O termo “caboquice” aqui em Manaus é usado para
descrever pavulagem de “caboco”. O termo não tem o mesmo significado de
“cabloco”, que está no dicionário como mestiço de branco com índio, mas é uma
derivação pejorativa que pode descrever no substantivo o indivíduo nativo
manauara de pouca educação e instrução. Já o adjetivo traduz-se desde a falta de
compostura até o mal gosto.
O “caboco” é cheio de “leseira”, ou, como queiram,
repleto de “caboquice”, mas em uma análise não semântica sobre o que é
considerado “caboquice”, vejo que será chamado de “caboco” aquele indivíduo que
viola o padrão estético de aceitação de uma minoria, que se utiliza da criação
de rótulos para destilar seu preconceito.
Vamos a um exemplo prático e imaginar um “caboco” com um
telefone pendurado no pescoço em plena rua Marechal Deodoro (rua central de
Manaus), conhecida como “bate-palma” devido ao grande número de vendedores que
ficam do lado de fora das lojas a bater palmas chamando os fregueses a entrar.
Será o telefone pendurado no pescoço um exemplo de
“caboquice”?
Antes de responder, veja a imagem abaixo e diga
sinceramente se é, ou não é, coisa de “caboco”. Trata-se de um fone para celular
que imita um telefone antigo. No entanto, antes que concorde em chamar o
acessório de “caboquice” e pense que tirei esta foto na rua do bate palmas aqui
em Manaus, o sujeito em questão é o cantor Lenny Kravitz que atende ao seu
celular em uma rua de Manhattan em Nova Iorque. Se não sabes quem é Lenny
Kravitz, provavelmente já deves ter ouvido falar de uma das inúmeras beldades
que já namoraram o rapaz, dentre elas: Nicole Kidman, Madonna e Penélope
Cruz.


Pavulagem e “caboquices” a parte, tudo depende muito de
quem as comete.
Eita povinho besta!
João Lago
Administrador, professor e ativista social
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