Powered By Blogger

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

O ativismo de direitos civis da rede Globo

Nesta semana o ator recém formando em psicologia Vinícius Mourão, atualmente trabalhando como vendedor em uma loja de shopping center da zona norte do Rio de Janeiro, deixou a prisão após passar 16 dias encarcerado sob acusação de assaltar a bolsa de uma copeira.
Vinícius fez uma participação na novela "Lado a Lado", mas não tem sua fotografia registrada no quadro de elenco da novela no sítio da Rede Globo na internet. É bem provável, pelas fotos divulgadas de sua participação, que tenha feito um papel menor, como aquele que se abre para homens e mulheres negras nas novelas de época da TV Globo, geralmente representando a escravidão. Também é comum que negros, mulatos e pardos tenham papéis assegurados como domésticos de famílias brancas e ricas. Assim, não se pode dizer que seja uma constante a oferta de bons papéis para atores negros e a distribuição do elenco da Globo acaba também por repetir o que acontece na sociedade brasileira, na qual uma minoria branca ocupa o protagonismo.
A discriminação racial de negros, mulatos e pardos, não parece ganhar guarida no ativismo por direitos civis da Globo, tanto o quanto atualmente a emissora tem defendido em suas novelas o “ativismo gay”, quando invariavelmente há uma personagem homossexual de destaque no folhetim, ou se formam casais do mesmo sexo que trocam juras de amor eterno.
Antes que me chamem de homofóbico, devo esclarecer que defendo a união estável de pessoas do mesmo sexo para fins previdenciários e de herança, mas refuto a utilização do termo casamento, pelo princípio etimológico da palavra referir-se a união de um homem e uma mulher em um compromisso civil e religioso que assume a possibilidade da gerar filhos. Também repilo qualquer preconceito e ódio para com qualquer pessoa, por sua aparência física, cor da pele ou por sua ideologia moral e comportamental. Na verdade, as ideologias e comportamentos devem ser debatidos no campo das ideias, do que representam e as suas consequências boas, ou más, para a sociedade.
O ativismo gay da Rede Globo tem a sua razão de existir e se sobrepõe as questões raciais por estar relacionado com a estética definida no “padrão Globo de qualidade”. O preto, o gordo, o deficiente físico (de fato) não tem papel constante e de destaque nas novelas por ser considerado esteticamente prejudicado, ou no linguajar popular, representam o feio. Quando há distribuição de papéis, ficam restritos as participações e pontas em personagens menores, como escravos em novelas de época e serviçais.
A partir deste exemplo, sustento que é um absurdo a equiparação dos direitos civis garantidos aos negros igualmente para o ativismo gay, ou mesmo absurda é a comparação que gays sofrem na sociedade idêntica discriminação que sofrem os negros, mulatos e pardos. Já escrevi sobre isto, mas repito que são vários os colegas professores universitários gays, mas são poucos aqueles professores de pele negra. O mesmo acontece em outras profissões, como médicos, advogados, juízes, jornalistas, atores e diretores de televisão. São muitas as profissões de destaque que o fato de ser gay não é motivo para a não ascensão profissional e financeira, mas o mesmo não se reflete na sociedade quando o indivíduo é negro. Voltando ao caso da Rede Globo, vários são os atores, produtores, diretores, apresentadores que são homossexuais, mas quantos são aqueles em idêntica posição de destaque que sejam negros? Não vou cometer a indelicadeza de citá-los, mas posso garantir que são muitos os gays e que não se equiparam a quantidade de negros. Assim, seria plausível a distribuição de cotas para atores gays nas novelas? Ou igualmente distribuição de cotas nas universidades públicas e empregos públicos para indivíduos que se declarem gays?
Na verdade suponho que toda a ênfase que a rede Globo dá ao ativismo gay não se trata da defesa de direitos civis, mas apenas reflete a influência do lobby que grupos internos gays de destaque fazem para que a sociedade, principalmente os jovens, tenha condescendência com o assédio de homossexuais. Qualquer tipo de assédio não consentido é repugnante, mesmo aquele direcionado de um homem para uma mulher, como aquelas cantadas de cunho sexual que as mulheres sofrem nas ruas, na escola e no trabalho. No entanto, ao criminalizar a conduta moral que possa reprovar o assédio de um homossexual a qualquer pessoa, chamando isto de homofobia, o ativismo gay busca, por meio da judicialização dos costumes, impor que o assédio gay seja protegido por lei e isento de reprovação.
Vejam o que está acontecendo nos EUA, naqueles estados que aprovaram o casamento gay. Alguns profissionais como fotógrafos, confeiteiros, floristas e demais envolvidos na prestação de serviços em casamentos, estão buscando na justiça o direito de negar sua participação em casamentos gays, alegando necessário respeito a sua convicção religiosa. É como se fosse um habeas corpus preventivo para que não sejam obrigados a participar de casamentos que atentem contra suas convicções morais e tenham respaldo contra ações futuras de indenizações milionárias como aquelas que ouvimos falar que existem nos EUA. Isto está acontecendo em um país que não possui uma legislação específica que criminalize a discriminação étnica (racial), como a que existe na legislação brasileira, mas que tem tradição na defesa dos direitos de minorias e do direito a liberdade de expressão (inclui-se credo religioso).
Reafirmo que devemos rechaçar qualquer tipo de discriminação e não ignorar que existem grupos hipossuficientes na lei que precisam de proteção da sociedade, porque faltam vozes que possam levantar-se ao seu favor. Em se tratando do ator, psicólogo e vendedor, mesmo com todas as evidências apontarem sua inocência, ainda assim passou 16 dias preso por ser preto e remediado (não vou chamá-lo de pobre) e ainda vai responder em liberdade até que um juiz determine sua culpa ou não. Se fosse qualquer outro negro, que não tenha tido uma participação na novela da Globo, certamente teria que amargar mais dias na prisão, porque seria considerado mais um preto ladrão previamente condenado por sua aparência e cor de pele.
Neste caso, seria da mais profunda ironia para esta minha reflexão se o juiz que venha a declarar Vinícius Mourão definitivamente inocente fosse alguém que se identificasse como homossexual, mas certamente o sucesso profissional do magistrado não seria destacado em noticiário como incomum. E é justamente nisto que consiste toda a diferença.
João Lago
Administrador, professor e morador do Conjunto Santos Dumont.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Amiga da Praça de Caminhada

Nesta semana que termina, encontramos Socorro Benevides, moradora do Conjunto Santos Dumont desde sua fundação, providenciando as suas custas a capina da praça no trecho que é defronte sua casa.
Socorro Benevides



Em uma alegre entrevista que Socorro deu ao nosso blog, o motivo de sua preocupação na retirada do mato das imediações tem duas justificativas. A primeira é que não há uma capina regular promovida pela prefeitura, no que se refere na manutenção da grama baixa. Geralmente demoram para vir e a natureza não espera. A segunda é a preservação de mudas de taperebá (Spondias mombin), de acerola (Malpighia glabra), paliteira (Triplaris brasiliana) que invariavelmente são cortadas junto com o mato quando a prefeitura faz a capina.Realmente, várias mudas plantadas pela comunidade em campanhas, como aquela feita pelas crianças da catequese mirim da Igreja de São Marcos não vingaram.
Paliteira
Acerola
Taperebá

Socorro Benevides é uma amiga da praça e da natureza e se sente feliz em preservar.

A comunidade agradece.

Capina custeada por Socorro
Capina custeada por Socorro

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Família tem casa assaltada nesta quinta-feira (13)

Nesta quinta-feira (13), uma família(*) moradora da Rua Comandante Atlas Cantanhede teve sua casa arrombada durante sua ausência, tendo o horário do delito ocorrido entre 9h e 13h30min., período em que não havia ninguém em casa. Esta é a segunda vez que a família sofre assalto em sua residência.


A casa foi invadida pelos fundos, por meio de uma janela na qual o(s) bandido(s) utilizou(aram) um podador de galhos, um pedaço de perna-manca e uma colher de jardim para romper as grades da janela. Todo o material utilizado no arrombamento era de uso dos próprios moradores e que estavam ao alcance do(s) bandido(s). Vários eletroeletrônicos foram levados, mas não se pode precisar de que forma os objetos foram carregados da residência, ou seja, se o(s) bandidos estavam à pé, ou motorizados. Pelos rastros deixados no quintal é provável que a casa foi invadida pulando o muro da entrada principal.

Material usado para arrombar a casa
Em vermelho, por onde entraram na casa (grade refeita)
A rua Comandante Atlas Cantanhede foi uma das primeiras vias do Conjunto Santos Dumont a ser fechada durante à noite pelos moradores, mas não dispõe de idêntica vigilância durante as demais 12 horas do dia. Porém, mesmo durante à noite entramos à pé e não nos identificamos com o vigilante, tão pouco nos pediu identificação, ou questionou qual seria o nosso destino. Passamos pela barreira montada na entrada da rua simplesmente com um "boa noite" como passaporte e adentramos sem maiores problemas ou questionamentos.

Outro ponto importante a destacar é que a rua na qual aconteceu o sinistro está a 233 metros do posto do Ronda no Bairro, conforme pode-se conferir na imagem abaixo obtida pelo Google Earth.
Fonte: Google Earth

Infelizmente os moradores do Conjunto Santos Dumont podem ter relaxado com a sensação de segurança obtida com o posto policial nas imediações, mas parece que isto não está sendo suficiente para afugentar os marginais, sendo o sinistro ocorrido na Atlas Cantanhede um alerta disto.

Reiteramos que a forma ainda mais eficaz para evitar os bandidos é a união dos moradores em torno da segurança, ou seja, que a vizinhança esteja sempre alerta quanto a movimentações suspeitas na rua e que os moradores tenha o número de telefone dos vizinhos. O monitoramento eletrônico também pode ser uma empecilho que possa dissuadir o marginal, mesmo que seja para ajudar a polícia na identificação dos bandidos. Neste assalto, uma das perguntas que foram feitas pela polícia era justamente a recuperação de imagens que poderiam ter sido feitas de uma câmera de vigilância na vizinhança.

Todo o investimento do sistema Ronda no Bairro não deve prescindir do aumento das câmeras de vigilância do CIOPS - Centro Integrado de Operações de Segurança, inclusive distribuindo uma maior quantidade de câmeras nas rua de nosso conjunto, já que está é uma reivindicação antiga de nossa comunidade. 

Lamentavelmente, não dispomos de uma liderança comunitária realmente engajada na solução dos problemas que afetam os moradores, mas fica nosso alerta para que os demais moradores do Conjunto Santos Dumont fiquem atentos e vigilantes, pois a temporada de calmaria pode ter passado.

Levamos nossa solidariedade à família em questão e colocamo-nos a disposição no que se fizer necessário, pois é assim que entendemos devemos agir em comunidade.

(*) Por motivos de segurança e para preserva a privacidade dessa família, não divulgaremos os nomes.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Santiago não terá morrido em vão

No inicio desta semana ouvi compadecido a declaração da esposa do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, de 49 anos, ferido com um rojão durante uma manifestação no Rio de Janeiro, que sabendo da gravidade do ferimento ocorrido na cabeça do marido, fez um desabafo contra a violência que se instala durante essas manifestações.

O cinegrafista Santiago teve diagnosticada a morte cerebral nessa segunda-feira (10). O impacto foi tão forte na cabeça que houve afundamento do crânio, comprimindo o cérebro dentro da caixa craniana, que neste caso casou forte edema difuso (inchaço em todo cérebro) que comprometeu o funcionamento cerebral. O tecido cerebral morre porque o sangue não consegue circular dentro de um cérebro inchado, segundo explicou o neurocirurgião Paulo Niemeyre Filho em entrevista ao jornal da Globo.

Nesta história trágica, o que me impressionou foi a compleição frágil de Fábio Raposo, suposto “Black bloc”, que em uma rua escura e de mãos vazias dificilmente meteria medo em alguém. No entanto, quando em grupo, já que as suas passagens pelas delegacias de polícia demonstram uma participação contumaz em protestos, parece que Raposo transforma-se e deixa extravasar uma necessidade de estar a frente dos combates violentos travados com a polícia. As imagens e as declarações de seu advogado atestam que o mesmo teve participação ativa na entrega do foguete que matou o cinegrafista.

Se Fábio Raposo não assusta, o que dirá de uma personagem chamada “sininho”, uma moça de aparência frágil e angelical que aparece oferecendo ajuda jurídica ao advogado de Raposo, dizendo ter o apoio da assessoria jurídica do deputado Marcelo Freixo do PSOL-RJ. Sininho é a alcunha de Elisa Quadros, que se diz ativista, mas ativista de quê? Ou para quem?

Quando o movimento nas ruas do país aconteceu no ano passado, eu e meus filhos saímos às ruas para pedir um país melhor, quando fomos expulsos por esses “ativistas” violentos. Não podemos nos enganar, para mim são uns beócios, que trabalham justamente promovendo uma luta insana que visa esvaziar o apoio popular a essas manifestações, muito delas legítimas. O que impressiona é que o movimento original das ruas se dizia avesso a partidos políticos, mas agora aparece uma personagem de contos de fadas afirmando ter apoio de um partido de extrema esquerda.

Chamo os “Black bloc” de beócios, porque as grandes transformações sociais que aconteceram no Século XX, por meio de Mahatma Gandhi, Martin Luther King e Nelson Mandela, tiveram êxito sem pregar a violência. Ao mesmo tempo, as revoluções socialistas do século XX foram sangrentas e muita gente foi massacrada por um sistema que se demonstrou incapaz de atender as necessidades humanas. No entanto, partidos de extrema esquerda ainda hoje pregam a luta armada como forma de tomada de poder.

A história conta que Luther King, aos 30 anos, visitou a Índia para conhecer melhor os ideais de não-violência pregados por Mahatma Gandhi, que acabou obrigando os ingleses a aceitar a independência da Índia. Nelson Mandela tem uma história mais recente e com sua morte consolidou a grande admiração da comunidade internacional pelo grande líder, mas antes dele, Gandhi e Luther King mostraram que as manifestações pacíficas, reiteradas vezes e com participação popular são mais eficazes que soltar bombas.

Sininhos e Raposos são apenas a ponta do iceberg do que ainda está submerso nessas ondas de manifestações violentas que acontecem no Rio de Janeiro e São Paulo. Não tenho dúvidas que existe sim a participação de uma ideologia retrógrada e violenta, inclusive com apoio de algumas personalidades políticas de extrema esquerda que também escondem sua face, cooptando jovens cabeças ocas por um ideal de mudar o mundo por meio de uma revolução socialista. Para mim, não são diferentes dos líderes islâmicos radicais que recrutam homens bombas para explodirem seus corpos, enquanto eles assistem pela TV a matança de inocentes.

A face jovem e revolucionária do Brasil não é aquela que sai as ruas mascarada para matar. A face do Brasil é aquela que venceu a ditadura pela resistência pacífica nas ruas e com a participação ativa de membros da imprensa. A imprensa, a liberdade de expressão e manifestação não pode ser cerceada, nem pela polícia, tão pouco por esses beócios de rostos cândidos e mentes cheias de ódio.

Tenho certeza que Santiago não morreu em vão, mas tudo dependerá de como reagiremos, pois precisamos voltar as ruas, mas desta vez reivindicando que as mudanças necessárias para o nosso país sejam feitas por meio da luta pela paz, pela paz social.

João Lago
Administrador, professor e morado do Conjunto Santos Dumont.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Cobra caninana aterroriza família no Conjunto Santos Dumont

Neste final de tarde de domingo uma família moradora da Rua Comandante César Aguiar encontrou no quintal da casa, próximo a piscina, uma cobra de aproximadamente um metro e meio.

Incomodados com a visita e com a falta de conhecimento necessário para saber se a cobra era peçonhenta ou não, um membro da família buscou ajuda da polícia militar para captura do animal, recorrendo ao posto do ronda no bairro localizado na Alameda Santos Dumont. No entanto, segundo relato do morador, os policiais disseram que não poderiam ajudar.

No intuito de saber se a cobra oferecia perigo ou não, entramos em contato telefônico com o médico veterinário Carlos Jatobá, que é especialista em serpentes e, por meio de uma foto enviada pelo "what's up", identificou-a como "caninana", uma cobra muito rápida e agressiva, mas não venenosa.

Infelizmente, como não havia um especialista próximo que pudesse retirar a cobra da residência, face ao temor que se instalou entre as crianças que estavam no local, não houve outra alternativa se não aquela de sacrificar o animal.

Alertamos os moradores que encontrarem um animal desta natureza, que busquem ajuda especializada para que não ocorram acidentes. Porém, pesquisamos na internet a página da Polícia Militar do Amazonas, tentando obter o telefone do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), mas o site não disponibiliza esta informação com facilidade, tanto que não conseguimos encontrar.

Seguem abaixo as fotos do animal.