela Prefeitura de Manaus, que visa mudar o hábito dos motoristas em relação ao desrespeito à faixa de pedestres.
Abaixo registramos fotos do trabalho da Manaustrans na sexta noite e o resultado final do serviço.
A Amipaz entregou Ofício ao Presidente da Manaustrans, Cel. Walter Cruz, no dia 11 de agosto, solicitando uma lombada para o local, haja vista o grande fluxo de veículos que colocam em risco a vida de crianças e adolescentes que frequentam a Escola Olga Falcone.
Na impossibilidade de sermos atendidos de imediato com a construção de duas lombadas, a Manaustrans instala faixas e sinalizações de solo como forma de chamar atenção dos motoristas para que reduzam a velocidade no local, considerando ainda a campanha "Tô na Faixa" promovida pela Prefeitura de Manaus, que visa mudar o hábito dos motoristas em relação ao desrespeito à faixa de pedestres.
Abaixo registramos fotos do trabalho da Manaustrans na sexta noite e o resultado final do serviço.
Mais um Assalto em Setembro na Rua Cel. Silvino Cavalcante - Cj. Santos Dumont
No último dia 26/9 (segunda-feira), mais uma família foi assaltada quando chegava em casa. O Senhor Irineu(*) e sua esposa Senhora Salete(*) por volta das 20h20min., foram surpreendidos e abordados por três elementos armados, todos aparentando idade entre 20 e 22 anos, que anunciaram o assalto e entraram na residência do casal, que fica localizada na Rua Cel. Silvino Cavalcante - Conjunto Santos Dumont.
Os marginais não agiram com violência física, mas o tempo que passaram na residência do casal os intimidaram com palavras e os mantiveram sob a mira de armas de fogo durante aproximadamente uma hora, tempo este de duração do assalto. Segundo declaração do casal, que não quis gravar entrevista em vídeo, os três elementos estavam normalmente vestidos, portanto passariam despercebidos sem levantar suspeitas. No entanto, foi o fator surpresa da ação dos marginais que mais chamou atenção das vítimas, que não souberam precisar se os bandidos chegaram á pé, ou se saíram de algum dos vários automóveis estacionados na rua naquele momento. Neste aspecto, as vítimas reclamaram da existência de um escritório de uma Construtora que funciona naquela rua, na qual em dia de pagamento várias pessoas ocupam as ruas e calçadas, o que não dá sossego e segurança para quem chega ou sai de casa.
Após o assalto, as vítimas ligaram para o 190 que não demorou a chegar a viatura policial, mas em contato com os militares que atenderam a chamada, a velha ladainha da falta de estrutura policial foi repetida, quando um dos policiais disse que a inexistência de um policiamento ostensivo se deve a precária infraestrutura da polícia, mais precisamente no caso de nossa região, a existência de uma viatura para o policiamento de doze bairros.
O mês de Setembro finalizou com o registro de quatro assaltos ocorridos no Conjunto Santos Dumont, apesar que moradores informarem que deixamos de registrar alguns por desconhecimento, ou seja, é muito provável que outras famílias que tenham sido vítimas estejam fora desta triste estatística.
(*) Nomes fictícios, haja vista que o casal não deseja que os seus nomes verdadeiros sejam divulgados.
Moradora da Rua Silvino Cavalcante, que já foi assaltada mais de três vezes, grava depoimento na qual expressa seu desejo de colocar sua casa a venda e ir morar em condomínio fechado.
Assista abaixo o depoimento da Sra. Fátima Paiva que relata seu descontentamento com a segurança de nosso conjunto.
Os marginais não agiram com violência física, mas o tempo que passaram na residência do casal os intimidaram com palavras e os mantiveram sob a mira de armas de fogo durante aproximadamente uma hora, tempo este de duração do assalto. Segundo declaração do casal, que não quis gravar entrevista em vídeo, os três elementos estavam normalmente vestidos, portanto passariam despercebidos sem levantar suspeitas. No entanto, foi o fator surpresa da ação dos marginais que mais chamou atenção das vítimas, que não souberam precisar se os bandidos chegaram á pé, ou se saíram de algum dos vários automóveis estacionados na rua naquele momento. Neste aspecto, as vítimas reclamaram da existência de um escritório de uma Construtora que funciona naquela rua, na qual em dia de pagamento várias pessoas ocupam as ruas e calçadas, o que não dá sossego e segurança para quem chega ou sai de casa.
Após o assalto, as vítimas ligaram para o 190 que não demorou a chegar a viatura policial, mas em contato com os militares que atenderam a chamada, a velha ladainha da falta de estrutura policial foi repetida, quando um dos policiais disse que a inexistência de um policiamento ostensivo se deve a precária infraestrutura da polícia, mais precisamente no caso de nossa região, a existência de uma viatura para o policiamento de doze bairros.
O mês de Setembro finalizou com o registro de quatro assaltos ocorridos no Conjunto Santos Dumont, apesar que moradores informarem que deixamos de registrar alguns por desconhecimento, ou seja, é muito provável que outras famílias que tenham sido vítimas estejam fora desta triste estatística.
(*) Nomes fictícios, haja vista que o casal não deseja que os seus nomes verdadeiros sejam divulgados.
Moradora da Rua Silvino Cavalcante, que já foi assaltada mais de três vezes, grava depoimento na qual expressa seu desejo de colocar sua casa a venda e ir morar em condomínio fechado.
Assista abaixo o depoimento da Sra. Fátima Paiva que relata seu descontentamento com a segurança de nosso conjunto.
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