Certa
sabedoria popular diz que amigos verdadeiros são muito mais que
irmãos, não no intuito de menosprezar os laços sanguíneos, mas
para constatar que amigos verdadeiros, ao invés dos irmãos que não
escolhemos, tem certas pessoas que entram em nossa vida e que se
tornam necessárias e que vão além do amor fraternal, muitas vezes
compulsório pela relação de parentesco.

Marilda
foi uma amiga verdadeira, dessas que o tempo somente assevera o quão
são insubstituíveis e, quando se vão, deixavam um vazio que só é
preenchido por outro sentimento: a saudade. Assim, uma forma de
trazê-la novamente para junto de mim sempre será pelas recordações
do que vivemos juntas: Nossas longas conversas, nossas viagens, o
chopp no final de tarde (ela não bebia que fique claro isto, o chopp
era meu) e, nos momentos mais difíceis, aquele ouvido que estava
sempre pronto a escutar. Amigos como Marilda são pessoas necessárias
e jamais deveria ser permitido que se fossem, mas face a inevitável
ausência, resta-nos olhar para trás e perceber que se hoje somos
pessoas melhores, foi porque nos acompanhamos de criaturas que nos
fizeram ficar assim. Muito do melhor de mim está com certeza na
contribuição que Marilda deu a minha vida.
Marilda,
a ti ofereço minha saudade, minha amizade e toda minha gratidão.
Obrigado minha amiga, Deus certamente acolheu-te em seus braços
misericordiosos, na certeza que a tua devoção a Cristo foi o teu
passaporte para a glória eterna, lugar este reservado aqueles que
pautaram sua vida na fé.
Etelvina
Pinheiro do Lago.
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