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domingo, 12 de abril de 2015

Vinte e oito dias, foi cedo demais.



A frase que apresento como título desta resenha eu ouvi do cantor Lobão, não em um contexto político, mas para dizer que os músicos e compositores escolhidos para representar o Brasil na França, ao que se chamou “o ano do Brasil na França” (2005), foram escolhidos simplesmente porque faziam a velha repetição de uma música que, desde a bossa nova e o tropicalismo, a mídia de modo geral a escolheu como ícone da musicalidade brasileira.

Nesse domingo (12/4) eu resolvi não sair às ruas para protestar, não porque já não tenha mais motivo para tal, ou que me tenha dado como satisfeito com a pantomima que o governo Dilma preparou como resposta as manifestações havidas em 15 de março, ou com a atitude de Renan Calheiros e Eduardo Cunha, presidentes do Senado e Câmara respectivamente, ambos surfando na insatisfação popular com a volta da inflação, juros altos e desemprego para chantagear o PT e Dilma. Para mim, assim como para a maioria dos brasileiros minimamente informados, esse povo todo não nos representa. Assim, no vazio que existe de vozes que possam catalisar a insatisfação popular, a mídia busca criar representantes dos movimentos das ruas, e a bola da vez é Rogério Chequer, intitulado líder do “movimento vem para rua” que tem base de divulgação as mídias sociais na internet.

Fazendo um retrospecto, em passado recente a mídia criou a expressão “cara-pintada” e precisava de um ícone jovem que pudesse representar o movimento “fora Collor”, foi neste contexto que escolheram Lindbergh Farias, a época com vinte e dois anos e presidente da UNE – União Nacional dos Estudantes.  Passados 23 anos, Lindbergh foi eleito senador pelo PT-RJ e agora arrolado como investigado pela Operação Lava a Jato juntamente com o senador Fernando Collor (PTB-AL) a quem combateu, ambos acusados de haverem utilizado dinheiro desviado da Petrobras em suas campanhas milionárias. Não desejo passar-me como vidente e expressar que Rogério Chequer de hoje é o Lindbergh Farias de ontem, mas elegê-lo como líder de um movimento tão amorfo é no mínimo uma temeridade causualista. Primeiramente porque achava previsível que o movimento não iria crescer e que menos pessoas iriam sair às ruas nesse domingo, passando uma falsa impressão que está passando a indignação, ou que os ânimos estão arrefecendo. Minha análise é simples, primeiro a falta de representatividade para aqueles que possuem uma avaliação da política similar a minha e que acreditam que os movimentos sociais podem até se servirem das mídias sociais na internet, mas aqueles que manipulam as mídias sociais na internet não podem manipular os movimentos sociais das ruas, principalmente por serem amorfos, por se intitularem “suprapartidários”. Hoje o que vemos é uma manifestação coletiva mais baseada na concepção de um homem e sua consciência, mas que no conjunto das motivações congregam pensamentos e desejos tão díspares, para não dizer conflitantes. Nas manifestações de 15 de março havia gente pedindo a volta dos militares, outros enrustidos e camuflados representavam partidos políticos de direita e central sindical dissidente do PT, além de grupos evangélicos que encarnam o PT e Dilma como destruidores da família brasileira. Com um quadro tão amorfo, a única convergência para que se somassem era justamente o desejo de apear Dilma e o PT do governo federal. Assim, como encontrar em um meio tão eclético uma voz que possa representar todos de uma só vez? Sinceramente não será Rogério Chequer, que demonstra apenas ser mais um entre tantos e que se aproveita do interesse da imprensa na busca de um “líder”. O grande erro foram as péssimas escolhas que fizemos ao elegermos nossos representantes no Congresso Nacional, pois legitimamente todos fogem da responsabilidade de liderarem qualquer movimento das ruas, ou por incompetência, ou porque estejam comprometidos com a corrupção. A corrupção promovida pelo PT foi tão nefasta para o consciente coletivo brasileiro, que talvez tenhamos mais duas décadas de análise para acreditar novamente que possa surgir na política uma liderança legítima e popular que realmente deseje fazer deste país um lugar melhor para todos os brasileiros. Não desejamos a repetição da velha e pérfida política, pois ensejamos ouvir novas canções que possam nos trazer novamente esperança.

Por enquanto, apenas posso avaliar que foi muito cedo chamar para as ruas novamente a população brasileira e, principalmente, apostar que seria muito maior. Porém, maior erro será se Dilma e o PT usarem esse arrefecimento para tripudiar em cima do sentimento de revolta do qual me incluo. Uma gracinha dela, ou de qualquer outro membro de seu politburo será a centelha que levará gente igual a mim de volta às ruas em maior número, pois esses que se intitulam “líderes” infelizmente não nos representam.

João Lago.
Administrador, professor e morador do Conjunto Santos Dumont.

Faleceu nesse sábado garçom que caiu no canal do Conjunto Santos Dumont

Nesse sábado faleceu Francisco Cardoso de Oliveira, que na quinta-feira (9.4) por volta das 23h quando retornava para casa, caiu de cima do passeio do canal que corta o Conjunto Santos Dumont.

Francisco, ao cair de uma altura de aproximadamente três metros, precisou ser socorrido pelos bombeiros para ser resgatado do local e posteriormente encaminhado ao Hospital João Lúcio.

Francisco Oliveira trabalhava como garçom em um tradicional restaurante do Conjunto Santos Dumont localizado na via principal do conjunto.

Neste momento, além de relatarmos esse fato lamentável, cumpre-nos alertar o alto grau de insegurança de quem caminha pela borda do passeio do canal, pois o mesmo não tem guarda-corpo de segurança e qualquer desequilíbrio demonstrou ser fatal.

Mais temerário ainda é que um parquinho infantil está instalado nas proximidades da borda do canal, que pode levar potencial perigo que alguma criança também caia dentro do canal.

Assim, alertamos a todos os pais que observem seus filhos pequenos e que cuidem para que os mesmos não se aproximem da borda, pois o risco é iminente.

AMIPAZ

sábado, 11 de abril de 2015

Poesia para Ray Góes

Autor: Nikolas Góes

Vó, uma palavra querida
Meu coração deve a você cada batida
Vó, eu agradeço a Deus
Por você existir
Sofreu com várias coisas
Mas não pensou em desistir

Vó, é tudo igual e
Só troca o endereço?
Então você não conhece
A mesma vó que eu conheço
Vó, sempre com posição materna
O seu único defeito é
             de não ser eterna
E por mais que eu jure não chorar
Quando eu te vejo emotiva
Já não consigo me controlar

Parintins revelou quem é você
Veio de lá menina e depois virou mulher
Fugiu de casa, nunca mais retornou
Mora aqui há muito tempo
E ainda não voltou

Aos quarenta e cinco virou serva fiel
E quase ninguém viu
Chegou a ouvir o Espírito Santo
Como Samuel ouviu

Desde os quarenta e cinco
Que você não temia
Nem o espanto noturno
Nem a flecha que voou de dia
As pessoas pensavam: De quem ela falava?
Porque tinha uma voz que você escutava
E para acabar de vez, com todo o espanto
Você disse que a voz era o Espírito Santo

Eu vou lembrar de tudo que ela me ensinou
Pedir a Deus, agradecer pelo que fui, pelo que sou
Eu vou lembrar de tudo que ela fez por mim
Por causa dela sou assim
Por ela vou até o fim.

sábado, 4 de abril de 2015

Onda de Assaltos em Rua do Conjunto Santos Dumont

Moradores da Rua Comandante Paulo Varela, localizada no Conjunto Santos Dumont, Bairro da Paz, reclamam o aumento da violência e assaltos depois da saída da ronda nos bairros das ruas do conjunto.



Medo e insegurança e onda de assaltos coloca me pânico moradores que solicitam o retorno da patrulha realizada pelas viaturas do Ronda no Bairro (veja mapa do local).
Mapa do local das ocorrências

Moradores reclamam ainda de construção abandonada, ao lado do posto de saúde da prefeitura, que se tornou local de abrigo de pessoas suspeitas que, segundo moradoras, refugiam-se para depois praticar assaltos.

Construção abandonada


Confira entrevista com moradoras.

Trecho da rua onde ocorrem os assaltos

Malhação de Judas

Segundo a antropóloga Andreia Regina Moura Mendes, em sua dissertação de mestrado sobre o rito

laico de malhação de Judas, ou queimar Judas, traduz-se em "um ritual católico que se inscreve nas celebrações da Semana Santa, período que marca simbolicamente a imolação, sacrifício e ressurreição de Jesus de Nazaré para a crença cristã". O início do registro histórico da queimação de Judas acontece no final do Século XVIII

Judas Iscariotes era um dos doze apóstolos de Cristo, que segundo o Evangelho de São João (13, 21-30) traiu Jesus. A partir dessa narrativa bíblica, a tradição diz que no sábado de aleluia, que antecede o Domingo de Páscoa, o Judas (boneco) deve apanhar e ser queimado.

Ao longo dos anos, a figura de Judas Iscariotes, como traidor por dinheiro, foi sendo incorporada à personagens temporais de uma sociedade, que encarna no Judas bíblico figuras da política, ou outros indivíduos que possam representar o mal que precisa ser eliminado.

Neste sábado de aleluia, na rua principal do Conjunto Santos Dumont, amanheceu um Judas barbudo como os seguintes dizeres: "Chefe da quadrilha - traidor do Brasil".

Não existe uma hora determinada para se cumprir a tradição de malhar esse Judas barbudo, mas o mesmo espera solitário gente disposta a dar um destino final a sua sina de boneco traidor.

Amipaz