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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Por que é importante ser chato?

Faz um bom tempo que enalteço o desenho urbano de nosso Conjunto Santos Dumont, quando o comparo com outros lugares degradados, não sendo necessário ir longe, bastando cruzar os limites das ruas que encerram este oásis com ruas largas, com três praças, sendo uma delas de caminhada, um campo de futebol e áreas verdes que nos rodeiam.

No entanto, constantemente somos ameaçados por inimigos da ordem pública que se aproveitam de uma zona de conforto que naturalmente buscamos, mas que pode ser trágica no longo prazo.

É importante que se leia o texto abaixo, pois vem ao encontro da percepção que a degradação do ambiente em que vivemos dependerá do quanto somos vigilantes para repelir pequenas ameaças que se formam e se somam em nosso cotidiano. A partir desta leitura e da exposição das fotos que seguem, veremos o quanto estamos sujeitos a repetir, em nosso Conjunto Santos Dumont, toda a desordem urbana que enfeia e entristece nossa cidade.

Após ler o texto e ver a exposição de fotos, pergunte-se: Como é que estamos deixando isto tudo acontecer?


TEORIA DAS JANELAS PARTIDAS

Há alguns anos, a Universidade de Stanford (EUA), realizou uma experiência de psicologia social. Deixou duas viaturas idênticas, da mesma marca, modelo e até cor, abandonadas na via pública. Uma no Bronx, zona pobre e conflituosa de Nova York e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia. Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada local.
Resultou que a viatura abandonada em Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram.Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta.
Mas a experiência em questão não terminou aí. Quando a viatura abandonada em Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava há uma semana impecável, os pesquisadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto. O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre. Por quê que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso? Evidentemente, não é devido à pobreza, é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais.
Um vidro partido numa viatura abandonada transmite uma idéia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação. Faz quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras. Induz ao “vale-tudo”. Cada novo ataque que a viatura so fre reafirma e multiplica essa idéia, até que a escalada de atos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.
Baseados nessa experiência, foi desenvolvida a ‘Teoria das Janelas Partidas’, que conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores. Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito.
Se se cometem ‘pequenas faltas’ (estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar com o sinal vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as faltas maiores e delitos cada vez mais graves.Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pesso as forem adultas.
Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas, estes mesmos espaços são progressivamente ocupados pelos delinquentes.
A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: lixo jogado no chão das estações, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro.
Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metrô, impulsionou uma política de ‘Tolerância Zero’. A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às norm as de convivência urbana. O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.
A expressão ‘Tolerância Zero’ soa a uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinqüente, pois aos dos abusos de autoridade da polícia deve-se também aplicar-se a tolerância zero.
Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito.Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.
Essa é uma teoria interessante e pode ser comprovada em nossa vida diária, seja em nosso bairro, na rua onde vivemos.
A tolerância zero colocou Nova York na lista das cidades seguras.
Esta teoria pode também explicar o que acontece aqui no Brasil com corrupção, impunidade, amoralidade, criminalidade, vandalismo, etc.
Reflita sobre isso!
  The police and neighborhood safety BROKEN WINDOWS by JAMES Q WILSON AND GEORGE L. KELLING
James Q. Wilson is Shattuck Professor of Government at Harvard and author of Thinking About Crime. George L. Kelling, formerly director of the evaluation field staff of the Police foundation, is currently a research fellow at the John F Kennedy School of Government Harvard

AS JANELAS PARTIDAS DO CONJUNTO SANTOS DUMONT

Um carrinho de cachorro quente está utilizando a lateral da praça diariamente, colocando mesas e cadeiras sobre a grama.

Pergunta: O que impede que outros ocupem a praça?
Ambulante ocupando a praça










Junto com o carrinho de lanche, fica a grama pisada e tampas de refrigerante ocupando o chão que vão destruindo o verde.
Tampas de metal largadas na grama
 Não somente o ocupação noturna, agora permanentemente temos uma barraca instalada na lateral da praça.
Barraca permanente na praça











Tomada ligada diretamente no poste, o popular "gato".


Toda sociedade paga quando não coíbe o furto de energia.

Foram retiradas árvores e grande quantidade de terra e depois o local foi abandonado.

Pergunta: Quem vai reparar o dano?


Terra e grama retirada para quê?











A grade lateral do campo foi derrubada e não sabemos quem é o responsável por isso?

Pergunta: Quem vai consertar o muro?


Grade do campo derrubada por quem?

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